Asa estava inquieta desde o encontro com as meninas do NewJeans. Toda vez que via Rora interagindo com qualquer uma delas, sentia um aperto no peito que ela não conseguia entender completamente. Bem, não era que ela *não* entendesse, mas estava com medo de encarar a verdade. Seus sentimentos por Rora vinham crescendo há algum tempo, e, desde que Rami percebeu isso, ela estava constantemente tentando apoiar Asa da melhor forma.Naquela tarde, após mais um dia longo de ensaios, Asa foi para o canto mais isolado da sala de descanso. Rami não demorou muito para encontrá-la. A amiga tinha uma habilidade especial para perceber quando algo estava errado e quando Asa precisava conversar.
Rami se sentou ao lado de Asa, em silêncio por alguns momentos, até finalmente perguntar:
— Ainda pensando nela?
Asa suspirou profundamente, sem olhar para Rami. Ela já sabia a resposta, mas preferia não ter que verbalizar de novo.
— Não consigo evitar — Asa admitiu, sua voz baixa. — É como se, quanto mais eu tentasse ignorar, mais forte fica. E esses ciúmes... é ridículo, eu sei.
Rami balançou a cabeça.
— Não é ridículo, Asa. Os sentimentos não têm lógica muitas vezes. E você sentir ciúmes significa que se importa. Não há nada de errado nisso.
— Mas e se... — Asa hesitou, sentindo o peso de suas palavras antes mesmo de dizê-las. — E se eu estiver fazendo algo errado? Somos duas garotas, Rami. E isso... pode não ser certo. Sem contar o grupo. Não quero arriscar o futuro de todas por algo que talvez nem seja correspondido.
Rami olhou para Asa com compaixão, compreendendo suas preocupações, mas também percebendo que a amiga estava se colocando sob uma pressão desnecessária.
— Eu entendo seus medos — Rami disse calmamente. — Mas você não pode viver com base no "e se" o tempo todo. É importante entender o que você está sentindo, sim, mas também é importante não deixar o medo te controlar. E, acima de tudo, você merece ser feliz. Se Rora te faz sentir assim, você deveria pelo menos tentar entender isso melhor, ao invés de ficar se torturando com pensamentos negativos.
Asa olhou para Rami, seus olhos refletindo tanto confusão quanto gratidão. Rami sempre soubera o que dizer, e embora Asa ainda estivesse incerta, ouvir isso da amiga trouxe um pouco de alívio.
— Eu só... não sei o que fazer — Asa disse suavemente.
Rami sorriu, tentando trazer um pouco de leveza para a situação.
— Talvez você devesse parar de pensar tanto. Deixe as coisas acontecerem naturalmente. Às vezes, é melhor não planejar tudo.
Antes que Asa pudesse responder, o som das risadas das outras meninas ecoou pela sala, sinalizando que o resto do grupo estava se aproximando. A conversa entre Rami e Asa ficou em suspenso, mas Rami lançou um olhar cúmplice para a amiga, como se dissesse: *Pense no que eu disse*.
As outras meninas entraram na sala animadamente, ainda com a energia do ensaio. Chiquita estava rindo de algo que Ahyeon disse, enquanto Pharita e Ruka pareciam entretidas em sua própria conversa. Rora, como sempre, se movia pelo espaço com uma leveza que fazia Asa observá-la sem perceber, como se a simples presença de Rora iluminasse o ambiente.
— O que vocês duas estão cochichando aí? — Ahyeon perguntou, lançando um olhar curioso para Rami e Asa.
Rami deu um sorriso despreocupado.
— Nada de mais. Apenas conversando sobre a vida.
Ahyeon arqueou uma sobrancelha, claramente intrigada, mas antes que pudesse investigar mais, Chiquita a puxou para uma brincadeira, salvando Asa de mais perguntas desconfortáveis.
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Realmente amigas? (RUPHA) (CHIYEON) (RORASA)
FanfictionNo palco, o BABYMONSTER é uma unidade perfeita, mas nos bastidores, as integrantes começam a lidar com emoções que nunca esperaram enfrentar. Ruka e Pharita, sempre inseparáveis, começam a perceber uma atração irresistível que ultrapassa os limites...