Chapter 5

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Taylor Rodriguez

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Taylor Rodriguez

Droga. Droga. Droga. Eu não conseguia acreditar que eu tinha deixado escapar uma informação assim perto da Sam. Fecho meus olhos com força, xingando a mim mesma por ter me distraído por alguns segundos, revelar que eu sabia o motivo dela ter vindo de tão longe para o hospital, iria prejudicar os meus planos, não que eu tenha algum, mas ainda sim eu estava seriamente prejudicada por esse deslize.

— Está feito. - o médico falou, sorrindo orgulhoso do seu trabalho.

Abri os meus olhos novamente, encarando o meu braço, agora com uma sutura. Eu ainda podia sentir a ardência da ferida, me fazendo perceber o quão real esse universo poderia ser, não era apenas um sonho, caso cotrário eu nem sequer sentiria qualquer dor ou pelo menos conseguiria voar e explodir a cabeça do Richie com o poder da mente.

Alerta de spoiler: Nenhuma dessas opções é possível

— Se serve de consolo... - o médico levantou, tirando as suas luvas e jogando-as no lixo hospitalar — Acho melhor falar com ela e explicar a situação... Ela pode te confundir como um stalker.

Fiquei olhando para a cara daquele médico, ele não era um personagem do filme, talvez um figurante ou algo assim, mas ele parecia muito como uma pessoa normal, como em uma realidade alternativa, e não como um personagem de um filme de terror.

— Obrigada pela dica. - sorri para ele, me levantando da cadeira em que eu estava.

Faço um pequeno aceno com a cabeça e começo saio dali às pressas, eu sei muito bem o que acontece agora, sei cada detalhe e onde o ghostface irá se esconder a seguir, quem ele irá atacar e quem ele irá matar, e o mais importante, quem eles eram. Tudo que eu preciso é recuperar a confiança da Sam e me infiltrar no roteiro.

— Espera... seu rosto! - o médico elevou a sua voz, tentando me chamar, mas eu não precisava de uma sutura no rosto agora. Preciso de respostas.

{...}

Corredor após corredor, eu já estava começando a achar que estava andando em círculos, como se todas as direções que eu virasse, me levassem para o mesmo lugar, até que eu escuto vozes bem familiares, vindas do corredor ao lado.

— Que tal irmos jogar sinuca? - ouço a voz animada de Chad — Sabe, relaxar a mente.

— Você nem usa esse cérebro. - retrucou Mindy.

Quando finalmente virei o corredor, me deparo com todos eles na minha frente, caminhando, conversando e rindo de suas próprias piadas. Wes, Mindy, Chad, Liv e Amber. Os cinco amigos da primeira vítima, Tara Carpenter, no qual um deles é o suspeito e o verdadeiro assassino, Amber Freeman, tão insana quanto qualquer um dos Ghostface's antigos e tão... linda?

Balanço rapidamente a minha cabeça, espantando meus pensamentos sobre a beleza de Amber, que com certeza iriam me distrair e esquecer o quão perigosa ela poderia ser.

Eu andava na direção do grupo, já que era para lá que o quarto de Tara ficava, pelos meus cálculos Sam deveria estar conversando com ela nesse exato momento.

Penso que eu poderia passar despercebida por eles, mas, mesmo sem encará-los diretamente, sinto o olhar de Amber sobre mim, seu olhar queimava, quase como se ela pudesse enfiar uma faca no meu estômago agora mesmo. A forma como sua expressão se fechou, seus olhos cerrados me fuzilaram de longe, ela com certeza tinha me reconhecido.

Passar por ela me causou calafrios. Me pergunto como pode existir uma garota tão linda e ao mesmo tempo tão perigosa, a beleza dela quase me fez esquecer que ela vai falar mal da Sam para os amigos assim que sair do hospital... A minha versão de garota apaixonada por garotas de filmes, com certeza passaria pano para isso com a justificativa: Ela é linda, eu passo pano.

