Hashirama Senju, um homem alto, moreno, forte e de personalidade gentil, qualquer que o olhasse diria que ele trabalha em qualquer tipo de emprego, menos o que de fato ele trabalha, que é ser professor das crianças da educação infantil vulgo pré escola. O Senju amava, sempre sonhava em ter filhos mas duas coisas sempre o impediram disso, a primeira é que sempre foi um solteirão, muitos o queriam mas poucos o tinham, então fazer de fato um bebe era impossível para um romântico como ele que preferiria casar para depois ter filhos, literalmente, afinal o mesmo sempre gostou de homens, e para adoção não conseguirá permissão devido ao seu antigo quadro de depressão onde por muito tempo foi instável.
Como ter filhos não era uma opção no momento ele pensou, por que não cuidar e ensinar a elas, de fato essa ideia aqueceu mais seu coração, no entanto era a que mais lhe partia o mesmo, afinal as crianças ficam com ele um ou dois anos no máximo, e não importava o quanto tentava ele sempre se apegava, e agora mais uma vez não era diferente. A sua frente estava sua criança favorita da turma, o pequeno Obito, uma criança doce e muito fofa porém um pouco recluso dos seus colegas devido a uma cicatriz em seu rosto, pelo que Hashirama saiba ela se fez em um acidente quando mais novo onde seu pai dirigia bêbado, por sorte naquela vez ambos sobreviveram, mas devido a irresponsabilidade de dirigir alcoolizado o pequeno ficaria com uma marca para o resto de sua vida.
O que Hashirama particularmente acha que era uma característica que o deixava ainda mais bonito , o que deve se duvidar já que o mesmo nunca bateu bem da cabeça, piadas a parte era fato que aos olhos de Hashirama, Obito era o menino mais fofo que já tinha visto. O pequeno agora está esticando seus bracinhos na frente de Hashirama tentando lhe mostrar um desenho que o mesmo havia feito, nele mostrava um desenho de palito simples porém bem esforçado para Obito.
- Olá Obito o que é isso?
- Um desenho, - Responde o pequeno de forma gentil e tímida - você tá aqui
Aponta ele com o dedinho, um gesto fofo é claro, porém o suficiente para derreter o coração mole do Senju
- Sério? - Diz Hashirama olhando atentamente para o desenho - e quem são os outros nesse lindo desenho.
- Sou eu e o Papai -
Ah o pai de Obito, só de imaginar o coração de Hashirama errava as batidas, só tinha visto ele uma vez quando ele veio perguntar se o pequeno estava se enturmando bem, e Hashirama tinha que admitir ele era seu tipo ideal, Um homem de cabelos escuros e longos, de pele clara, um pouco carrancudo e alto, o mesmo não era mais alto que Hashirama porém chegava perto. No entanto cobiçar um relacionamento com o mesmo era um pouco anti ético, já imaginou ficar se agarrando com o pai de seu aluno, era um desejo um pouco impuro, mas sonhar não custa nada. De repente o sinal toca, era hora de ir para casa, o pequeno lhe dá seu desenho e corre até sua mochila de rodinhas do Relâmpago McQueen e vai em direção a porta.
- Obito espera - o pequeno lhe dá um olhar - o seu desenho, não vai levar?
- Não Tio Hashi, é pra você, - O Senju lhe dá um olhar confuso - é pra você nunca esquecer que você e o papai são as pessoas mais importantes para mim.
Acabou, o coração de Hashirama se derrete por inteiro, uma fina lágrima escapa de seus olhos enquanto vê o pequeno saindo de sua sala, por que a vida tinha que ser assim com ele, tudo o que sempre sonhou foi um filho e Obito seria exatamente como o Senju imaginava como seria se ele tivesse um pequeno, o mesmo já tinha perdido as esperanças de ter o seu próprio, então por que a vida lhe pregava essa peça tão cruel. A pequena lágrima caí sobre o desenho e Hashirama coloca o mesmo contra o peito, Obito era adorável de todas as formas e o Senju só queria o por em um potinho e nunca mais deixa-lo sair, porém seus pensamentos são interrompidos quando ele ouve uma batida na porta, ele seca sua lágrima rapidamente e esconde o desenho atrás de si. Naquele momento o Senju tinha certeza que seu coração tinha errado a batida, ao olhar para frente ele vê o pai de Obito se aproximando lentamente, ou pelo menos o momento foi lento na cabeça do moreno.
- Com licença senhor Senju.
Madara, esse era o nome dele, Hashirama só o ouviu uma vez mas foi o suficiente para gravar no fundo de sua mente, e naquele momento, Madara estava mais lindo do que nunca, claro ele só estava com uma roupa social apenas isso, mas para o moreno aquilo era só uma cereja do bolo que o deixava muito mais atraente.
- Madara, - Hashirama diz no tom mais feliz possível, o que assusta o mais baixo - er.... esse é seu nome certo?
Uma tentativa bem falha de disfarçar, porém ele tentou.
- Puxa, eu acho que eu te disse meu nome uma vez só, não acredito que decorou -
Ah pode apostar como decorou- Ah sabe como é, é que eu sou bom com nomes sabe, - Ele mentiu, era horrível com nomes, muitas vezes esquecia até o nome dos irmãos - mas enfim em que eu posso te ajudar?
Hashirama imaginou tantas possibilidades em questão de segundos, claro, a maioria era consideravelmente indecente e talvez Madara não estava com um pensamento muito longe disso quando teve que responder sua pergunta.
- Bom como posso dizer, é um pouco estranho te pedir isso - Pronto, ouvir isso foi um prato cheio pro Senju pensar em coisas que não devia, seu dia já estava sendo sortudo, será que a sorte ia se mostrar novamente - você quer jantar lá em casa? Obito tem me pedido pra te convidar a um tempo mas nunca tive a oportunidade.
Okay, isso não era bem o que o moreno queria ouvir mas já era o suficiente, seu pequeno favorito e o pai dele, a vida era doce demais nesse momento, o Senju não precisou pensar muito antes de responder com um "Sim" bem animado enquanto balançava a cabeça realizando o mesmo gesto, o Uchiha se surpreende mas dá só um sorrisinho em resposta.
- Vai ser amanhã a noite, vou te passar meu endereço e meu número caso precise, - ele anota rapidamente em um post-it que o mesmo trouxe - Ah quase me esqueci, Obito é quem vai fazer a sobremesa então se estiver ruim fingi que tá bom.
- Tenho certeza que tudo vai estar uma delicia, e muito obrigado pelo convite-
- Não precisa agradecer - ele olha para o relógio que estava em seu pulso - preciso ir, tchau até amanhã.
- Tchau e cuidado no transito.
Madara não esperava ouvir isso, ele dá uma risadinha e saí. Hashirama estava nas nuvens mal podia esperar, tinha certeza que nem iria dormir direito essa noite e nem se importava com isso, afinal, o que uma pessoa apaixonada não faz?
VOCÊ ESTÁ LENDO
Sagrado Profano - HashiMada
RomansaHashirama é um professor da educação infantil que adora seus pequenos alunos, mas ao conhecer o pai de um deles sua vida vira de cabeça para baixo e esquecer os profundos olhos de Madara, já não era mais uma opção. * A história será longa*