Oie, pessoal. Cês tão bem? (Se tiver alguém aqui de sp, como que se respira com esse ar todo zoado?!)
Tenho alguns pontos importantes a trazer: não me sinto confortável detalhando alguns temas que a série aborda, por isso serei evasiva quanto a eles na maioria das vezes. E alguns nem chegarão a ser citados.
Esse cap pode ter menção ou referência a temas sensíveis ⚠️
Boa leitura<333
(...)
A dinâmica entre Verônica e Olga se tornou hostil desde o primeiro momento e parecia que continuaria daquela maneira.
- Ela não quer vê-la - Olga dá as costas a mulher que não desiste. Era seu horário de almoço e Verônica estava ali para cumprir uma pequena missão.
Por ora, respeitaria o desejo de Anita, mas não se afastaria. Não conseguiria e não queria.
- Espera! Por favor. Eu não estou aqui pra causar confusão. Eu só quero... - Não tinha energias para brigar - Pode entregar isso a ela?
Olga observa o que pareciam cartinhas enfeitadas com figurinhas e canetas coloridas.
- Eu me importo com ela. Me importo de verdade - Verônica puxa uma longa respiração - São bilhetes de melhoras. Dos meus filhos, eles... São só crianças e não tem culpa do aconteceu entre nós duas.
- Se importa tanto que entregou a cabeça dela em uma bandeja? - Aquela altura Olga já havia ligado os pontos e percebido a posição de Verônica na vida da delegada e o que ela havia feito. Além de ligá-la ao notório caso do assassino das telas, onde Anita havia a salvado.
- Eu a amo e cometi um erro. Passarei a vida toda tentando provar que falo sério.
- Boa sorte - Olga se rende, pegando as cartinhas das mãos da escrivã - Eu e você sabemos como Anita pode ser cabeça dura. Eu e a delegada já nos divertimos muito - Ali estava, todo o veneno guardado que sabia usar como ninguém. Estava grávida. Estava junto do pai de seu filho, mas isso não significava que não poderia brincar um pouquinho - Você não faz ideia do quanto. Às vezes até mesmo a três.
Olga percebeu o exato momento em que a mandíbula de Verônica trincou e os olhos passaram de amenos para raivosos.
- Talvez possamos repetir agora que nos reaproximamos.
- Ela tem namorada!
- É mesmo? - Empina o nariz - Eu não sou ciumenta - Sorri, dando as costas a mulher - Passar bem, Verônica - Completa a encarando por cima dos ombros antes de sair.
- Vadia vulgar - Sussurra entredentes, recebendo um olhar feio de uma senhora que passava por ali, acompanhada de uma criança.
Verônica sorri sem jeito, saindo do hospital com o coração pesado e aliviado, pois sabia que Anita estava aparentemente segura, mas temia pelo que aconteceria entre elas. Temia pelo desfecho daquela trama.
No quarto branco uma Anita entediada encarava Olga adentrar o cômodo com um sorriso de orelha a orelha.
- Parece que você tem fãs - Joga as cartinhas sobre seu colo. A loira as pega abrindo um sorriso genuíno e os olhos marejam com o conteúdo. A cartinha de Lila possuía um desenho da delegada segurando uma bandeja de bolo em uma das mãos e na outra sua arma, rendendo um ladrão. Na cartinha de Rafa, palavras que aqueceram seu coração, agindo quase como curativos nas rachaduras que ainda sangravam.
"Você é nossa heroína. Espero que fique bem logo e prove pra todo mundo quem você é de verdade. Sentimos sua falta.
Com carinho, Rafa"
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Senses - Veronita
RomanceDizem que entre o ódio e o amor há um fio de conversação. Ambos são intensos e afetam os sentidos, mas quando esse diálogo acontece entre a boca e o coração, tem-se o desejo desenfreado. Verônica e Anita ainda não sabiam, mas colocariam essa teoria...