³¹. outro.

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Era louco como o destino pregava peças.

Há um ano atrás, quem levava o título de campeã mundial era Nathalie, e agora ela observava Oscar a ultrapassar na última curva antes da grande reta.

Oscar, seu noivo, era o novo campeão mundial.

Os fogos mais uma vez se faziam presentes, quase como um aviso de que tudo seguia como eles planejavam. Ele levantou um dos braços, comemorando sobre o chassi do seu carro.

Como costumava fazer aos finais de todas as corridas, ele não perdeu tempo. Em passos largos, abraçou Nathalie com vigor e cuidado. A felicidade transbordava através do sorriso adorável do australiano.

Ele depositou o beijo suave na testa de sua noiva, o motivo pelo qual ele se sentia o homem mais sortudo de todos.

— Nós conseguimos. — Ele sorriu.

Todos sabiam o quão apaixonados eram os pilotos da Mclaren.

















12 de setembro, 2025.

Os panos bordados eram dispostos sobre a grama do jardim floreado de Nathalie e Oscar. Descobriram que além das corridas, compartilhavam um um gosto excêntrico pela floricultura.

Apenas uma mesa de piquenique estava no centro, com um bolo adornado em chantilly branco.

A pergunta no centro do bolo lhes gerava ansiedade.

A letra cursiva de Hattie, escrita em glacê azul e rosa tirou um sorriso do rosto dos recém casados.

— Foi um trabalho e tanto! Mamãe não desistia em tentar me arrancar informações. — A garota de cabelos curtos disse, unindo as mãos ao apreciar o trabalho feito.

— Obrigada, Hattie. — Nathalie agradeceu, abraçando-a. — Sabia que podia contar com você.

Hattie sorriu, contente com a comemoração.

Boy or girl?, diziam as letras desenhadas no bolo.

Todos já se encontravam sentados nos panos bordados sobre a grama, petiscando o que sobrou dos doces e salgados da revelação.

Fizeram a contagem regressiva em uníssono, era apenas a comemoração e revelação entre as famílias Piastri e Raikkonen.

Kimi chorava antes mesmo da revelação em si, emocionado pela filha e pelo homem que tanto confiava para cuidar dela. Era notório o cuidado que tinham um com o outro, e Kimi não poderia estar mais feliz por eles.

Assim como todos ali, ansiosos pela revelação. Amavam o casal, e amavam ainda mais o futuro filho que aguardavam.

Assim que a contagem regressiva terminou, Nathalie e Oscar, que estavam de olhos fechados, enfiaram as taças de vidro dentro do bolo.

As levantaram, mas não abriram os olhos de imediato.

Oscar segurava a mão de Nathalie, que estava nervosa com a revelação tanto quanto dele. Seus dedos tremiam, suas mãos suavam, mas ainda sim era como se estivessem no próprio mundo.

Só após um longo segundo em meio aos gritos daqueles que fizeram as suas suposições sobre o gênero do bebê, eles abriram os olhos.

Vislumbraram a cor nas taças.

Rosa.

Oscar arregalou os olhos, soltando a taça na mesa antes de tomar Nathalie nos braços. Era um daqueles abraços em que os dois pareciam depender um do outro para respirar.

Como se fossem a única coisa restante no mundo.

Não queria soltar de Nathalie, e as lágrimas no rosto de Oscar umideciam os fios ruivos de Nathalie.

Como eles sonharam em ter uma garotinha.

Ela limpou as lágrimas no rosto dele, resumido em felicidade e júbilo.

Oscar passou os últimos meses construindo a casinha na árvore do quintal, contemplando dia e noite como mobilharia o pequeno espaço e qual cor pintaria o quarto. Nathalie observava o cuidado e esforço que ele fazia para que a criança se sentisse o mais amada possível.

Houve um certo momento para que Oscar conseguisse se recompor, e então voltarem a comemorar a tarde em família.




Os dias que se seguiram foram uma movimentação intensa na casa, e Nathalie era forçada a apenas observar Oscar transitar de um lado para o outro com latas e mais latas de tinta rosa, forrando o chão com jornais e arrastando móveis novos.

Nathalie riu quando Oscar a beijou, sorrindo e com o rosto sujo de tinta rosa nas bochechas. Os olhos castanhos possuiam um brilho muito mais intenso do que antes, e ela vislumbrava os dentinhos de coelho toda vez que um novo desenho era feito na parede recém pintada.

— Viu? Eu disse que dava conta de tudo. — Oscar brincou, abraçando Nathalie por trás com uma mão cuidadosa sobre a barriga. — Hazel vai adorar crescer aqui.

Nathalie riu.

— Você está insistindo em Hazel, hein.

— Você não gostou? — Ele perguntou, pousando o rosto no ombro de Nathalie.

— Eu gostei. — Ela responde. — Hazel é bonito.

— Então Hazel será. — Ele beija Nathalie, sujando seus narizes de tinta.

Os dois começam a rir, chutando os jornais no chão e começando a limpar a bagunça.

Hazel seria muito amada, porque amor era a única coisa que nunca faltava entre os dois pilotos.

⋆ 𝐋𝐎𝐕𝐄 & 𝐖𝐀𝐑 - OSCAR PIASTRI.Onde histórias criam vida. Descubra agora