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Escuto Flávia bater a porta da sala assim quando chega em nossa casa, a olho tentando entender o porquê disso, ela me olhou com desprezo e foi para o quarto, estranhei aquilo tudo e logo me levantei.
— Amor, o que aconteceu? — Tento abrir a porta.
— Sai porra, não quero conversa com você. — Gritou e eu me assustei, Flávia nunca me respondeu assim. — Você só estraga a porra da minha vida, você só me atrapalha, me esquece, caralho! — Escutei um barulho muito forte no quarto fazendo eu me assustar, me liguei que ela deveria ter quebrado alguma coisa.
— Se fode, Flávia. — Bato na porta.
Voltei para a cozinha e continuei a fazer o Strogonoff que Flávia tanto ama, eu me sentia uma boba por continuar fazendo o que ela gosta mesmo ela me tratando como uma merda.
Assim que termino de fazer a comida, eu mando uma mensagem pra ela avisando que já estava pronto e logo escuto a porta abrir, passos vieram em minha direção e Flávia pegou o prato começando a se servir.
— Quer me contar o que aconteceu? — Pergunto olhando para a loira.
— Eu já falei que não, caralho! — Falou seca e eu me irritei com isso. — Você só atrapalha a porra da minha vida!
— Flávia, o que caralho está acontecendo? Tá achando que eu sou alguma idiota? Vai se foder, não quero mais olhar na sua cara. — Grito, pego minhas coisas e logo saio de casa.
Sigo para o estacionamento e logo entro no meu carro, ligo ele e vou para a casa da minha irmã, ela é uma das melhores amigas da Flávia, mas mesmo assim ela não passa a mão na cabeça de Flávia e sempre briga com ela quando precisa.
— Oi, posso dormir aqui essa noite? — Pergunto quando ela abriu a porta.
— O que aconteceu? Você e Flávia brigaram? — Perguntou me dando espaço para entrar.
— A Flávia chegou me tratando igual bosta, não vou ficar lá sendo tratada assim. — Explico me sentando no sofá.
— Eu vou matar a Flávia. — Se levantou e o celular dela tocou. — Falando nela, pode ficar aí, vou ir falar com ela. — Me deu um beijo na cabeça.
Flávia pov
Começo a balançar minha perna nervosa, eu não deveria ter tratado a S/n daquele jeito, eu estava estressada, mas não é motivo pra tratar ela assim, é ela que sempre está comigo e cuida de mim quando preciso.
Decido ligar para a Maya, irmã da S/n, ela demora um pouco para atender, mas assim que ela atendeu ela já me gritou:
— Que porra você fez, Flávia? — Sua voz estava firme e seca.
