Uma emergência

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                                                                        CAPÍTULO 30




     No jardim tranquilo fora do escritório, o sol suave iluminava as flores enquanto Seungcheol e Jeonghan caminhavam lado a lado. O vento leve balançava as folhas, trazendo uma sensação de calmaria, apesar do nervosismo iminente sobre o julgamento. Seungcheol quebrou o silêncio primeiro, sua voz firme, mas com um toque de otimismo.

— Eu acho que já temos argumentos suficientes para fecharmos um contrato que favoreça os dois lados, — disse Seungcheol, olhando para Jeonghan, esperando ver alguma reação positiva.

     Jeonghan, no entanto, soltou um suspiro longo, mexendo distraidamente nas mangas de sua camisa. Seungcheol percebeu imediatamente a tensão no rosto de Jeonghan e se aproximou, preocupado.

— O que aconteceu, hannie? — Seungcheol perguntou, sua voz mais suave agora.

     Jeonghan balançou a cabeça, hesitante. — Eu só... não sei se estou realmente satisfeito com o contrato. Eles nos enrolaram por tanto tempo... Fico com a sensação de que ainda estamos cedendo mais do que devíamos.

     Seungcheol parou ao lado de Jeonghan, tocando gentilmente nos fios negros de seu cabelo, fazendo um carinho leve e reconfortante. — Eu entendo o que você quer dizer. Mas você sabe, nós já garantimos um bom acordo para a nossa empresa. Não estamos cedendo mais do que devemos, e não vamos ceder para uma empresa menor. Estamos em uma posição sólida. É por isso que eu queria você na sala comigo amanhã.

     Jeonghan arregalou os olhos, surpreso. — Você quer que eu fique lá com você? Mas... Seungcheol, eu sou só um estudante. O que eu posso fazer num julgamento tão importante? Além disso, preciso voltar a cuidar do Chan...

     Seungcheol sorriu suavemente, balançando a cabeça. — Jihoon e Soonyoung podem cuidar de Chan por mais um dia. E, sinceramente, Jeonghan, eu quero você ao meu lado. Se você quiser, pode chamar de apoio moral... um apoio bem grande.

Jeonghan sentiu suas bochechas esquentarem diante do sorriso carinhoso de Seungcheol. Aquele tipo de sorriso que o fazia sentir-se especial, alguém que realmente importava. Ele riu um pouco nervoso, mas finalmente respondeu:

— Se é assim... Então, sim, eu vou estar lá com você.

     Um sorriso pequeno, quase imperceptível, curvou os lábios de Seungcheol. Ele desviou o olhar para a janela, observando o movimento lá fora com um ar pensativo. Jeonghan, confuso, notou a mudança na expressão de Seungcheol e franziu o cenho.

— Você está bem? Aconteceu alguma coisa? — Jeonghan perguntou, se aproximando um pouco mais.

     Seungcheol, ainda olhando para fora, soltou uma risadinha tímida. — Estava pensando no dia que o Chan...

Jeonghan o interrompeu, lembrando-se imediatamente. — O dia em que ele nos pegou no flagra?

     Seungcheol riu e negou com a cabeça. — Não, não... Não foi isso. Na verdade, eu estava pensando que queria que Chan estivesse conosco amanhã, no julgamento também.

Jeonghan arqueou as sobrancelhas, confuso. — Chan? Na reunião? Mas por quê?

     Seungcheol, corando levemente, voltou a olhar para a janela. — Ele seria outro apoio moral. Ter você e ele ao meu lado... seria reconfortante. Como se vocês dois estivessem lá para me lembrar do que realmente importa.

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