Para o Inferno Disso - Jason Todd - Tradução - Completa ✔️

Capítulo 9 - Realização

Foi o assalto a banco mais inepto que ela já tinha visto.

Admito que Andy nunca tinha visto nenhum assalto a banco fora dos filmes, mas ela conhecia alguns assaltantes de banco, e com a reputação de Gotham para o crime, ela realmente esperava mais. Competência básica era pedir demais de seus sequestradores?

Aparentemente o que Jason sempre dizia era verdade: a maioria dos criminosos eram desesperados ou estúpidos. Esses eram ambos.

Ela manteve a cabeça baixa e fez o que lhe foi dito. Os dois capangas suados encarregados dos reféns estavam levando-os para o andar de cima, para o refeitório dos funcionários. Só que o elevador não era grande o suficiente, então o primeiro capanga levou metade deles para cima. E então não havia espaço suficiente no segundo elevador também, e depois que o capanga restante conduziu todos para dentro, Andy se viu desajeitadamente parada no corredor vazio.

"Você. Espere aqui." O capanga apontou seu rifle para ela. "Eu já volto, você até sai daquele lugar e eu vou espatifar seus miolos na parede."

Andy levantou as mãos amarradas com zíper em um gesto de rendição.

O elevador fechou, e ele teve que abaixar o rifle ou correr o risco de ele ficar preso na porta.

Isso foi há vinte minutos.

Ela suspeitava que ele não voltaria imediatamente. Ela olhou para o corredor vazio e para trás, mudando de posição no local. Não era um dos bancos históricos chiques de Gotham, apenas uma agência local triste com tetos baixos e paredes finas de gesso. O vinho abafado da furadeira que eles estavam usando no cofre ficava ligando e desligando.

Se um dos outros a encontrasse parada sem vigilância, eles poderiam atirar nela. Surpreender os dois com os reféns também não parecia uma aposta segura. Ela flexionou os pulsos doloridos. O que fazer, o que fazer?

A porta da frente estava sem vigilância, se ela estivesse contando direito, talvez ela pudesse simplesmente... ir embora? A polícia atiraria nela assim que a visse? Ou pior, a prenderia, veria sua ficha criminal e presumiria que ela era cúmplice? Sua antiga colega de cela tinha alguns bancos em sua lista de suspeitos.

Puta merda, isso era ruim. Os ataques de Jason de xingamentos familiares induzidos pelo estresse estavam contagiando ela.

Provavelmente era mais seguro reunir-se aos reféns.

Ela apertou o botão de chamar o elevador com o dedo formigando.

Não acendeu. Ela bateu de novo algumas vezes. Nada aconteceu. Hm. Isso não pode ser bom.

Bem, você não deveria usar elevadores em uma crise de qualquer maneira. Ela tentou a porta da escada sem esperança de encontrá-la destrancada. A porta se abriu sem resistência.

Ela olhou para um capacete vermelho brilhante com olhos brancos brilhantes.

Ela piscou.

Uma mão agarrou seu braço, arrastou-a para a escada e fechou a porta atrás dela novamente. Ela recuou contra a porta, suas mãos amarradas seguravam seu coração, encolhendo-se sob um Red Hood furioso.

"O que você está fazendo aqui?", ele exigiu. Seu modulador de voz estalou e retumbou em um tom assustador.

"Eu- eu estava depositando um cheque-"

"O que você está fazendo aqui ?"

"Eu sou uma refém? Eu sou uma refém, e fui separada," ela disse, sua voz mais aguda e rápida demais. "Eles levaram os outros para cima, me disseram para esperar, eles estavam voltando. Eu-eu acho que eles se esqueceram de mim."