Parece um sonho

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Georgiana

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Georgiana

O jardim de Romney Hall, minha casa, estava repleto de flores da estação. As tendas que ali foram colocadas para o casamento de Andrew e Amanda balançavam suavemente, de acordo com o vento que trazia um frescor a todos que estavam presentes.

Os noivos pareciam radiantes, o que já era de se esperar, Amanda encontrou o amor de sua vida e finalmente estava casada com ele, que por sinal também é louco por ela.

Fiquei feliz por minha irmã. Ela parecia estar vivendo algum tipo de sonho, e tenho certeza de que And a fará a mulher mais realizada de toda Inglaterra! Tirando minha mãe, é claro...

Consigo ter um vislumbre de como será a minha vez, de como estarei vestida, de como estará a decoração e de como será o sorriso de Peter Helish ao me aguardar no altar.

Meus olhos pairam sobre ele novamente. O garoto tinha cabelos pretos levemente bagunçados e um sorriso faceiro. O conheci na Capela do vilarejo, ele atua como um dos coroinhas de lá e é filho de Cornellius Helish, padre da paróquia.

Seu senso de humor e sua simpatia sempre me arrancam os melhores sentimentos, e jamais pensei que fosse ter o meu coração laçado em plenos doze anos de idade, por um garoto de quatorze.

Por um instante seu olhar se esbarra no meu e ele sorri me indicando com o queixo uma das saídas da tenda.

Em segundos me vi parada ao seu lado enquanto minhas mãos suavam e meu coração dava marretadas violentas dentro do peito.

— Está tudo bem?

— Hum? Ah sim, está tudo bem. — O que há de errado com você Georgie? Se esqueceu de perguntar se ele está bem também! Aargh! que falta de educação! Agora não adianta mais, já está tarde para devolver a interrogação.

— Estava tão quietinha durante a cerimônia, por um momento pensei que estivesse doente, ou algo do tipo.

— Não. Está tudo bem, obrigada.

— Hum, que bom. — Ele não me pareceu satisfeito com a minha resposta sucinta então eu tinha de inventar algum outro assunto.

— E você? Está bem? — O quê Georgie? Jura que esse é o seu melhor?

Ele franze o cenho por um segundo mas depois suaviza sua expressão em um sorriso charmoso.

— Tudo, eu acho. — Suspirou. — Só estou tentando me divertir nessa festa de gente rica. — Como se ele não tivesse berço também!

— Não pode julgar meu pai, é a primeira filha dele que se casa, é claro que iria caprichar com todo artigo de luxo e champanhe que tivesse disponível!

Confissão proibida de Georgiana Crane (OS CRANE- PHILOISE). Onde histórias criam vida. Descubra agora