Oiee hehe
Escrevi essa aqui só pra estimular o meu cérebro e poder tentar quebrar um pouco do meu bloqueio, mas no fim eu acabei gostando dela e achando um amor, então aqui está:)
Boa leitura!
ツ
— Ele disse o que?! — o choque na voz de Jeongin era evidente e os olhos arregalados serviam como composição para a expressão indignada no rosto coberto por uma máscara de cuidados para a pele.
— Ele disse que era obrigação minha...
— Não, eu ouvi o que você disse, eu só não tô acreditando que aquele babaca teve a coragem de dizer uma porcaria dessas.
— É... Bom, de certa forma ele tá certo, não? — Seungmin encolheu os ombros incertos, um sorriso chateado estremecendo os lábios rachados pelo mal hábito de mordê-los. — A gente tava namorando... Eu meio que devia fazer esse tipo de coisa, não é?
— Não? — o Yang moldou uma careta abaixo da gosma verde, assoprando as unhas esmaltadas.
— Mas... Namorados deveriam fazer essas coisas. Ele disse que nenhum relacionamento se resumia a andar de mãos dadas e abraços inocentes.
— Ele também disse que eu ficava horrível ruivo e nós dois sabemos que meu cabelo ruivo é divino. Aquela cabeça oca não é parâmetro para nada na sua vida.
— Mas não foi só ele, Innie. — o mais velho resmungou em um bico emburrado, suspirando antes de se deitar na cama com as palmas sobre a barriga para não borrar o esmalte. — Foi o Daniel, o Luccas, o Hoyong, e todos que já tentaram namorar comigo. Todos disseram que eu deveria aceitar fazer essas coisas, porque relacionamentos são assim. As pessoas fazem sexo, as pessoas se beijam e se tocam e eu era o único que nunca quis nada disso.
— Você não precisa transar com alguém só porque estão namorando, Seung. Se você não quer, não gosta ou não se sente preparado pra isso, não deveria ter a obrigação de fazer. — o amigo imitou seu gesto, deitando-se ao seu lado com os olhos focados nas estrelas coladas no teto.
— Mas quando todos dizem que deveria fazer algo que você não quer, você acaba se sentindo errado por pensar diferente... — a voz baixa falhou antes mesmo que terminasse seu pensamento, chamando a atenção do garoto ao lado.
— Você não é errado por não querer ultrapassar os seus limites, Seungmin.
O moreno permaneceu quieto. Os dentes mordiscando a pele sensível do lábio inferior e os olhos ardendo por lacrimejarem sem sua vontade.
— E se eu for, Innie? — o Kim não se atrevia a olhá-lo, focando seus olhos marejados em uma estrela solitária ao meio do teto. — E se tiver algo de errado comigo? Não é que eu não esteja pronto, ou que eu queira esperar um momento especial pra isso, eu só... Não quero. Não sinto vontade, não sinto conforto em fazer essas coisas que todo mundo parece achar natural de compartilhar com alguém. Eu só não quero...
Jeongin o fitou ladino, observando as bochechas avermelhadas e a ponta do nariz brilhando pelos piscas-piscas na cabeceira da cama. Seungmin fungou como se quisesse evitar chorar em sua frente, e o mais novo se sentiu incomodado por vê-lo pensar daquela forma.
— Eu não quero ter que tocar alguém ou ser tocado de maneira mais íntima assim... Eu não quero ter que beijar alguém só porque todo mundo beija. Eu não quero ter que fazer sexo com alguém só pra manter um relacionamento.
— E não deve. Não é sua obrigação, Seungmin. Não tem que fazer o que você não quer só porque alguém disse que você deveria fazer.
Seungmin impulsionou os lábios em um biquinho pensativo e pendeu a cabeça para olhar o melhor amigo.
— Você acha que algum dia eu vou conseguir fazer alguém ficar? Alguém que não queira me forçar a nada ou que finja ser paciente e que na verdade espera que algum dia eu ceda...
O mais novo analisou o rostinho corado por inteiro. Desde as linhas da testa pelas sobrancelhas franzidas, as pintinhas enfeitando as bochechas de modo discreto, as mordidinhas nervosas no lábio já machucado, até ter sua trajetória final nos olhos brilhosos lhe encarando em expectativa.
