A Piece Of Us | Mark Tuan | Got7 HIATUS

014

— Me desculpa, peguei você de supresa.

— Tá tudo bem. — Ele respondeu, ainda um pouco zonzo pelo o que acabara de acontecer. — Mas, você tem um namorado, lembra?

— Não tenho mais, nós terminamos. Não posso ficar com alguém tão instável quanto ele. — Jessie passa a mão pelos cabelos e se encosta sobre o balcão da cozinha. Mark ainda olhava para ela completamente curioso e muito confuso.

— Ele virá atrás de você novamente, você sabe.

— Sim eu sei.

— E foi assim que vocês voltaram da última vez...

— Eu entendi, Mark. Mas eu não sinto o mesmo amor que sentia por ele antes, é mais apego emocional a nossa história. — Ela da de ombros e olha para os pés. — Eu gosto de você.

Então Mark a olha.

Jessie e Peter tinham uma história longa, idas e vindas, como Mark conseguiria ser melhor do que aquilo? Como conseguiria superar aquele relacionamento deles? Eram tantas perguntas, tantas questões e incertezas.

— Acredite em mim, por favor.

— Estou tentando. — Ele admite e da a volta na cozinha, indo para a sala. — Tenho alguns shows agendado esse mês, eu não posso e acho que não sou capaz de lidar com isso agora.

Jessie o segue e o encara quando o mesmo senta-se sobre o sofá.

— Mark... — Ela insiste, com medo.

— Jessie eu não posso lidar com você agora, quem sabe quando você vai mudar de ideia novamente?

— Eu nao vou mudar de ideia!

— Poder me garantir isso? Você já mudou de ideia uma vez, você já me magoou uma vez, quem pode me garantir que não haverá uma próxima? Eu não posso me arriscar assim por mais que eu goste mesmo de você. — Ele levanta-se inquieto e tenta passar por ela mas a mesma o para antes que ele consiga.

— Mark... — O tom de voz doce e suplicante fazia com que Mark se sentisse fora de órbita.

— Não faça isso. — Ele pede, mas ainda assim Jessie toca o rosto do mesmo e o faz olhar em sua direção.

Podia ver em seus olhos o quanto ele estava lutando para parecer forte.

— Eu sei que demorei para perceber isso mas eu quero você, custe o que custar.

Involuntariamente, ele inclina o seu rosto em direção ao dela, eram como se duas vozes o controlassem naquele momento, uma dizendo que sim, implorando para que ele quebrasse aqueles centímetros de distância que estavam um do outro e a outra voz dizendo que aquilo acabaria no momento em que Peter a procurasse novamente.

Era como estar caindo o tempo todo sem saber quando você bateria no chão.

Jessie se aproxima mais um pouco e quando sente suas respirações se entrelaçarem, era quase impossível não beija-lo.

— Não vai ter volta, Jessie. Se você me beijar agora vai ter que lidar com as consequências disso. — Ele avisa, mas ela insiste.

Jessie o beija mais uma vez e era como se os lábios de Mark implorassem pelos dela, completamente viciante, doce e energizante. Ele apoia sua mão engessada sobre o quadril dela e com a outra mão ele segura o rosto da mesma a puxando ainda mais, como se quisesse os transformar em apenas um.

Quando Jessie acordou, sentiu o peito de Mark subindo e descendo debaixo da sua bochecha, ele dormia profundamente como se finalmente tivesse relaxado depois de anos. Ela levanta-se devagar sem fazer barulho e enrola-se com o cobertor da cama.

— Falei que não tem mais volta para você, Jessie... — Mark resmunga da cama e Jessie sorrir entrando no banheiro.

— Não estou fugindo, só vou tomar banho.

Enquanto ela tomava banho, Mark respondia alguns dos membros de sua equipe que estavam organizando os seus shows.

...

Os shows haviam voltado com tudo e mesmo com músicas tão recentes Mark já estava trabalhando em mais. Agora que tinha sua inspiração ao seu lado, as coisas pareciam ser mais fáceis.

Jessie conseguiu acompanhar Mark em alguns dos seus Shows e a energia que ele transmitia de cima do palco era incrível, não parecia o mesmo Mark que havia conhecido na casa do namorado da melhor amiga. Ele era mais feliz ali.

Mark cantava Fallin' e ele escreverá aquela música quando sentiu seu coração bater descompassado ao ouvir o nome de Jessie, depois do dia no Pier de Santa Mônica, onde tudo para ele mudou e Jessie adorava a sensação de vê-lo cantar uma música que era sobre ela olhando para a mesma na multidão que o assistia e cantava junto.

— Posso contar um segredo? — Ela pergunta, dentro da Van que os levava para o apartamento de Mark.

Mark estava deitado sobre as pernas da garota que acariciava o seu cabelo. Ele estava exausto.

— Você deve contar o segredo.

— Você fica ainda mais atraente no palco... — Mark sorrir de canto com a confissão e abre os olhos para vê-la sorrir timidamente. — Não fique convencido.

— Eu não estou. — Ele diz, mas continuava com ele sorrisinho irritante no canto da boca. Quando Jessie lhe dá um peteleco na testa ele rir ainda mais. A risada de Mark lhe causava cócegas.

Era bom demais, a sensação de estar com alguém tranquilo como ele, sem joguinhos de ciúmes, sem chantagens emocionais, sem incertezas e sem mágoas. Tudo era tão doce com Mark que chegava até parecer perfeito demais.

— No que está pensando? — Ele pergunta, voltando a fechar os olhos e aproveitando para descansar até o motorista chegar no apartamento.

— Nada... É só que você é tão...

— Sou tão? Lindo? Cheiroso? — Ele pergunta a fazendo rir.

— Sim, você é tudo isso com certeza, mas o que eu ia dizer é que você é perfeito demais, até parece mentira. — Mark abre os olhos e senta-se novamente no banco, virando-se para ela

— Eu não sou perfeito, agradeço que pense assim e fico feliz mas eu não sou.

— Tudo bem, desculpe. — Ela diz e Mark coloca uma mecha do seu cabelo atrás da orelha e em seguida desliza sua mão para o queixo da mesma e lhe deixa um selinho nos lábios.

— O que estou tentando dizer é que eu tenho muitos defeitos, você só não percebeu ainda porque não estamos juntos a tanto tempo.

— Você tem defeitos? — Mark assente — Então me diga quais são para eu me preparar.

— Não direi, mas você vai perceber uma hora ou outra. — Mark a puxa para um beijo mais uma vez antes de enfim chegarem ao apartamento.