Prólogo

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Minha visão começa a voltar, esfrego os olhos na tentativa de acelerar o processo. Ao abrir os olhos novamente, vejo Midnight toda incendiada, a escola que diziam ser segura agora tinha chamas por toda parte, o calor emanava e era tão forte que de longe se sentia ao ponto de suar, as chamas aos poucos se espalhando para o pouco que havia restado, crescendo mais e mais, as pessoas chorando era simplesmente desesperador, não sei o quão alta elas provavelmente estão gritando, mas dava para saber que estavam desesperadas e em prantos. Nem todas as pessoas de Midnight estão aqui, e as famílias tentando avançar diante do fogo para resgatar seus filhos.

Olhando para os lados vejo pessoas paradas em choque, algumas correndo para longe e alguns bombeiros vindo na direção da escola para apagar as chamas, outros tinham que manter as pessoas bem, segurar as famílias, três ambulâncias chegando rapidamente. A ambulância tinha que cuidar dos poucos que se machucaram. Não consigo reconhecer nenhum rosto, não vejo nenhum rosto, só sei que são estudantes de Midnight.

Voltando a olhar na direção da escola, uma pequena explosão ocorreu vindo da direção oeste da escola, onde ficava a cozinha e o gás, com a explosão fecho meus olhos, e ao abrir novamente estou no pátio da escola, mas não tinha chamas em canto nenhum. Mesmo olhando a minha volta não tinha ninguém, apenas sangue espalhado e escorrendo pelo local. Olhando para frente, no canteiro de rosas brancas, vejo as pétalas brancas e delicadas das rosas escurecendo e fuçando vermelho vivo, enquanto logo depois sangue caindo do segundo andar caí sobre as rosas.

Decido correr para fora da escola, sem olhar para trás, se tivesse alguém suplicando por ajuda, não saberia mesmo. Corro mais até passar na frente da minha sala de aula, tinha um garoto alí, um garoto ruivo, de cabelos cacheados e curtos. Não pude ver muito mais dele por ele estar de costas para mim de frente para as janelas, não sei quem é, mas é a única pessoa aqui, viva ainda por cima. Adentro a sala e vou até a direção dele, quando me aproximo o suficiente ergo meu braço para tocar ele, e assim que o toquei, ele se vira, antes que eu possa ver seu rosto, o cenário muda.

Estou agora numa sala sentado no chão atrás de uma mesa jogada, tiros batendo na parede à minha frente, mesmo que tenha curiosidade, não tenho coragem de olhar para ver quem estava atirando. Apenas olho para a direita, e vejo o mesmo garoto ruivo na outra ponta da mesa com uma arma em mãos, atirando contra quem quer que esteja atirando na gente, e logo depois noto mais longe atrás de outra mesa, uma garota loira, demorou um tempo mas a reconheci, Amélia. Ela está com um ferimento na perna, um corte, tem um garoto - que não consigo identificar nada dele- cuidando da perna dela neste momento.

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⏰ Última atualização: Sep 11 ⏰

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