Jeongin suspirou.
— Claro que vai, Seungmin. — um sorrisinho se moldou na boca rosada e o menor sorriu involuntariamente. — E se alguém não for esperto o bastante pra não perceber o quão precioso você é e for embora... Ao menos você tem a mim. — deu de ombros em um riso fraco. — Eu nunca vou embora.
O Yang soou sério, honesto, mas havia um que de nervosismo em seu tom que o mais velho não parecia ter notado. Jeongin engoliu em seco, seu coração aparentando palpitar em seus ouvidos tal qual o do Kim.
— Às vezes eu acho que vou acabar sozinho. — soltou em meio ao silêncio que se formou no quarto. O ruivo o olhou esperando que concluísse. — Daniel insistia tanto... Dizia que eu nunca iria namorar com alguém pra valer se não quisesse ceder um pouco que fosse pelo bem do relacionamento e eu acho que acabei acreditando e tomando isso como verdade...
Seungmin sorriu sem emoção alguma nos olhos que não fosse incerteza e Jeongin virou-se de lado, apoiando a cabeça no braço, sem se importar mais com a esmaltação.
— Afinal, quem vai querer um namoro sem toques? Sem beijos? Ninguém permanece em um relacionamento assim... E mesmo que eu saiba disso, eu acho que esperava que pelo menos alguma vez fosse diferente, sabe? — Seungmin percorreu a ponta dos dedos pela máscara facial do mais novo, circulando a área abaixo dos olhos. — Que alguém ficasse comigo por mim. Por gostar de mim e da minha presença. Que ficasse comigo pela minha forma de demonstrar carinho. Pela minha forma de amar...
O moreno passou a esboçar desenhos na bochecha melecada do outro, que logo fechou os olhos para poder aproveitar do toque delicado que lhe causava cócegas e lhe trazia conforto.
— Que não se importasse em andar de mãos dadas comigo. Ou que me abraçasse quando fôssemos assistir alguma coisa no sofá. — O Kim sentiu Jeongin suspirar pelas carícias em seu rosto e precisou prender a respiração em reflexo. — Que gostasse quando eu deixasse um cheirinho em sua bochecha ou um cafuné em seu cabelo... Que não reclamasse por eu preferir carinho a um beijo babado.
O mais novo riu e, aos abrir os olhos, pôde encontrar o melhor amigo sorrir pequeno conforme cutucava a borda da máscara no fim de sua mandíbula.
— Você é um fresco. — Jeongin brincou e Seungmin revirou os olhos.
— Sinto muito por não gostar de compartilhar saliva com outras pessoas e sentir minha cara toda babada. — o ruivo rompeu em uma risada e o mais velho não pôde evitar segui-lo.
— Você nunca quis falar muito sobre isso.
— Sobre o que?
— Sobre não querer essas interações e o motivo pra isso. — o menor ajudou o outro a tirar a máscara facial antes de voltar a olhá-lo nos olhos brilhosos. — Nunca perguntei nada porque você não parecia querer falar sobre, então eu respeitei. Você quer falar sobre isso agora?
Seungmin deu de ombros.
— Não tem muito o que dizer. Eu não me sinto confortável com toques diretos e não é algo que eu sinta necessidade... — desviou os olhos dos que lhe miravam com cautela, cutucando o lençol da cama para tentar se distrair.
— Tem algo a mais? Se tiver e você quiser compartilhar comigo, eu vou ouvir, Minnie... — o Yang trombou seus dedos sobre a cama, brincando com os menores entre os seus. — Sabe que pode falar qualquer coisa pra mim se quiser colocar algo pra fora.
O mais velho suspirou. Jeongin o conhecia tão bem.
— Eu tive um namorado. Na quinta série. Você sabe, aquele que parecia um abacaxi...
— O Lula-molusco. Lembro dele. É meio difícil esquecer aquele narigão intrometido. — o melhor amigo riu, deixando um tapa fraco em seu peito, arrancando de si um sorriso semelhante. — O que tem aquele idiota?
