A Melodia do Destino

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Era uma noite tranquila. Orion, exausto após um longo dia, decidiu se entregar ao seu ritual noturno: ouvir a trilha sonora de Interestelar. A melodia, misteriosa e cativante, envolveu seus pensamentos. Tudo parecia normal, mas o que Orion não sabia era que aquela música era a chave para outro mundo.

Conforme a trilha sonora tocava, Orion começou a sentir-se transportado para um lugar desconhecido, uma vastidão semelhante ao universo, mas em uma dimensão distinta. À sua frente, surgiu um mundo estranho e sombrio, conhecido como o Mundo das Pontes. Ele era puxado para lá, sem controle sobre sua velocidade, como se aquele mundo o atraísse com uma força irresistível.

De repente, ao seu lado, apareceu um homem envolto em uma vestimenta feita de madeira. Ele usava um chapéu que ocultava parcialmente seu rosto, tornando-o ainda mais enigmático. Assustado, Orion recuou e, com a voz trêmula, perguntou:

— Quem é você? Você fala?

— É claro que falo, Orion. — respondeu o homem com firmeza. — Deixe-me apresentar: sou Grogot, o líder dos viajantes. Estava esperando por você há muito tempo. Falei com você anos atrás, através de um sonho, e lhe dei as instruções para abrir o portal para este lugar, mas você ignorou.

— Um sonho? Que sonho?

Orion tentou se recordar e, de repente, seus olhos se arregalaram. Ele lembrava do sonho que tivera anos antes. Naquela época, havia achado estranho, mas descartara como um sonho qualquer. Nele, um objeto desconhecido aparecia, e uma voz lhe dizia que o portal só seria aberto se ele levasse uma maçã consigo ao dormir. Orion considerou a ideia, mas acabou achando que era bobagem.

Percebendo a confusão de Orion, Grogot continuou:

— Você não é uma pessoa comum, Orion. Tem uma missão muito importante, destinada apenas aos chamados viajantes.

— Isso quer dizer que eu sou um...

— Um viajante! — completou Grogot, sem dar tempo para Orion terminar seu pensamento.

Orion estava em choque. Nada fazia sentido. Ele não sabia onde estava, nem por que havia sido levado até ali. E, de repente, percebeu que não era quem pensava ser, mas alguém com um destino maior, intitulado viajante. Ainda paralisado e cheio de dúvidas, ele conseguiu perguntar:

— Senhor Go... Godi...

— Me chame de Grogot.

— Desculpe, sou péssimo com nomes. Por que sou um viajante? O que fiz para estar aqui, neste lugar desconhecido, sendo atraído para um destino que você ainda não me explicou?

— Orion, meu caro. Você não fez nada. Seus pais fizeram.

— Meus pais?

A confusão de Orion aumentou. Seus pais adotivos nunca mencionaram nada sobre isso, e ele nunca questionou sua origem biológica.

Grogot se virou, olhando para o horizonte distante, e respondeu:

— Sim, Robert e Margaret; grandes viajantes que honraram sua missão.

Grogot, vendo que Orion estava ainda mais perplexo, começou a contar-lhe toda a história.

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