𝐕𝐈𝐈𝐈. Corações em Chamas

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“E sei que há uma lâmina onde seu coração estáAnd I know there's a blade where your heart isE que você sabe usá-laAnd you know how to use it

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“E sei que há uma lâmina onde seu coração está
And I know there's a blade where your heart is
E que você sabe usá-la
And you know how to use it.”
Consume, Chase Atlantic.

137 D.C. — KING'S LANDING

𝐎 𝐐𝐔𝐀𝐑𝐓𝐎 𝐄𝐑𝐀 𝐈𝐋𝐔𝐌𝐈𝐍𝐀𝐃𝐎 𝐀𝐏𝐄𝐍𝐀𝐒 pela luz do luar que entrava pelas janelas altas e translúcidas. O ar parecia insuficiente para Aegon e Jaehaera, deixando-os sufocados. Os ambiente pulsava com a intensidade do desejo que queimava entre eles e a amarga ferida do abandono que cada um atingira ao outro. Era como se o próprio espaço conspirasse para prendê-los naquela dança de tensão e ressentimento, um fogo que tanto os traía quanto os consumia.

— Deveria estar em seus aposentos, Aegon, e não aqui. — a voz de Jaehaera estava afetada.

— O meu dever é estar com a minha rainha. E cá estou.

Jaehaera soltou uma risada baixa, mas não se afastou, permanecendo com o mesmo mínimo de distância e usando Aegon com a sua própria sede de deixá-lo desnorteado. E quando obteve o resultado que esperava, gesticulou a mão para alcançar um objeto específico. Ela pegou uma escova e começou a passar pelos cabelos, cada gesto deliberado, quase hipnotizante, e se pôs em frente ao grande espelho que dava lhe a visão do marido.

Os olhos de Aegon passaram a acompanhar cada movimento das mãos de Jaehaera voluntariamente penteando os fios ondulados. Os mesmos fios que ele tanto amava admirar, muito mais quando estavam rebeldes e exibindo a juba de cachos mal formados.

Aegon parou atrás dela, tão perto que poderia estender a mão e tocar seus cabelos, mas não o fez. Ele inclinou a cabeça, seus olhos fixos na imagem dela refletida no espelho.

— Não há um dia sequer em que eu não tenha pensado em você, Jaehaera. — a voz dele soou baixa, quase um sussurro. — Mas nunca soube como dizer isso, como te alcançar. Você nunca me deu a oportunidade de expressar o que sinto. E agora que retornou, é como se eu dependesse de você... isso me assusta.

Jaehaera parou de escovar os cabelos e finalmente ergueu os olhos para encará-lo no espelho. Havia um brilho desafiador, conhecido por ele, mas também havia algo mais, difícil de descrever.

— E o que espera de mim agora, Aegon? — e virou-se de repente, ficando de frente para ele — Você quer que eu acredite em você? Quer mesmo que eu acredite que não desfrutou das melhores mulheres enquanto estive longe? Que eu o perdoe?

Aegon não recuou. Em vez disso, deu mais um passo à frente, até que seus corpos quase se tocassem, e ela não se afastou desta vez, permitindo a devida aproximação.

— Não quero o seu perdão. Eu quero você. — Aegon ergueu uma das mãos, pousando-a sobre o rosto dela, hesitante.

— E, se eu te der, o que vai acontecer depois? Você me deixará em paz, como prometeu? — ela sussurrou, mas o seu tom carregava uma força que supreendera até a si mesma. Sentia-se orgulhosa de não ceder tão facilmente, apesar de querer.

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⏰ Última atualização: 2 days ago ⏰

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𝐃𝐀𝐑𝐊 𝐏𝐀𝐑𝐀𝐃𝐈𝐒𝐄Onde histórias criam vida. Descubra agora