— Eu era muito novo e ele era o meu primeiro namorado, então eu queria que tudo desse certo... Eu sempre fui muito pilhado com isso, de namorar alguém, porque eu tinha medo de ter que beijar alguém e não gostar ou acabar passando vergonha por não beijar bem.
— Você já se sentia dessa forma? Sobre não gostar e não querer? — Seungmin assentiu.
— Mas eu pensava que eu deveria fazer, porque todo mundo beijava o namoradinho, então eu também deveria beijar o meu. — Jeongin balançou a cabeça para sinalizar que havia entendido. — Então quando ele disse que queria me beijar eu perguntei se a gente precisava mesmo fazer aquilo, e, bom, ele disse que aquilo era óbvio. Quem não beija o namorado?
Jeongin novamente presenciou um dos sorrisos tristonhos do mais velho e aquilo lhe doía como uma punhalada na cabeça.
— Eu disse que tava tudo bem, que eu podia fazer isso por ele. Então ele veio me beijar. — Seungmin engoliu a saliva com dificuldade, os olhos se desviando dos do melhor amigo mais uma vez para dar atenção aos dedos entrelaçados aos dele em uma dança bagunçada e atrapalhada. — Cada vez que ele chegava mais perto, mais eu entrava em pânico e minha barriga começava a doer.
O ruivo se moveu para mais perto, se deitando mais próximo, como se quisesse lhe demonstrar apoio e deixá-lo seguro de que sua presença estava ali para confortá-lo, e o Kim sorriu pelo gesto.
— Então quando ele tava quase encostando em mim eu pedi que parasse. Mas eu não me mexi. Eu só pedi que a gente esperasse, porque na minha cabeça eu só tava nervoso. Mas mesmo assim ele não parou. Ele só sorriu e pulou em mim como se eu fosse um soldado voltando pra casa depois da guerra.
— Péssima analogia.
— Desculpa. — pediu entre um sorrisinho. — Eu fiquei lá, parado. Eu não conseguia me mexer de jeito nenhum enquanto ele me babava inteiro e aquilo me angustiou num nível absurdo. Eu tentava pedir pra que ele parasse, mas ele parecia tentar me engolir, e quando eu tentava afastar o corpo dele, ele me prendia ainda mais forte e, no fim, ele me beijou mesmo eu não querendo. Mesmo eu não fazendo nada.
— Que merda, Seung. — a mão maior se fechou em um punho e Jeongin respirou fundo. — Como eu queria encontrar esse infeliz e quebrar a cara dele.
— Você vai ter que quebrar a cara de muita gente então. — o Yang juntou as sobrancelhas em confusão. — Ele não foi o único cara que me beijou ou tentou fazer as coisas a força comigo, Innie...
— Por que... Por que nunca me falou sobre isso?
— Sobre o Lula-molusco?
— Não. — o mais novo tomou mais uma respiração. — Sobre tudo isso. Sobre esses caras. Sobre o que fizeram. Por que nunca veio falar comigo?
— Porque até alguns minutos atrás eu achava que era normal... Todo mundo me dizia que namoros eram assim e só era namoro se tivesse esse envolvimento. Eu sentia que algo tava errado e sempre terminava quando eu não aguentava mais, mas eu achava que o problema tava em mim.
— Seungmin...
— Eu sei, Innie. Eu sei que vai dizer que eu não estou errado e que eles eram todos uns babacas, mas eu não sabia. Eu não via dessa forma, então eu só guardava pra mim. Desculpa não ter te contado antes...
— Não, não pede desculpa. Você não tem culpa de nada, não precisa. Eu só... Não consigo acreditar que em todo esse tempo você tava passando por essas merdas debaixo do meu nariz e eu não percebi.
Seungmin tocou a mão em punho, abrindo sua palma par brincar com seus dedos em um carinho gentil.
— Não tinha como você saber, porque pra mim era um desconforto que eu deveria superar. Mas eu acho que talvez o problema não seja comigo.
