ECOS DO PASSADO

12 - ECOS DO PASSADO

Pov'Electra

Cada vez que nossos corpos ficavam mais perto, as batidas do meu coração ficavam mais fortes, eu queria aquilo. Eu só não sei se ele queria.
Enquanto dançávamos, uma cumplicidade especial se instalou entre eles. O tempo parecia estar em câmera lenta. O clima foi quebrado quando o rádio parou a música. Nós rimos e começamos a conversar.
A nossa conversa fluía naturalmente.
Eu contei sobre seus sonhos e aspirações, e percebi que Murilo me ouvia com atenção, revelando um lado mais íntimo de si mesmo.

Pov'Murilo

Após dançarmos, conversamos e eu ouvia a atentamente, era como se eu estivesse hipnotizado. Nós continuamos juntos na escultura e depois de um tempo foi finalmente finalizada, uma sensação de realização pairou no ar. Eu e Magnólia observamos a obra juntos, orgulhosos do resultado de um trabalho em conjunto. A luz da tarde realçava as curvas suaves e a expressão serena da figura, quase como se se a escultura tivesse demostrando os sentimentos.
Um silêncio confortável se estabeleceu entre nós. A única interrupção era o som suave de nossas respirações e o tique-taque do relógio na parede. A atmosfera era carregada de uma eletricidade palpável, um desejo não dito que pairava no ar.
Os meus olhos se encontraram com os de Magnólia. Neles, eu vi uma admiração profunda, um carinho que ia além da amizade. Meu coração acelerou novamente. Com um gesto lento, ele se aproximou dela, seus dedos roçando levemente em seu rosto.
Vejo ela fechando os olhos, sentindo o meu toque em seu rosto.
Meu corpo inteiro tremia de expectativa. Nesse momento, a distância entre nós se dissolveu. Meus lábios se encontraram aos dela em um beijo apaixonado, um beijo que expressava tudo o que não havia sido dito em palavras.
O beijo era intenso, cheio de desejo e ternura. Era como se nós dois estivessem explorando um novo mundo juntos, um mundo onde apenas nós existiamos. Quando finalmente nos separamos, estávamos ofegantes, com os olhos dela ainda fechados, perdidos em um mar de sensações.
Um sorriso tímido surgiu nos lábios de Magnólia. "Isso foi incrível", ela sussurrou.

Eu sorri de volta, com meus olhos brilhando de felicidade. "Mais do que incrível", ele respondeu, levando sua mão até a dela.

E já com o sol se despedindo, enquanto a luz dele desaparecia pelas janelas do ateliê, tingindo tudo de dourado, eu e Magnólia nos despedimos. Ela me abraçou fortemente, agradecendo pela companhia.
– “Foi um dia perfeito.”- ela sussurrou.

Eu estava com o coração cheio de alegria, e a acompanhei até a porta. Ao vê-la se afastar, um sorriso se espalhou por meu rosto.  Volto a garagem e começo a fazer uma outra escultura dessa vez em mármore, eu estava totalmente focado. E vendo a nossa escultura de gesso pronta, começo a colocar as emoções na escultura, a obra de arte mais importante da minha vida ainda estava em construção. E eu iria fazer de tudo para que ela fosse perfeita.