Para a surpresa de ninguém, sim, eu passei pano e não nego. Eu sou o tipo de garota que perdoa a facada, o que posso fazer? Meu coração é fraco...

{...}

Finalmente avisto o quarto de Tara, ele estava sendo vigiado por Richie, que aguardava pacientemente o seu momento de entrar no quarto. Sam e Tara pareciam estar tendo a primeira conversa antes do baque emocional de saber sobre o verdadeiro pai da Sam.

Richie encarava a tela de seu celular, suas unhas estavam sendo roídas pelos seus dentes e uma de suas pernas batia rapidamente contra o chão, uma postura nada confiante. Quando me aproximo, sou pega de surpresa pelo seu olhar cerrado, mas não tão ameaçador quanto o de Amber.

— Você de novo? - questionou Richie, guardando o celular no bolso de sua calça — Está nos seguindo?

Era a minha hora de fugir costume.

— Olha só, se não é o cara que me atropelou hoje mais cedo. - falei caminhando em sua direção — Vai me proibir de ir ao banheiro também?

— Eu já pedi desculpas. - Richie revirou os olhos.

— Não pediu não. - arqueei a sobrancelha.

— Eu pedi sim.

— Não pediu.

— Eu tenho certeza que pedi.

— E eu tenho certeza que não.

Quando percebi, já estávamos um de frente para o outro, ambos de braços cruzados e trocando olhares, quase como se estivéssemos desafiando um ao outro. Segundos se passaram e uma notificação chegou em seu celular, até mesmo pensei que poderia ser sua parceira de crime, mas o nome da Sam estava no contato, Sam parecia avisar a ele que ela iria passar a noite com Tara.

— Preciso ir. - pigarreou ao guardar o celular novamente - Desculpa por te atropelar.

— Obrigada! - respondi com uma pontada de sarcasmo.

Então, Richie abre a porta atrás de si, o quarto onde Tara estava era exatamente ali. Antes da porta se fechar vejo alguns relances de Tara e Sam no quarto, apesar de tudo a Carpenter mais nova parecia estar bem.

— Com quem você estava discutindo?

A voz de Sam me faz sorrir. Essa foi a última coisa que eu ouvi antes da porta se fechar e eu ficar sozinha no corredor do hospital, apenas com o relógio me fazendo companhia.

{...}

Segundo após segundo, eu encarava os ponteiros em meu relógio. O tempo já estava menor, a contagem regressiva estava acabando e até agora eu não tinha ideia do significado daquilo.

Três…dois…um… O relógio finalmente zerou e nada aconteceu, pelo menos, nada que eu perceba. Sentada no banco, um pouco longe da porta, repassando o filme em minha mente tentando ligar os acontecimentos ao contador do relógio misterioso e nada suspeito.

Até que vejo Sam saindo pela porta, enquanto bocejava, seus olhos pareciam um pouco sonolentos, se acostumando com a luz. Já era tarde da noite. Comparando as cenas da minha cabeça, sobre o filme, e então me lembro do que exatamente aconteceu antes da Sam acordar. A morte de Vince Schneider, sobrinho legítimo de Stu Macher, assassino do primeiro filme.

A contagem do relógio acabou em conjunto com as cenas, se meus cálculos estiverem certos…

Ouço um click. Os números voltam a se mexer. A contagem está novamente no painel.

Desço meu olhar para o relógio, a contagem estava menor que antes, bem menor. Cinco minutos era tudo que eu tinha. Meus cenho se franziu, olho para os lados e Sam não estava mais no meu campo de visão, olho novamente para o meu relógio e a contagem estava diminuindo.

— Merda… merda, merda! - me levantei rapidamente do banco e comecei a correr.

— Isso não está no roteiro! - reclamo para mim mesma e para quem quer que esteja se divertindo com a minha vida agora — Isso definitivamente não estava no roteiro!

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⏰ Última atualização: Sep 23 ⏰

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Viagem Ao Terror Elevado - Sam CarpenterOnde histórias criam vida. Descubra agora