Prólogo.

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A chuva batia contra as enormes janelas de vidro da cobertura de Billie, criando um ritmo suave que ecoava pelo ambiente silencioso. Ela estava ali, sentada na poltrona de couro preto, o olhar fixo na cidade lá embaixo, mas seus pensamentos estavam a quilômetros de distância.

Lembrava-se da primeira vez que viu Charli—arrogante, confiante, com aquele sorriso malicioso que prometia problemas. Billie nunca soubera que alguém poderia chegar tão perto, que alguém poderia, de fato, quebrar suas defesas impenetráveis. Mas Charli o fez, sem esforço, com um simples jogo de provocações e desafios. E agora, ali estava Billie, tentando entender como tinha permitido que as coisas saíssem de controle.

 O celular em sua mão vibrou, a tela iluminando-se com uma mensagem de Charli. Billie sabia que não deveria abrir, que cada palavra de Charli era como um passo mais fundo em um abismo que ela mesma cavara. Mas seus dedos agiram por conta própria, desbloqueando o aparelho.

"Eu te avisei que jogar comigo teria um preço. Está pronta para pagar?"

As palavras de Charli pulsaram em sua mente. Billie não era mais a mulher no controle, não era mais a que dava as ordens. Agora, tudo estava nas mãos de Charli, e Billie sabia que o preço seria alto demais para voltar atrás.

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