— Nunca foi, Seungmin. Nunca foi um problema com você. Você não tem erro nenhum. — Jeongin tomou sua bochecha em um reconforto desesperado, trazendo os olhos arregalados do mais velho. — Esses filhos da puta não passam de abusadores e não sabem o quão precioso você é.
O menor acariciou a pele macia sob seu polegar, as maçãs do rosto se avermelhando sob seu toque e olhar carinhoso.
Seungmin parecia ter tido sua respiração engatada e o coração parecia querer sair de seu peito.
Jeongin sempre o olhou com admiração e sempre o elogiou quando tinha oportunidade, mas daquela vez... Daquela vez parecia diferente.
— Eu juro que faria cada um pagar pelo que fez e disse pra você... Porra, eu quebraria cada um com as minhas mãos sem remorso ou arrependimento algum. — O Yang resmungou irritadiço, seus olhos e tom carinhoso voltando ao assistir um sorriso adorável nascer nos lábios secos. — Eu faria qualquer coisa por você, pra te ver feliz, com um sorrisinho desse no rosto e esses idiotas são capazes de fazer uma merda dessa.
— Tudo bem, Innie. Já passou.
— Me diz que terminou com ele.
— Com quem?
— Com o Daniel. Aquele... Miserável. — Seungmin riu da expressão quase cômica de Jeongin irritado.
— Eu terminei. Achei que tinha dito isso.
— Eu acho que esqueci. Fiquei com tanta raiva pelo que ele disse que nem reparei.
— É, eu terminei... — o moreno pendeu o rosto para o carinho de Jeongin em sua bochecha e os olhos do mais novo pareciam carregar tantos sentimentos que Seungmin o viu como um livro aberto.
— Por favor, promete que vai me contar se algo assim acontecer de novo...
— Não vai acontecer. Eu aprendi a minha lição e pulo fora em qualquer sinal de que algo está errado.
— Promete. — pediu uma vez mais, a voz baixa, quase em um sussurro, que Seungmin não teria ouvido se não estivesse tão próximo do mais novo. — Promete, Seungmin. — próximo demais. — Por favor...
— Eu prometo. — sussurrou de volta, cortando a pouca distância entre eles para arrastar a ponta do nariz contra a do menor. — Eu prometo, Innie.
Seungmin olhou-o fundo nos olhos claros, não cessando o carinho trocado, arrastando seu nariz ao do outro em um beijinho de esquimó. E aquilo era de extrema significância para Seungmin. E Jeongin sabia disso. Sabia como ninguém, principalmente agora. Então quando o moreno deixou um fungado em sua bochecha, e mais outro do lado contrário, Jeongin se sentiu derreter.
Seu coração palpitava descompassado e seus olhos teimavam em fechar em paixão por um simples gesto que pra eles significavam o mundo.
— Esquece o que eu disse. — Jeongin murmurou após alguns segundos em silêncio, confundindo o maior que o direcionou um olhar confuso.
— Que?
— Esquece o que eu disse, Seungmin. Não me conta nada. Não precisa. Eu não quero que me conte, porque eu não quero que fique com ninguém assim.
— Eu não tô entendendo...
— Eu não quero que fique assim com mais ninguém, Minnie... Não fica com ninguém do mesmo jeito que fica comigo. Não faz o que faz comigo com mais ninguém... Por favor...
— Innie...
— Fica comigo, Seungmin. — pediu, os olhos presos aos brilhosos, passando-lhe toda sua ansiedade e desejo de tê-lo somente para si. — Namora comigo, me dá essa chance... Me dá a chance de te mostrar que um namoro não precisa de nada disso. Me dá a chance de te mostrar que um namoro pode ser bom. De que um namoro pode ser só carinho. Me dá a chance de mostrar que eu amo você por você.
Jeongin falava sem parar, sem pausa alguma, e Seungmin nunca viu tanta certeza em seus olhos.
— Me deixa te mostrar que alguém quer andar de mãos dadas com você. Que alguém quer fica só de chamego. Que alguém vai te amar do jeito certo. Do jeito que você merece e mais... Me deixa ser esse alguém, Seungmin. Por favor... Fica comigo. — Jeongin arrastou a ponta do nariz pelo seu e o moreno pôde jurar sentir seu corpo estremecer.
