Após seis anos longe, Sn retorna a Tokyo, buscando recomeçar sua vida e deixar para trás segredos que a assombram. Ao reencontrar seu ex-namorado, Gojo Satoru, agora um respeitado policial, ela se vê envolvida em uma série de acontecimentos que colo...
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𝙽𝚊 𝚜𝚎𝚐𝚞𝚗𝚍𝚊-𝚏𝚎𝚒𝚛𝚊 𝚍𝚎 𝚖𝚊𝚗𝚑𝚊̃...
Cheguei no trabalho e vi Gojo logo na entrada. Passei por ele sem falar nada e fui direto para minha sala. Trabalhei normalmente e tentei distrair meus pensamentos, mas o vi chegar em minha porta e o vi entrando.
Sn- Podia ter batido.
Gojo- É, mas não faz meu tipo.
Sn- Mal educado.
Gojo- Uhum... Sn, eu... Me desculpa por o que eu falei no sábado com você, tá?
Sn- Tudo bem. - Ele se virou para ir embora. - Eu sei que você ainda tá chateado. - Ele se virou para mim e me olhou meio irritado.
Gojo- Hum?... Eu? Chateado? Há! Essa foi boa, mas eu não estou chateado por você ter me largado, Sn! Eu tô te boa. Essa piada foi realmente muito boa!
Sn- Uhum, claro! - Me levantei da minha cadeira e caminhei até ele. O barulho do salto batendo no chão se fazia presente, até eu parar bem próximo a ele e tocar seu peito com a ponta do meu dedo. - Gojo, só tem dois motivos pra sempre agir assim me alfinetando. Ou você tá chateado, ou você é realmente infantil, e eu prefiro acreditar na primeira opção. - Ele corou ao me aproximar dele e virou o rosto.
Gojo- Tsc... Chatinha você, viu?
Sn- Tá bom, criança.
Gojo- Não sou criança!
Sn- Então tá bom, chateadinho.
Gojo- Tsc, você é pior que o seu irmão! - Ele se retirou da sala e eu me sentei na cadeira. Continuei trabalhando até dar o horário de almoço, quando Shoko veio até minha sala.
Sn- Oi, Shoko.
Shoko- Oi... Sn, o que aconteceu?
Sn- Nada.
Shoko- Mentirosa! Você chegou hoje de manhã e nem um "Oi" deu.
Sn-... Oi!
Shoko- Agora não adianta mais.
Sn- Hmm... Ele tá me alfinetando o tempo todo, Shoko! Parece uma criança.
Shoko- Bem, o Satoru é assim! Fazer o que? - Ela disse enquanto coloca a comida na boca usando o hashi.
Sn- É irritante quando ele usa a infantilidade dele contra você!
Shoko- Eu diria que ele tá até mais maduro, sabe? Quer dizer, Gojo é e sempre será o Gojo, mas ele tem melhorado.
Sn-... Nhe, até que sim.
Shoko- Ele tá melhor!... Quer dizer, agora regrediu por conta da sua volta, mas ele realmente tava bem melhor, apesar de continuar com as brincadeiras imaturas.
Sn- Eu me pergunto o que fez ele melhorar tanto assim quanto você diz.
Shoko- Ele adotou um garoto.
Me engasguei com o suco e ela deu uma risada.
Shoko- Tive a mesma reação, mas foi realmente um ato nobre vindo dele.
Sn- Mas por quê? Digo, o Gojo... Bem, é o Gojo! A gente não espera isso dele.
Shoko- Hmm... Bem, foi na verdade de um caso. O pai dos meninos morreram por bandidos de uma facção e aí pegaram ele. Pra resumir, o torturaram várias vezes durante longos anos. A tortura foi tão grande que marcaram sua boca com ferro quente.
Sn- Que horror.
Shoko- É... O Gojo acabou pegando o caso, prendendo alguns criminosos, matando outros, e aí sobrou a criança. Ele me falou que só adotou ele porque era calado, mas sei que é porque no fundo, bem no fundo, lá no fundinho, o Gojo tem um coração.
Sn- Ah, não diga assim! Ele é uma boa pessoa.
Shoko- Só você acha isso. - Ela se levantou com a vasilha de comida vazia e caminhou até a porta. - Tchau, Itadori.
Sn- Tchau, Shoko.
Voltei a trabalhar normalmente e fiquei pensando no que Shoko me disse. No fim do expediente arrumei minhas coisas e fui para o lado de fora do trabalho, me encontrando com o pessoal como o habitual. Mei-Mei conversava com Suguru, Shoko e Nanami, enquanto Gojo e Utahime conversavam separadamente. Essa é a primeira vez que vejo Utahime desde que voltei.
Sn- Utahime?
Utahime- Hum? - Ela se virou e sorriu ao me ver. - Itadori-Chan! - Ela veio até mim e me abraçou. - Quanto tempo! Como vai?
Sn- Bem, e você?
Utahime- Bem também.
Olhei para Gojo, que olhava para o chão com a cara meio emburrada.
Fui com Nanami para o estacionamento e entramos no carro, então ele foi me levar até em casa.
Nanami- E aí? O que aconteceu?
Sn- Hum?
Nanami- O clima entre vocês tá pior do que quando você voltou.
Sn-... Foi só uma pequena discussão.
Contei tudo para Nanami, desde o dia café até hoje.
Nanami-... Ele ficou chateado com o que você disse, e você ficou chateada com o que ele disse... Aí é complicado.
Sn- Pois é...
Nanami- E ainda por cima tem toda essa questão do Sukuna. Bem, uma coisa o Gojo acertou, ele só vai te perdoar se você insistir.
Sn- É, infelizmente ele tá certo nessa questão. Poxa, Kento, eu pensei que seria tudo tranquilo quando eu voltasse. Mas não, tá tudo uma merda! Meu irmão me odeia, meu ex-namorado trabalha comigo e acha que eu o abandonei.
Nanami- Não, não é verdade! Gojo não acha que você abandonou ele, ele literalmente só tá chateado e não superou uma coisa de anos atrás. Mas ele não superou e não foi por sua culpa, foi porque ele simplesmente decidiu ignorar, e agora as emoções chegaram batendo na porta dele e ele as deixou entrar.
Sn- Sim... Ah, sei lá... Só pensei que seria melhor do que está sendo.
Nanami- Vai melhorar, ok? De qualquer forma, estou com você. - Ele estacionou na frente de casa