Capítulo 2

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O reino dos bruxos, conhecido como Umbra, era um lugar onde a magia mais antiga e poderosa reinava

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O reino dos bruxos, conhecido como Umbra, era um lugar onde a magia mais antiga e poderosa reinava. Escondido nas montanhas do norte, o reino era um vasto território onde a escuridão se misturava com a luz apenas durante o crepúsculo. As torres de obsidiana do castelo se erguiam imponentes contra o céu cinzento, um monumento à força e à crueldade que moldavam a terra.

Dentro das muralhas do castelo, o ambiente era sombrio e austero. Tectos altos e corredores longos eram iluminados por chamas mágicas que queimavam em tons de roxo e azul, criando sombras dançantes nas paredes de pedra. O poder era sentido em cada canto, como se a própria estrutura fosse infundida com o antigo conhecimento dos bruxos que governavam ali por gerações.

Peter caminhava com passos decididos pelo corredor principal, seu manto negro esvoaçando atrás de si. Seu rosto estava marcado pela preocupação, mas seus olhos permaneciam duros e inabaláveis. Ele sabia que, como herdeiro do trono de Umbra, não podia se permitir mostrar fraqueza. Não agora.

Chegando à sala do trono, encontrou seu pai, Robert, sentado em seu assento de pedra, que parecia esculpido diretamente das montanhas. O rei Robert era um homem de idade avançada, com cabelos grisalhos e olhos penetrantes que pareciam enxergar até a alma daqueles que ousavam cruzar seu caminho. Apesar de sua idade, sua presença ainda inspirava medo e respeito em todos que o serviam.

 Apesar de sua idade, sua presença ainda inspirava medo e respeito em todos que o serviam

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"Peter," a voz de Robert ecoou pela sala, profunda e autoritária. "Vejo que o peso de suas responsabilidades finalmente começou a afundar em seus ombros."

Peter parou diante do trono, fazendo uma reverência. "Pai," respondeu com uma voz controlada. "O reino está seguro, e todos os preparativos estão sendo feitos para nossa próxima reunião com o conselho."

Robert o observou por um momento, avaliando-o. "Você tem feito um bom trabalho, filho. Mas vejo em seus olhos a sombra de uma preocupação que você ainda não compartilhou comigo."

Peter hesitou, mas sabia que não adiantava esconder nada de seu pai. "É Elara," disse finalmente. "Ela ainda guarda rancor, e com o desaparecimento de nossa filha... é apenas uma questão de tempo até que ela venha atrás de nós."

Robert franziu o cenho, sua expressão se tornando ainda mais severa. "Eu te avisei sobre ela, Peter. Ela sempre foi uma criatura indomável, rebelde por natureza. Nunca deveria ter se envolvido com aquela fada."

"Eu sei," Peter respondeu com um tom de resignação. "Mas Elara não era assim antes. O desaparecimento de Seraphine a mudou. Ela agora é uma ameaça que não podemos ignorar."

Robert se levantou do trono, sua figura imponente ainda carregando o peso da coroa. "Elara se tornou o que sempre temi que ela seria. Uma força destrutiva, alimentada pelo ódio e pela dor. E esse ódio é direcionado a nós."

"Então, o que devemos fazer?" Peter perguntou, seu olhar fixo no pai.

Robert deu alguns passos à frente, seus olhos nunca deixando os de Peter. "Devemos estar prontos para qualquer ataque. Fortaleça as defesas do castelo, convoque os conselheiros mais leais e prepare nossas forças. Se ela ousar atacar, seremos implacáveis."

O reino de Umbra era organizado em camadas, com os bruxos mais poderosos e influentes ocupando as posições mais altas, vivendo nas torres do castelo e governando com punhos de ferro. Os cidadãos comuns, também bruxos mas de poderes menores, habitavam as vilas ao redor das montanhas, onde trabalhavam em forjas e laboratórios, criando armas e poções para o reino.

A hierarquia era rígida, e o poder absoluto pertencia ao rei, que delegava ordens através do Conselho das Sombras, um grupo de bruxos anciãos escolhidos por sua lealdade e habilidade. Esses conselheiros eram responsáveis por garantir que a vontade do rei fosse executada em todos os cantos do reino.

Peter, como herdeiro, já tinha grande influência no conselho, mas sabia que seu pai ainda era quem comandava com autoridade inquestionável. Robert, apesar de sua desaprovação do relacionamento de Peter com Elara, sempre acreditou na força de seu filho e o preparava para assumir o trono.

"Precisamos encontrar aliados," Peter continuou. "Se Elara realmente planeja nos atacar, não podemos contar apenas com nossas forças."

"Concordo," Robert respondeu, sua voz firme. "Comece a sondar os reinos vizinhos. Há aqueles que têm medo de Elara e o que ela pode se tornar. Use esse medo a nosso favor."

Peter assentiu. "Vou começar os preparativos imediatamente." Ele fez uma reverência, pronto para se retirar, mas antes que pudesse sair, Robert o chamou novamente.

"E Peter," o rei disse, com uma expressão de advertência. "Lembre-se de que sua prioridade é o reino. Não deixe que o passado com Elara nuble seu julgamento. Ela já não é a fada que você amou."

Peter não respondeu, mas as palavras de seu pai ecoaram em sua mente enquanto ele deixava a sala do trono. Ele sabia que Robert estava certo. Elara não era mais a mesma, e o peso de suas decisões passadas agora ameaçava tudo o que ele havia lutado para construir.

Ao sair do castelo, Peter dirigiu-se aos quartéis, onde os soldados de Umbra estavam em constante treinamento. Ele sabia que o futuro do reino dependia das escolhas que fizesse nos próximos dias. Elara estava chegando, e com ela, o fantasma de um passado que Peter desejava esquecer, mas que sabia que teria que enfrentar.

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⏰ Última atualização: Sep 04 ⏰

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