Luiza e Valentina nasceram na mesma cidade mineira, no mesmo dia e hora, mas seus destinos sempre se cruzaram à distância. Com sonhos distintos - Luiza, aspirante a engenheira de projetos, e Valentina, pianista em formação -, as duas frequentam a me...
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Luíza
Eu queria levar Valentina a Além Paraíba para ver a família, mas o cansaço estava estampado em seu rosto. Então, decidimos ir direto para casa em Muriaé, uma viagem de cerca de uma hora e meia de carro.
Quando chegamos, estacionei o carro, e, mesmo cansada, Valentina não perdeu tempo.
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Entramos no prédio, puxando as malas para dentro, e assim que fechei a porta, senti Valentina me agarrar com uma intensidade que só poderia vir de alguém que estava aguardando esse momento há muito tempo.
- Valentina... - tentei sussurrar, mas fui rapidamente silenciada por seus lábios.
Ela me beijou com tanta paixão que meu corpo respondeu automaticamente.
Sua língua pediu passagem, e eu cedi sem hesitar, mergulhando na intensidade daquele beijo. Estávamos tão conectadas, tão desesperadas uma pela outra, que tudo ao redor desapareceu. O mundo podia esperar, nossos corpos ansiavam por esse contato, por essa fusão de almas.
Valentina me pressionou contra a parede, suas mãos explorando cada centímetro do meu corpo como se quisesse decorar cada detalhe.
O calor entre nós era inegável, e eu sentia a urgência em cada toque, em cada suspiro que escapava de seus lábios.
Minhas mãos percorreram seus cabelos, puxando-a para mais perto, querendo senti-la mais profundamente.
A sensação de tê-la novamente em meus braços, de sentir sua pele contra a minha, era como um bálsamo para a saudade que nos consumiu durante os últimos seis meses.
Não havia pressa, mas ao mesmo tempo havia uma necessidade urgente de estar completamente unidas.
O desejo que emanava de Valentina era quase palpável, e eu me deixei levar por essa onda avassaladora de amor e tesão.
- Valentina... - murmurei novamente, sem conseguir conter um sorriso entre os beijos. - Eu senti tanto a sua falta.
- Eu também, Luíza - ela respondeu, a voz rouca de desejo, enquanto seus lábios deslizavam para o meu pescoço, deixando um rastro de beijos quentes.
- Não consigo acreditar que estamos juntas novamente.
Nós duas estávamos tão absorvidas uma pela outra que mal percebemos o tempo passar.
A viagem, o cansaço, tudo isso parecia insignificante quando comparado à necessidade de estarmos juntas, de nos reconectarmos da forma mais íntima possível.
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Puxei Valentina delicadamente para o banheiro, sentindo seu corpo tremer levemente de antecipação sob meus dedos.
