[A contratada deve frequentar as dependências da residência, porém deve respeitar os limites propostos pelo contratante.
A violação deste tópico resultará em quebra imediata do contrato]
- Cláusula 3.1.
.
Sana estava com um misto de sensações quando pisou na mansão, agora, de maneira definitiva.
Ela segurava, timidamente, uma pequena maleta em suas mãos, enquanto as malas maiores permaneciam no chão, ao seu lado. Respirou fundo antes de olhar em volta, estudando o lugar novamente. Nada havia mudado, exceto a quantidade de brinquedos espalhados pelo grande sofá branco da sala de estar.
Em um de seus exercícios de respiração, a japonesa foi interrompida quando sentiu uma mão sob um de seus ombros. Sana se assustou um pouco, porque não estava esperando o toque e se assustou ainda mais quando percebeu que não conhecia a dona da mão. Aquela parte, de repente, ficou tensa e a Minatozaki ficou nervosa.
Virou levemente o rosto em direção a mulher, que tinha uma expressão divertida no rosto. Sana não sabia ao certo o que falar ou como agir diante de Chou Annchi. Não que a anfitriã tivesse uma postura rígida como a Chou Jie, na verdade, estava longe disso, mas a japonesa realmente não sabia como se comportar diante da mulher.
- Annchi, eu já falei que não é para assustar a garota! Olhe para ela, parece que viu um fantasma. - Uma figura masculina apareceu no recinto. O tom de voz era de brincadeira, mas carregava uma sutil advertência. Sana não reconheceu o homem, embora ele e Annchi tivessem algumas semelhanças.
- Deixe de ser chato, Jing. Não estou assustando ninguém! - Retrucou a mulher.
O estômago de Sana parecia criar vida própria, revirando tudo o que a japonesa havia digerido naquela manhã, tudo isso porque estava sendo o motivo da pequena discussão entre os irmãos Chou. Eles não eram totalmente desconhecidos, já que a Minatozaki já tinha os visto brevemente quando estava realizando os testes.
Apesar de ser o tema central da intriga entre Annchi e Jing, Sana ainda não havia dirigido uma palavra para nenhum deles. Na verdade, assistia a discussãozinha quieta, com as bochechas levemente rosadas. Sentia seu rosto inteiro queimar. Se fosse para escolher um animal naquele momento, Sana escolheria facilmente um avestruz apenas para enfiar sua cabeça em um buraco.
- Ah, jura? Aposto que a alma da senhorita Minatozaki saiu do corpo e ainda não voltou. E eu tenho quase certeza de que ela não é tão vermelha assim. - Argumentou Jing. Seu rosto assumiu uma expressão convencida, como se fosse um personagem sarcástico que tinha acabado de sair de um livro clichê de romance.
Sana nunca sentiu seu rosto ficar tão quente quanto agora.
- Oh. Desculpe, senhorita Minatozaki. Eu apenas queria lhe desejar boas vindas. - Annchi falou diretamente com Sana pela primeira vez nos cinco minutos em que estava ali.
- Então é assim que se dá boas vindas para alguém? - Pelo visto, alguém não queria encerrar a discussão.
- Vai se fo-
- Criança no recinto! - Disse Jing, ao ver o próprio filho, Chou Lian, aparecer no canto da sala. O garotinho dava passos desajeitados pelo cômodo.
Chou Lian estava no auge dos seus três anos. Alguns fios de cabelo estavam armados, como se o menino tivesse levado um choque antes de colocar os pequenos pés descalços na sala. Que Chou Jie não visse aquilo, a matriarca não suportaria ver o neto com os pés diretamente no chão.
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A porta Azul | SaTzu
FanficOnde Sana é contratada como babá dos netos de uma poderosa e influente figura empresarial: uma mulher rígida e desconfiada chamada Chou Jie. Minatozaki acaba encontrando um quarto que ela percebe ser muito movimentado por pessoas de branco - enferme...