— Você tá me pedindo em namoro?
— Tô. — a resposta veio rápida e Seungmin sorriu em meio ao nervosismo. — Eu não quero te pressionar a aceitar, Minnie. Eu só quero... Porra, eu só quero dizer que se você quiser, algum dia talvez, tentar comigo, tentar, não sei, eu vou estar aqui. Eu sei que é estranho, merda, pensando agora, parece muito estranho dizer assim do nada. E não é como se eu estivesse implorando também, é só que... Quer saber, eu tô sim. Eu tô implorando, Seungmin. Namora comigo. Eu tô me humilhando agora, é o que você faz comigo. Sempre fez...
— Jeongin.
— Hm?!
— Cala a boca.
— Desculpa. Eu tô nervoso. Eu só...
— Tá me implorando. Eu acho que entendi essa parte. — Seungmin riu, mas logo se sentiu envergonhado pela maneira como Jeongin o olhava.
— Eu amo você, Seungmin. — confessou direto, honesto, observando as bochechas macias corarem. — Eu sempre amei e vou amar você e... Caralho, você me enlouquece. — o ruivo escondeu o rosto avermelhado no pescoço do maior, ouvindo-o rir de sua perda de coragem. — Eu sei que sou patético, pode parar de rir de mim agora.
— Eu também amo você, idiota.
— Eu sei, Minnie... Mas eu quero dizer que amo você. Como meu melhor amigo e como o cara que me deixa idiota só por um sorrisinho... Eu não quero só ser o seu melhor amigo, eu quero ser o cara foda que vai te fazer feliz todos os dias e ficar triste com você se você não estiver a fim de ser feliz. — murmurou contra a pele quente, se sentindo arrepiar ao ter os fios invadidos pelos dedinhos curiosos do mais velho.
Com Seungmin sempre era assim. Grande reações para ações tão pequenas e isso trazia um conforto para Jeongin que ele mal podia botar em palavras.
— Eu quero ser o cara que vai topar qualquer rolê que você tiver vontade. Que vai topar ficar em casa ou sair sem rumo pra onde nossos pés nos levarem. Que vai topar um jantar chique num restaurante ou um cuscuz com ovo num sábado de noite. Eu só quero ser seu. O seu namorado. Quero poder chamar a tia de sogra e infernizar o teu irmão com o pretexto de ser o cunhado dele. Eu só quero você, Minnie. Da forma que você quiser que seja. Eu aceito qualquer coisa desde que eu possa ficar com você e te amar assim.
Jeongin deixou um cheiro no pescoço do maior e pôde sentir seus fios serem puxados de leve.
— Por favor? Eu tô me humilhando que nem um clt agora... O que eu não faço por você? Eu faço qualquer coisa.
— Jeongin, cala a boca, pelo amor de Deus.
— Calma, que eu não terminei.
— Não?
— Não.
— Meu Deus... — mais um riso e então Jeongin estava olhando pra Seungmin novamente, os rostos próximos.
— Você não sabe o quanto eu sentia inveja daqueles babacas.
— Inveja?
— É. — Jeongin arrastou seu nariz pelo do outro em uma breve carícia. — Eu sentia inveja porque queria que se referisse a mim quando falasse do seu namorado. Queria que fosse eu pra quem você diria "eu te amo".
— Mas eu sempre te disse "eu te amo".
— Você sempre disse que me amava, mas era com um sentimento de "você é meu melhor amigo". Eu queria que me dissesse que me amava como seu namorado. Eu queria ser o seu namorado. — Seungmin corou mais uma vez.
— Eu sempre achei que você merecia alguém melhor... Alguém que pudesse te beijar, que te tocasse e que fizesse coisas com você que eu não poderia... — Jeongin negou em um balançar de cabeça.
— Eu não preciso que faça nada disso, Minnie. — olhou-o nos olhos e, quase que no automático, sua mão se moveu para a cintura fina em um carinho gentil.
— Eu sempre achei que você desejaria alguém que pudesse te oferecer coisas que eu não posso.
