Operação Catalunha

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Amara
No meio da madrugada, acordo muito apavorada por causa de um pesadelo que tive com o filho da Maddie. Choro tanto porque pareceu tão real, e ainda estava tentando entender que aquilo tinha sido somente um pesadelo quando sinto a cama afundar e me assusto mais ainda.

Lucas - O que foi?- me aproximo dela, que está sentada toda encolhida na cama chorando muito.- Fala comigo.- acaricio seus cabelos, mas ela apenas me olha sem dizer nada, suas mãos estão trêmulas.- Amara, olha pra mim.- peço.- Fala comigo. O que aconteceu?- tento acalmá-la para que ela consiga falar.

Amara - Desculpa.- falo ao notar que deixei ele nervoso.- Eu tive um pesadelo...- ele sentou ao meu lado e me abraçou.

Lucas - Quer conversar?- pergunto enquanto sinto ela se acalmar. Ela apenas diz que sonhou com o cara que a levou, o filho da Maddie.- Você está segura, ninguém vai vir aqui e... não tem como ele voltar pra tentar nada com você.

Amara
Achei fofo ele tentar me acalmar.
Descemos e ele me deu um chá de camomila e sentamos no sofá.

Lucas - Você quer assistir alguma coisa na tv?- ela nega.- Por que você foi dormir no seu quarto?- ela me olha.

Amara - Acho que estou te sobrecarregando...- ele me olha.

Lucas - Em algum momento eu disse isso?- ela nega.- Então para de achar coisas onde não tem.- ela não diz nada.- Eu fui te procurar e te encontrei dormindo lá, eu queria ficar ali junto com você, mas achei que você quisesse ficar sozinha...

Amara - Não, eu só achei que você precisasse de espaço. Eu cheguei aqui ocupando tudo e você morava sozinho, então achei que pudesse estar sendo um pouco difícil pra você não ter mais o seu tempo, um momento e o seu espaço só para você.- ele se aproxima.

Lucas - Eu estou muito satisfeito em ter o meu tempo, os meus momentos e o meu espaço ocupados por você.- enfim ela sorriu.- Tá bom?

Amara - Tá bom.

Lucas - Tá bom, tá bom, ou está bom mesmo?

Amara - Não tem nenhum outro lugar no mundo que eu queira estar a não ser aqui.- ele sorri e se aproxima mais me beijando. Obviamente eu queria que ele dissesse: E quem disse que vou deixar alguém te levar daqui?
Mas ele não disse, tento relaxar e não pensar mais nessas coisas e nem no pesadelo que tive a pouco. O fato é que meu coração está muito mexido, quanto mais tempo passamos juntos, mais eu desejo isso, mais eu quero ele por perto, os beijos dele, suas mãos no meu corpo... Meu pai amado!! Estou amando!- penso perplexa.

Lucas - O que foi agora?

Amara - Por que?

Lucas - Por que você está me olhando desse jeito?

Amara - Que jeito?

Lucas - Sei lá, parecia meio estática.

Amara - Eu estava pensando.

Lucas - Continua.- peço.

Amara - Quando você foi lá naquele lugar me salvar... O que você pensou? Tipo: O que passou pela sua cabeça ao se colocar em risco pra me tirar de lá?- ele me olha e percebo que engole seco.

Lucas - Bom, eu sou soldado e fiz um juramento, então eu cumpro.- ela pareceu um pouco decepcionada com a minha resposta, porém sigo com a minha meta de fazer ela feliz enquanto tivermos tempo juntos.
Os dias passam e parece que ela compreendeu que precisa aproveitar mais os bons momentos. Ela está feliz, está mais sorridente, já está nadando conforme o esperado para o tempo que ela tem de aprendizado, anda de bicicleta todas as tardes enquanto eu treino e até já treinou comigo algumas vezes. Continuamos dormindo juntos e sempre tento fazer ser especial ou que ela se sinta especial.