Capítulo 11 - O Visitante

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10 dias para o casamento


Merlin! Qual era o problema com aquele lugar? Snape tinha um dementador particular escondido embaixo da cama?

Levantei mal humorada e peguei minha varinha sobre a mesa decabeceira.

Lumos.

Rapidamente o ambiente ficou claro e eu dobrei o cobertor para tentar me aquecer mais. Infelizmente, as masmorras eram frias demais para aquela simples manta me esquentar. Como Snape conseguia dormir daquele jeito? Ok, ele estava acostumado com o frio. Mas ele tinha queter outra coberta para o inverno, não é?

Levantei-me da cama e imediatamente meus pés descalços reclamaram da temperatura do chão de pedra. Caminhei até o armário e abri as portas para procurar algo que me esquentasse. Mas além das roupas negras do professor, não havia nada. Certamente, se ele tivesse outra coberta, teria levado para a sala para ele usar, claro.

Bufei insatisfeita. Teria que me enrolar no cobertor e rezar para ser o suficiente. Na manhã seguinte pediria outra manta para os elfos domésticos.

Mal dei as costas ao armário para voltar para a cama, a porta do quarto abriu e eu quase enfartei. Apontei a varinha para a porta e a luz iluminou o homem de preto.

– O que houve?

Snape estava com os cabelos bagunçados, mas de um jeito que eu julgaria atraente. Seu rosto era a representação perfeita do mau humor e sono. Provavelmente, eu o acordei.


– Desculpe – pedi culpada por ter interrompido seu sono. – Eu estou com frio...

Ele não me deixou terminar, apontou a varinha para a lareira, em frente à cama, e o fogo ganhou vida.

Por que eu não pensei nisso antes?

– Durma, Granger. Está tarde – respondeu e saiu do quarto, fechando a porta às suas costas.

Fácil assim? Ele nem ameaçou me cruciar por tê-lo incomodado? Nem um grito furioso? Nem uma bronquinha sequer? Achei que morar com Snape seria mais difícil. Mas ele pareceu muito atencioso, para os padrões dele.

Voltei para a cama e, realmente, a lareira foi minha salvação. Agora estava aquecida e poderia voltar ao reino dos sonos. Abracei o travesseiro com o aroma gostoso do perfume de Snape e adormeci.



– Granger.

Ouvi a voz ao longe e julguei fazer parte do meu sonho, então simplesmente ignorei. Mas logo ela voltou e acompanhada por um toque no meu ombro. A insistência era tanta que eu desisti de dormir e abri os olhos, após um suspiro derrotado.

Um par de olhos ônix me encarava. Eu precisei de alguns segundos para entender o que Snape estava fazendo no meu quarto.

– Se não acordar logo, perderá o café da manhã – murmurou.

Oh, ele estava me acordando. Que amor.

Sua mão soltou meu ombro e ele caminhou até a porta. Já estava arrumado, então deveria ter acordado há algum tempo. Ele saiu e eu aproveitei para me espreguiçar. Levantei da cama com calma e fui tomar um banho para começar o dia. Se bem que, se continuasse da maneira como realmente começou, com Snape me acordando, o dia seria muito bom.


Como eu dissera aos meninos que passaria alguns dias dormindo na Ala Hospitalar para fazer alguns exames, nós nos encontraríamos no Salão Principal para o café da manhã. Sim, eu mentira para eles. Não poderia dizer que iria dormir no quarto de um professor. Ainda mais esse professor sendo Snape. Harry e Rony surtariam. Então, eu aproveitei a desculpa que eu passara mal no final de semana e disse que Pomfrey queria que eu passasse uns dias por lá, para fazer alguns exames.

Sangue Negro | SnamioneOnde histórias criam vida. Descubra agora