Ninguém vai descobrir

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!Capítulo não revisado!

Qualquer erro de ortografia e digitação deve ser ignorado.

Obrigada, boa leitura.

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- Não! Não podemos fazer isso. - Camila se afastou, balançando a cabeça e dando um passo para trás, me deixando desamparada.

Ainda tentava recuperar minha consciência depois daquele beijo, mas precisava reagir.

- Como assim? - disse, perplexa. Acho que tinha meus olhos arregalados, pois minha expressão foi muito sincera.

- A gente não pode continuar. Se alguém descobrir...

- Pelo amor de Deus Camila! Dá pra você viver a sua vida pelo menos uma vez?! Deixa que as pessoas que se fodam! É a sua vida, não dos outros. - desabafei, com o tom de voz um pouco mais alto do que esperado, enquanto dava um passo para frente.

Percebi que ela chorava, e que estava em uma discussão interna, mas algo despertou nela, uma determinação brotou em seu olhar, e então ela respirou fundo, organizando todos seus pensamentos.

- Não! - ela saiu andando, batendo os pés com pressa, voltando para a casa.

Corri atrás dela, até que estávamos dentro da casa novamente, onde tive a oportunidade de puxar seu braço, a impedindo de subir até o seu quarto.

- Por que? - disse encarando seus olhos. - me responde a razão de não querer isso, e não venha me dizer que é por causa dos outros, eu sei que não é. - respirei fundo, sentindo lágrimas escorrendo no meu rosto. - Não faz isso comigo, não mais. Por favor, fale algo que você queira fazer por você.

Ela suspirou, estava prestes a me contar a verdade, e eu ansiava por isso. Queria entender Camila, saber o que se passava em sua mente, e conhecer sua opinião a respeito do que os outros pensam sobre ela.

- Não posso deixar que a minha mãe saiba que a sua filha é uma verdadeira decepção, um fracasso, e será motivo de chacota para toda a cidade. - ela abaixou o olhar, encarando do chão.

- É por isso? Está com medo da sua mãe descobrir?

- Não só da minha mãe, mas do meu pai e da minha irmã também. Eles nunca mais falariam comigo. Nunca! - lágrimas voltaram a escorrer de seus olhos. - Eu devo tudo a eles, e não posso ser alguém que só tirou dinheiro do bolso deles.

Minha única reação foi abraçá-la. Apertar o seu corpo contra o meu, sentindo o calor de sua pele, e o seu perfume doce. Vê-la chorar me deixava com raiva, e com medo de que ela se sentisse menor do que era por causa dos outros.

- Você nunca seria uma decepção para a sua família, eles te amam muito. - ela me encarou, ouvindo as palavras de consolo atentamente. - e ninguém precisa saber, seria a nossa relação e não das outras pessoa. E eu também nunca fui de fazer grandes serenatas, então não se preocupe.

Ela sorriu, mostrando gratidão. E puxou minha nuca para perto, selando nossos lábios com um beijo.

No começo era devagar, pois era um beijo de consolo, para firmar as palavras que havia dito no final, mas quando as mãos de Camila começaram a subir e descer pelo meu corpo, e a minha já se encontrava na barra de sua blusa, começamos a subir as escadas, devagar, para não cair com nosso passos desajeitados.

Quando vi, estávamos em meu quarto, e uma trilha de roupa começava a se formar da porta até minha cama. Camila foi a primeira a se livrar de sua camiseta, mostrando seu sutiã branco que combinava com seu tom de pele e envolviam seus seios, ela estava deslumbrante. .

Ela deitou em cima de mim, enquanto tirava minha camiseta e meu shorts, sem deixar a minha boca.

- Tem certeza? Não quero te pressionar. - disse, parando o beijo por um segundo.

- Acha mesmo que se eu não quisesse estaria assim tão desesperada para te ver pelada?

Não podia deixar de rir, pois Camila me deixava louca, especialmente quando me respondia daquele jeito, com uma confiança difícil de se encontrar em momentos como aquele.

Meus beijos passaram para seu pescoço, que tinham a pele macia e irresistível. Estava alucinada, e se não sentisse as unhas de Camila em meus ombros e seus gemidos quando mordia seu corpo, poderia dizer que estava sonhando.

Nossas respirações eram bagunçadas, e preenchiam o silêncio do quarto. Não nos preocupamos em fazer silêncio, mas sim com o tempo, pois Diana poderia voltar a qualquer momento.

- Eu quero você. - Camila sussurrou no meu ouvido. - quero muito você.

A deitei na cama, invertendo nossas posições. Estava possuída, pois nada naquele mundo me faria parar. Me lembrei do celeiro, onde ficamos pela primeira vez, e em como aquela noite significou muito para nós duas, especialmente para Camila.

Desci minha mão por todo o seu corpo, tocando. Ouvir Camila dizer meu nome, com a voz falhando a cada segundo. Ela implorava por mim, me deixando louca. Queria a ver chegar lá, igual vi pela primeira vez, queria fazê-la se sentir bem no fim, e queria ouvi-la.

- Sabe o quanto esperei para te ter assim na minha cama? - disse enquanto beijava seu pescoço.

- Desculpa por demorar. - ela respondeu com um sorriso no rosto.

Sua mão apertava minhas costas, deixando marcas por todo lugar que com certeza demoraria para sair, enquanto eu marcava do seu pulso até o seu pescoço.

Estávamos loucas, com a adrenalina correndo por nós, os barulhos ficavam mais altos. Camila, eu e a cama que batia na parede. Não podia aguentar a felicidade em meu coração. Esperei muito tempo para ver aquela cena, que antes parecia distante, se tornar realidade, e Camila Cabello estava na minha cama, correspondendo a cada toque meu e a cada beijo. Quando suas pernas começaram a se juntar em volta da minha mão, eu sabia que ela estava quase lá.

E por um milagre, assim que acabamos, ouvi o carro da minha tia estacionar em frente a casa. Levantamos rapidamente, nós trocando com pressa.

- Ai meu Deus, se ela descobrir - Camila dizia enquanto terminava de se vestir, já eu não parava de rir. - tá achando isso engraçado é?

- Muito. - disse, e logo a vi cair na gargalhada.

- Tá, finge que está dormindo ou que está aí já faz um tempo. - ela amarrou os cabelos, levantando os fios e mostrando seu pescoço avermelhado, onde logo marcas se formariam.

- Acho melhor deixar o cabelo solto, ou vai ter que dizer que foi parar em um enxame de abelhas.

- Ridícula. - ela soltou os cabelos, e abriu a porta com pressa, saindo do meu quarto e me deixando sozinha com um sorriso bobo nos lábios. 

Cheiro de MatoOnde histórias criam vida. Descubra agora