Diego POV
Tem algo diferente no Amaury hoje. Eu não deveria me meter nisso, mas ele não parece feliz. Ele não parece nem querer estar no mesmo lugar que eu, sério. O que eu fiz? Da última vez, ele praticamente gozou só com meus mamilos e agora ele nem olha pra mim.
Passou uma semana desde que Lennon ligou e marcou outra sessão de fotos. Eu estava nervoso pra caralho. Eu tinha certeza que eles haviam encontrado uma pessoa melhor que eu pra estar com Amaury... Talvez alguém maior, mais forte, mais bonito... Bem, que seja. Agora eu estou feliz pra cacete por estar aqui, porque isso significa mais dinheiro na minha carteira. Não que eu seja uma puta por dinheiro, só que é legal ter coisas boas. E eu amo comer fora. E comprar coisas novas. Eu amo comprar coisas novas. Eu acabei de comprar um novo e estrondoso aparelho de som.
— Terra para Diego...
— O que? — eu perguntei, olhando pelo quarto.
Amaury está ocupado fazendo nada num canto, Bruno está pegando a maquiagem de sua bolsa e Lennon está me encarando. Meu chute é que Lennon é quem queria minha atenção.
Ele rolou os olhos e me arremessou algumas roupas.
— Vá se trocar e apresse essa sua bunda.
Eu olhei pro uniforme branco em minhas mãos. Beisebol. Nós teremos que interpretar jogadores de beisebol hoje. Amaury já está em seu uniforme e ele está muito bem. De novo, a calça é um número menor pra ele e sua bunda fica perfeita assim. O capacete está escondendo seus cachinhos escuros, mas eu sei que logo ele vai ser desprezado, quando começarmos a fotografar.
Deus, ele não deveria parecer tão irritado. Talvez nem seja comigo, talvez eu esteja sendo egoísta. Algo pode ter acontecido em sua vida pessoal e está fazendo ele agir assim. É, com certeza é isso.
Depois de trocado e pronto, Amaury estava jogando uma bola de beisebol pra cima, e a pegando no ar, como se isso não fosse grande coisa.
Eu sou hétero, mas puta que pariu, eu poderia virar gay por ele.
Mas só se eu estivesse bem bêbado. Drogado, talvez. Não que tenha algo de errado com os gays, eu apenas não acho homens nada atrativos. Mas eu estaria mentindo pra mim mesmo se eu dissesse que Amaury era feio, ou algo do tipo.
— Merda — a bola caiu no chão e rolou até mim.
Eu a parei com meu pé e me abaixei para pegá-la, claramente surpreso que o tecido branco das minhas calças não rasgou com meu movimento. Lançando a bola de volta para Amaury, eu encarei seu rosto e ele ainda não olhava na minha cara. Se ele não consegue olhar pra mim, como diabos a gente vai fazer essa sessão?
— Okay, Diego. Venha pra cá e pegue o taco... Façam parecer como se vocês estivessem se divertindo horrores — Lennon disse, não levantando os olhos da câmera que manuseava.
Andei até Amaury, olhando-o com curiosidade.
— Cara, você está bem? Você parece meio pra baixo hoje.
— Eu estou bem — foi sua curta resposta e eu suspirei com isso.
Tenho a sensação que esta tarde vai ser longa.
— Tchau, meninos! Se divirtam, vocês estão fofos pra caramba! — Bruno falou enquanto pegava sua mochila de livros e alcançava a porta.
Eu acenei pra ele, mas eu acho que não me viu. Eu desejei por um segundo que ele pudesse ficar e melhorar o clima, mas eu sei que ele tem aula. Porra, por que eu não entrei na faculdade? Como eu coloquei minha maldita bunda em situações como essa? Eu vi quando Amaury se abaixou para amarrar seus sapatos. Hmm... Eu acho que algumas pessoas chamariam isso de sorte.
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Smile For The Camera | Dimaury
ФанфикAmaury e Diego são dois modelos héteros que vão trabalhar para uma revista gay. O quão longe isso pode ir? O quão confuso isso pode ficar? Se era errado ou certo eles não sabiam, eles apenas gostavam. Essa obra foi escrita originalmente em inglês po...