Capitulo unico - parte 1

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Oii gente, eu e a Minha amiga (thevermorewillow ) fizemos essa fic juntas do nada e esperamos que vocês gostem, vai ser um capítulo único divido em duas partes
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Gabriel e Henrique se conheciam e estudavam juntos em uma das escolas de elite de uma das cidades do interior de São Paulo. Henri, um bolsista morando em uma chácara e Gabe, um riquinho de condomínio fechado. A paixão pelas matérias de exatas os aproximou ainda mais durante o ensino médio, e agora no meio do 2º ano Henrique tinha anunciado o namoro com sua melhor amiga Gabi, o que despedaçou completamente o coração do Gabriel, que em um ato impulsivo antes da aula de aprofundamento matemático confessou todos os sentimentos ao amigo e saiu sem ouvir respostas

Gabriel Pov:

A tarde estava fria e chuvosa na Cidade, por incrível que pareça, e o céu era cinza, assim como meus sentimentos. Eu e Henrique nos evitamos o tempo todo na aula de aprofundamento, não conseguia o encarar depois de ter me declarado como um idiota. Saí da escola o mais rápido possível e entrei no carro da minha vó, vi Henrique montando na moto de seu pai para ir embora também, a expressão dele parecia vazia, agora após a adrenalina ter passado, senti que estraguei tudo. Mas foi ali que percebi Ele com os cabelos molhados, a magreza delicada... Eu não poderia perder esse garoto, se eu já tinha estragado tudo, estava na hora de estragar de vez.

Henrique Pov:

Enquanto eu sentia o vento na moto meus pensamentos não paravam de pairar pelas palavras doces que Gabriel me disse, como ele podia falar aquelas coisas? Como podia me deixar tão confuso mesmo eu namorando e amando outra pessoa? Ou eu não a amava? Sentia meu interior revirando com tudo o que ele me confessará, eu sempre senti algo a mais por ele, sempre soube que não era apenas amizade, mas com o pai homofóbico que eu tenho isso nunca daria certo, tenho que dar um jeito de me afastar dele o máximo possível, mas foi aí que ouvi meu nome sendo gritado pela sua voz...

Gabriel Pov:

Desci imediatamente do carro, não liguei para chuva ou para o vento, eu só queria fazer o que tinha de ser feito, e dane-se o que iam pensar. Corri atrás dele, sentindo os respingos da chuva colando no uniforme, gritei seu nome e vi o mesmo pedindo ao pai para parar. Ele desceu e caminhou em minha direção ainda mais confuso do que a última vez que vi seu rosto, como aquele babaca conseguia ser lindo de qualquer jeito? Teria que perguntar isso outra hora pois para agora eu já tenho planos. Me joguei em seus braços para um abraço desajeitado e entrelacei meus braços em seu pescoço, lhe dando um beijo cheio de amor, carinho e confusão. Era o primeiro beijo, não podia ser mais especial do que isso, com a pessoa que eu amava. Sim, eu o amava e naquele momento eu tinha certeza disso.

Henrique Pov:

Aquele beijo me surpreendeu, eu namorava, tudo aquilo parecia tão errado mas tão certo, meu estômago revirava de emoção com o gosto dos lábios dele, eu o amava, era isso que o meu cérebro gritava, nada mais importava ao nosso redor, nem meu pai, extremamente homofóbico, olhando, nem a chuva, nem nada, eu o amava e estava com ele em meus braços e isso era tudo que eu sempre quis e sempre vou querer para o resto da vida, o calor de seus lábios nos meus e seus braços em minha volta enquanto seguro em sua cintura.
"Meu pai vai me matar" era a única coisa que passava na minha cabeça agora que tinha voltado para a realidade, mas estava tudo bem, não é? eu o amava e ele me amava, e isso era o suficiente pra mim.

