Prólogo

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     O sangue espirrou em meu rosto no exato instante que a arma é disparada.

     É instantâneo. Rápido como uma flecha e sangue para todo lado como se alguém tivesse esparramado uma lata de tinta por todo o lugar.

     Meu estado de choque me faz ficar parada, estática como uma estátua e ofegante como se tivesse corrido uma maratona.

     Meu olhar corre para Devon, que respira fundo e abaixa o braço que segura o revólver. Seu rosto, como o meu, está manchado pelo líquido vermelho denso e que cheia a ferro. Acompanho quando engole em seco, virando o rosto devagar para seus olhos verdes se focarem aos meus.

     — Serena.

     Não consigo dizer nada.

     Não consigo.

     — Tudo vai mudar agora — seu tom de voz é meio baixo, com cautela e tentando não me deixar mais em pânico. — Mas eu juro, vou te proteger com a minha vida.

     E por mais que Devon tenha acabado de matar este homem, eu acredito em cada palavra.

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