Seis | Cambio

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Si te falto el respeto y
luego culpo al alcohol
Si levanto tu falda,
¿me darías el derecho
A medir tu sensatez,
poner en juego tu cuerpo?
Si te parece prudente
esta propuesta indecente

Propruesta indecente - Romeo santos.


Jung Hoseok★

      Voltei pro trabalho só para não precisar ficar em casa por muito tempo. Afinal, não sabia se Taehyung iria ter coragem de ir casa, ou se tinha voltado ao trabalho. Ultimamente tenho sentido que nem o conheço mais. Agindo de forma totalmente contrária da que eu estava acostumado. E sinceramente, não sabia se eu gostava disso, ou se deveria ficar preocupado.

    Meu relacionamento com Taehyung já estava definido muito bem. Ele nunca se preocupou com meus sentimentos, nem desejos e nem vontades ou gostos. Ou se eu estava feliz ou não. Nunca se importou com minhas vontades, e nem com o que eu fazia fora de casa. E agora, do nada, ele decidiu agir como se eu não pudesse fazer nada sem ele por perto. Querendo parecer alguém que não é.

    Agindo como se tivesse o direito de dizer se eu deveria ou não ir até casa de Yoongi. Sendo que eu sabia muito bem o quanto de tempo ele passava fora de casa, ausente do trabalho, fazendo sabe se lá o que. E agora ele agia como um marido ciumento que não me deixaria ir até a casa de meu melhor amigo sem sua presença. Como se realmente gostasse de mim. Como alguém que me queria por perto.

   Sinceramente, uma coisa eu tinha que admitir, ver ele desesperado ao ser colocado contra a parede - literalmente - necessitado demais para conseguir sequer se mover sem que eu mandasse me fez me sentir incrivelmente bem! Como se pela primeira vez eu me sentisse desejado de verdade naquele casamento. Eu consegui sentir a necessidade dele de me ter perto, a pele dele se arrepiando quando eu beijei seu pescoço, a forma que ele fingia está preso a mim naquela árvore, quando a verdade era que ele poderia sair quando quisesse. Mas não queria.

   Eu estava começando a entender o ponto de vista de Taehyung.

   Eu também fingia está preso naquele casamento, quando na verdade, nos não passávamos de um contrato, e que a burrice foi minha de querer meter sentimentos no meio disso. Estúpido fui eu por me apaixonar por ele. E mais estúpido ainda era que eu ainda esperava que ele conseguisse me beijar. Conseguisse admitir que gostava de mim, nem que seja um pouco. Conseguisse admitir que me deseja, e que não consegue lidar com a ideia de poder me perder.

    Eu esperava que quando chegasse em casa ele estivesse lá, me esperando, com vontade de me ter por perto, de conseguir falar de verdade o que se passa em sua mente. Eu ainda tinha esperanças de que ele caísse na real, e me visse como eu realmente sou, e não como um homem em que ele foi obrigado a conviver.

    Eu queria poder recomeçar, apagar todas as outras coisa que aconteceram, e só olhar em frente. Ou que ele simplesmente fosse sincero, dizendo que não queria mais aquilo pra ele. Eu entenderia. É sério, eu realmente entenderia se ele chegasse e dissesse que não quer mais. Mas o problema era que ele não tinha coragem nem para me dizer que não quer. Ele apenas me manipula. Me tratando com carinho, e depois me jogando fora. Me usando. E eu não sabia se isso era o jeito dele, ou se aquele era o jeito que ele achou para lidar com aquele casamento.

    Eu queria ouvir ele dizer que tinha medo de não me ter mais por perto. Mas eu também sabia que aquela era uma coisa impossível de acontecer. Era uma chance em um milhão.

El Imitador - KTH × JHSOnde histórias criam vida. Descubra agora