Gabriel Pov:

Nós só nos afastamos quando ficamos ofegantes, Henrique me encarava assustado, e admito, também estava. Olhei para trás e vi minha vó perplexa, sem reação enquanto o pai dele vinha em nossa direção. Henrique olhou no fundo dos meus olhos, um olhar cheio de sentimentos, como não éramos bons em palavras e sentimentos ou poesia, um olhar de cumplicidade já bastava, um olhar que parecia desvendar meu cérebro como desvendada uma conta de física. E ele fazia isso muito bem.
Então, o pai de Henrique apareceu e como um relâmpago o puxou para trás com violência e me olhava com ódio.
- Até você? Vai mesmo largar aquela moça linda e decente para ficar com alguém como ele? - o homem fez uma cara de nojo, que foi como uma faca cravada em meu peito. Henrique agora parecia totalmente assustado com as palavras e principalmente a expressão do pai.

Henrique Pov:

- eu... - as palavras pareciam ter fugido da minha mente, nunca fui bom com elas mas agora eu parecia pior ainda - me desculpe mas eu o amo - Estava olhando nos de decepção do meu pai. Afinal porque eu estava me desculpando? Por amar? Isso era tão errado assim?

Gabriel Pov:

Nunca tinha visto Henrique baixar os olhos em submissão como fez naquele momento, ele era sempre tão brincalhão, pagava de durão até para me proteger dos garotos que me zoavam ou zoavam ele por ser bolsista, mas ali parecia uma criancinha indefesa.
- Você nem tem tempo para isso, garoto. Vou te mandar para a casa da sua tia para estudar para o vestibular. - o pai dele praguejou com tanto ódio que senti minhas pernas vacilarem, a mãe dele morava na capital, eu nunca mais o veria? Era assim que iríamos acabar? Só sai dos pensamentos quando o pai dele voltou a falar.
- Não temos  dinheiro pra pagar cursinho, é melhor esquecer esse garoto até mesmo aquela garota e se concentrar em passar no ITA e ter um futuro decente pra esconder a vergonha que você é - o pai dele ignorou totalmente o que Henri falou.

Henrique Pov:

Eu o olhei em choque - não por favor não me afaste dele- Olhei pra Gabe tentando voltar com ele para os meus braços, mas tudo que recebi foi um tapa estralado do meu pai, o que fez meus olhos encherem de lágrimas. Eu acabaria como a meu irmão? Isolado da família para sempre por seguir com quem eu amo?
- para de agir como uma bichinha e engula esse choro - meu pai deixou escapar as palavras típicas que falava quando eu chorava, o que só me deu mais vontade ainda de tirar aquele nó entalado na garganta.

Gabriel Pov:

- Hoje é seu último dia nessa escola - senti meus olhos marejarem e meu coração errou uma batida. Ele iria tirar Henrique de mim, o meu Henri desde do fundamental juntos e agora eu o perderia como nada.
- e a bolsa? - ouvi a voz trêmula de Henri perguntar enquanto tentava controlar o choro
-Sua tia paga outra escola boa pra você mas aqui você não fica - e ele saiu arrastando o garoto que eu amava para sempre, sentia minha alma despedaçada. Acho que agora sei o que os poetas sentem quando escrevem aquelas baboseiras de palavras, eles sentem uma dor tão aguda que sentem vontade de vomitar igual eu estou sentindo agora. Mas logo ouvi a voz do meu amado enquanto era puxado para a moto de volta.
- não eu te imploro, não faz isso comigo, com a gente... - sua visão estava embaçada pelas lágrimas que escorriam em meio as gotas de chuva.

Henrique Pov:

A única coisa que pareceu me afastar da profunda tristeza que sentia foi a voz de Gabe em meio ao som da chuva - Henri estude ok? a gente se encontra no ITA, Por favor, é nossa única chance, eu prometo que vamos nos encontrar lá, vamos nos rever. Eu amo você -
Concordo com a cabeça não tinha palavras suficientes, sabia que se falasse sairia apenas um soluço, estava determinado a reencontrar o meu amor - eu também te amo Gabe - falei baixo mas era a única voz que tinha, eu iria estudar e entraria naquela faculdade para rever o garoto que eu amava com todo meu ser.

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Logo logo teremos a parte 2 dessa história de amor matemático.

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⏰ Última atualização: Sep 06 ⏰

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