Imitações

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                                                                          CAPÍTULO 9


     Era uma manhã fresca e ensolarada, daquelas em que o céu azul parece se estender infinitamente e o ar carrega um leve cheiro de grama úmida. Chan acordou cedo, cheio de energia e vontade de começar o dia com aventuras. Depois de um rápido café da manhã, ele correu até Jeonghan, puxando sua mão com entusiasmo e pedindo para irem ao parque. Jeonghan, com um sorriso caloroso, concordou prontamente, sempre pronto para acompanhar o menino em suas brincadeiras.

     Ao chegarem ao parque — que não ficava longe, com árvores altas e sombras espalhadas pelo chão —, Chan mal podia se conter. Sua alegria era palpável, e ele começou a correr de um lado para o outro, rindo alto, como se o mundo fosse seu playground particular. Jeonghan, observando com carinho, tirou o casaco e o colocou em um banco próximo, preparando-se para a movimentação que sabia que viria.

— Vamos brincar de pega-pega, Hannie! — Chan gritou, seus olhos brilhando de expectativa. Ele já estava a uma distância considerável, como se estivesse pronto para ser perseguido. Jeonghan riu e fingiu alongar-se, colocando as mãos nas costas como se estivesse se preparando para uma grande maratona.

— Está pronto, channie? Porque eu vou te pegar! — respondeu Jeonghan, começando a correr atrás de Chan. As risadas do garoto se espalharam pelo parque enquanto ele corria, suas pernas curtas tentando ganhar velocidade, mas sempre sendo alcançado pelas passadas longas e controladas do homem que cuidava de si. Quando Jeonghan finalmente o tocou, o menino caiu na grama, rindo sem parar.

— Agora é minha vez de te pegar! — ele disse, levantando-se rapidamente e começando a correr atrás do babá, que fez questão de fingir dificuldade em escapar. Ele corria em círculos, permitindo que Chan quase o alcançasse, mas sempre escapando no último segundo. O garoto ria ainda mais, esforçando-se ao máximo para ser rápido o suficiente.

     Após várias rodadas de pega-pega, ambos estavam ofegantes, mas Chan, com sua energia inesgotável, não parecia disposto a parar tão cedo. — Vamos jogar bola agora? — ele perguntou, pegando uma bola colorida que Jeonghan havia trazido de casa. O babá concordou e logo estavam de pé novamente, prontos para a próxima atividade.

     Eles se afastaram para lados opostos do campo e começaram a chutar a bola um para o outro. Jeonghan sempre mantinha um ritmo leve, deixando Chan correr e dominar o jogo, mesmo que ocasionalmente tomasse a bola apenas para desafiar o garoto. Toda vez que Chan conseguia driblar Jeonghan e chutar a bola em direção ao "gol" — dois galhos que eles haviam colocado no chão —, ele levantava os braços, comemorando como um verdadeiro campeão.

— GOOOL! — ele gritava, com uma alegria que parecia iluminar todo o parque. Jeonghan fingia frustração, segurando a cabeça com as mãos como se estivesse impressionado com a habilidade do menino. — Você está ficando bom demais nisso! Acho que vou precisar treinar mais.

     Entre as risadas e os chutes de bola, o tempo passou rapidamente. Depois de mais algumas rodadas, Chan começou finalmente a demonstrar sinais de cansaço, suas pernas desacelerando e o suor cobrindo sua testa. Jeonghan, sempre atento, sugeriu uma pausa à sombra de uma árvore. Eles se sentaram na grama, Chan se recostando contra o babá, que passou o braço ao redor dele, apertando-o em um abraço aconchegante.

— Você correu como um leão hoje. — disse Jeonghan, brincando. Chan, exausto, apenas sorriu, de olhos fechados, enquanto recuperava o fôlego. As folhas das árvores balançavam suavemente ao vento, e o som distante dos passarinhos criava uma atmosfera de tranquilidade.

     Depois de um tempo de descanso, o menino abriu os olhos e, com a voz suave e sonolenta, disse. —Eu gosto de brincar com você, Hannie... Você é o melhor.

A conexão entre nósOnde histórias criam vida. Descubra agora