— Seungmin... — o mais velho intercalou os olhos entre os do menor, ouvindo-o atentamente. — Eu não preciso que me beije, que me toque ou que faça sexo comigo pra que eu te deseje. Eu te desejo desde tanto tempo em segredo... Sempre tive medo de te assustar ou que algo acontecesse com a nossa conexão se por acaso eu dissesse que te quero desse jeito... Sinceramente, eu acho que você teria me namorado antes só por dó.
— Jeongin! — o moreno gargalhou, negando a idiotice do mais novo. — Seu bocó de mola...
— Eu tô falando sério.
— Tá bom, me deixa falar agora, pode ser? — o outro assentiu, um pequeno sorriso enfeitando os lábios bonitos. — Eu amo você. Como meu melhor amigo. Como o idiota que você sempre foi. Como o cara que me faz rir até quando eu não deveria. Como o cara que chora comigo assistindo um filme triste. Como o cara que faz tudo e mais um pouco só pra que eu fique feliz. Como o cara que eu quero namorar, mesmo que eu goste de ver você se humilhando assim... Eu amo você, Innie.
— Seung...
— Eu quero ficar de chamego assistindo alguma coisa com você. Eu quero andar de mãos dadas. Eu quero te encher de chêro'. Eu quero amar você do meu jeitinho e ver você manhosinho desse jeito só por um cheirinho no seu cangote...
Jeongin estava paralisado. Os olhos mal piscavam e a respiração engatada. Seu coração parecia correr uma maratona e seu corpo queimando em uma sensação gostosa.
Minha nossa, Jeongin estava perdidamente apaixonado por aquele garoto.
— Porra, Seungmin. Você vai me enlouquecer...— Eu aceito namorar com você, bobão.
— De verdade? — Seungmin assentiu. — Não é por pena? — o maior riu antes de negar em um acenar. — Caralho, Minnie, não brinca.
— Eu quero namorar com você, Innie.
Jeongin viu seriedade nos olhos de Seungmin, e então sua ficha caiu.
Ele sorriu como nunca, abraçou o garoto como se houvesse acabado de ganhar seu presente dos sonhos. E de fato Jeongin havia ganhado. Seungmin era o seu sonho, e ele estava mais do que realizado em finalmente poder tê-lo como e onde sempre quis.
Com ele.
— Puta que pariu, Seungmin. Eu te amo pra caralho, você não tá entendendo!
O moreno ria entre os fios ruivos que pendiam em seu rosto com o mais novo escondido em seu pescoço.
— Eu também amo você, Innie. Pra caralho.
Jeongin se ergueu, olhou-o nos olhos e então sorriu. Sorriu até suas bochechas doerem e Seungmin não estava diferente.
E o Yang poderia passar horas com o mais velho em seus braços daquele jeitinho. Sentindo os dedinhos lhe fazerem carinho sob a camiseta e o nariz se arrastar por sua pele como a demonstração de afeto preferida do seu, agora, namorado.
— Fiquei sabendo que saiu um episódio novo daquela série que você gosta. — o mais novo disse arrastado entre as carícias em seu pescoço, chamando a atenção do garoto que o olhou de imediato.
— Já é quinta feira? — Jeongin assentiu. — É mesmo...
— Que tal eu fazer um lanchinho enquanto você pega os cobertores e arruma o sofá pra gente assistir juntinho?
— Merda, Innie! — o ruivo fora pego de surpresa ao receber um cheiro demorado no pé do cangote. — Eu te amo, sabia?
— É... Acho que ouvi algo sobre isso antes.
ツ
Foi isso, galerinha:)
Espero que possam ter gostado, apesar de estar uma escrita meio repetitiva.
Eu não sei muito bem o que dizer, então beijão, se cuidem direitinho e até a próxima, amo vocês<3
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.nosso jeitinho de amar | Seungin
FanfictionOnde Seungmin queria alguém que o amasse como ele é, que aceitasse sua forma de amar. Ou onde Jeongin quer uma chance para mostrar ao melhor amigo que ele pode ser esse alguém. !Conteúdo maduro apenas por menções! ∆obra de minha autoria, não permito...