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Jenna

Depois de pagar a conta do hospital, eu decidi voltar para o quarto da Emma.
Eu nem entrei, mas consigo ouvir a voz histérica da mãe da Emma.

- Você só pode ter perdido o juízo. - Mãe da Emma gritou. - Criar uma neta minha com aquela garota.

- Você não decide a porra da minha vida, mãe. - Emma gritou de volta. - Você não manda em mim, não manda na minha filha, não manda no meu relacionamento.

- Eu não vou aceitar isso.

- Você não tem que aceitar nada, é a vida da nossa filha, não a sua. - A voz do pai da Emma se fez presente. - Se você for brigar com a nossa filha e com a Jenna, você vai brigar contra mim também.

- Essa mulher fez lavagem cerebral em vocês? - Falou desesperada. - Ela não está a altura da nossa família. Meus netos deveriam ser criados por um homem de respeito.

- Então seu ódio é esse né?! - Emma riu. - Não é pela Jenna ser cabeleireira. É por ela ser mulher.

- Não estou acreditando que você está fazendo isso. - O pai da Emma disse descrente.

- Você não me aceita, mãe. Nunca me aceitou. Só fingia para o papai não brigar com você.

Ouvi a voz chorosa da Emma, então entendi que essa era a hora que eu deveria entrar em ação.

- Senhora Myers, com todo respeito, peço que se retire desse quarto. - Falei calma.

- Quem você pensa que é pra mandar eu sair? - Ela me olhou.

- Eu sou Jenna Ortega, a melhor cabeleireira da cidade. A namorada da sua filha, espero que futura esposa. Madrasta do carinha, e futura mamãe dessa bebê que está na barriga da Emma.

- Eu não quero ouvir...

- Não perguntei o que quer. Eu pedi para se retirar. Emma não pode se estressar, e você faz mal pra ela. - Pai da Emma me olhou como se sentisse vergonha pela esposa. - Não quero você perto dela.

- Você não manda em nada.

- Tem razão, não mando. Mas eu cuido dela, eu amo e cuido da Emma. Enquanto você só quer destruir ela.

- Vamos embora, você já falou merda demais. - Senhor Myers falou olhando pra esposa.

- Você não manda em mim, Luís. - Minha querida sogra falou brava. - Pode ficar aqui e participar dessa loucura.

A mulher pegou a bolsa e saiu rápido do quarto, ainda bateu a porta.

- Filha, não leva em consideração as coisas que sua mãe falou. - Ele disse sentando ao lado da Emma. - Ela só está um pouco nervosa.

- Levo em consideração sim, pai. Ela nunca pensa antes de me magoar, sempre acaba comigo. Mas cansei.

Senhor Myers secou as lágrimas do rosto da Emma com o polegar.

- Eu te entendo, filha. Mas fico entre a cruz e a espada.

- Não quero mais ela perto de mim ou do meu filho. - Emma falou de forma radical. - Você sempre será bem vindo na minha casa, mas não quero ver ela.

- Filha...

- É a minha decisão, papai.

- Tudo bem, eu te entendo e respeito sua decisão.

- Bom, Emma vai embora mais tarde. Não se preocupe, vou cuidar dela, ficar mais perto. - Falei ao pai dela.

- Vão morar juntas?

- Ainda estamos conversando sobre isso. - Falei dando um sorriso.

- Se precisar de qualquer coisa, qualquer coisa mesmo, pode me ligar. - Senhor Myers disse sério.

- Preciso de um favor. - Emma respondeu. - Vou precisar contratar alguns profissionais para a clínica, enquanto eu estiver fora. Confio em você e na Josie para contratar os melhores.

- Certo, vou lá resolver isso pra você.

- Obrigada, pai.

- De nada, meu amor.

Ele deu um beijo na testa da Emma e saiu em seguida.


✌🏽

O Amor é IdiotaOnde histórias criam vida. Descubra agora