Recomeços.

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Pietro era uma criança bastante energética, muito, na verdade. Seus pais tinham uma relação muito boa, mas isso desandou quando ele fez 11 anos. Ele foi pra uma cidade pequena, e conheceu várias pessoas, ele só ficou lá por 2 anos e meio, e sua vida mudou completamente. Ele amou cada minuto que passou ali, mas infelizmente, quando completou 13 anos, teve que se mudar novamente, como sempre. Sua mãe sempre saia de um lugar pro outro, e isso o incomosava, e incomodava seu pai também, que por sinal, sempre descintava tudo nele, e o pior aconteceu, ele namorou.
Ah...seu primeiro relacionamento...foi meio... conturbado, a menina não o entendia, e o fazia se sentir um lixo completo, e tornou a vida dele o inferno, ele acabou terminando. Mas sua vida nunca mais foi mesma, ele começou a ter crises de pânico, as palavras que a ex namorada dele falava, percorria sua cabeça todo dia...
"Você é um inútil!" "Sempre será a segunda opção se não mudar!" "Vê se para de falar comigo, você é irritante, ninguém te ama!" "Quem amaria alguém que se corta?" "Por que você não vai com suas crises de ansiedade pro inferno?"
Essas eram as frases que toda madrugada percorria na mente de Pietro, e o perturbava até hoje em dia.  E agora, ele terminou a escola, e finalmente passou em uma faculdade, porém, era naquela mesma cidade, os flashbacks, as lembranças se passando pela sua cabeça até hoje, seu estômago embrulhou ao pensar que talvez reecintratia a mesma menina. Mas se ele a encontrar novamente, não vai ser ele quem vai sofrer, certo? Ela vai deixar ele em paz, né? Ou será que não....?
Suas crises de ansiedade e pânico aumentam a cada ano, seu passado ainda o atormentando, e amanhã, já era seu primeiro dia de aula, o ruim, é que a faculdade é integral, e isso pra ele é um inferno, mas não podia reclamar, era uma das melhores da região, fazer oque, né?
Ele colocou remédios antidepressivo em sua bolsa, e antes que ele saísse de casa, respirou pesado, orando mentalmente a Deus pra não ter uma crise de ansiedade, não hoje.

Pietro

Bem, já estou aqui novamente, certo?
Se eu saí, foi pra nunca mais voltar.
Hm... Enfim. Meu nome é Pietro, tenho 20 anos, e agora vou cursar medicina. Eu vim pra uma cidade que tinha me mudado a 8 anos. Eu me mudei porque minha mãe tava desempregada, e saiu da cidade pra arrumar um emprego melhor. Bem, nessa pequena cidade, encontrei pessoas incríveis, namorei, conheci novas pessoas, me enturmei, me acostumei, e encontrei novos hobbies. Foi tudo incrível. Dentre todas essas pessoas, conheci uma chamada Rafaela. Ela era incrível, já namorei com ela uma vez, mas acabamos terminando depois de 2 meses. Conheci uma pessoa muito gente boa também, mas ele não tinha muita maturidade na época (muito menos eu) amava as nossas brincadeiras, era tão bom. Ele se chamava Ícaro. Ele era muito legal. Tinha outra menina, se chamava Gabriela. Tinha boatos que ela gostava de mim, mas ela nunca me falou se isso era verdade ou não, mas bem, nunca ouvi da boca dela, então não acreditei, mas ela era muito legal, muito mesmo. Queria ser amigo dela, mas ela nunca dava brechas, sai da cidade sem nem ter falado que queria me tornar amigo dela. Enfim...
Voltando ao assunto principal, aqui estou eu, parando em frente a faculdade que irei fazer medicina, adentrei a dentro da faculdade, lá era integral, você passava a semana toda lá, e só ia pra casa aos finais de semana (se você quisesse, claro). Lá tinha também vários clubes, dentre deles, vôlei, e basquete. Eu optei por entrar nos dois.
Suspirei fundo, colocando meu nome no clube de basquete e de vôlei. Nossa, como eu era teimoso. O líder de basquete veio conversar comigo, falando sobre as regras e dias que iria ter treino, e onde ficava o ginásio. O ginásio era enorme, e quando fomos lá, nos deparamos com o clube de vôlei, vi o líder do time indo em minha direção, acompanhado por uma menina de cabelos cacheados, olhos castanhos claros, seu rosto tinha sardas, e tinha uma expressão séria. Ela era linda. Seu corpo esbelto com uniforme de vôlei refletindo sobre suas curvas, se fosse por mim, babava ali mesmo. Mas me contive. Suspirei fundo, quando o líder começou a falar, e a menina apenas me olhava. Nem reparei que o líder tinha deixado nós dois sozinhos ali. Ela tava com uma prancheta, olhando pra mim.

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⏰ Última atualização: Aug 30 ⏰

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