𝐏𝐫𝐨́𝐥𝐨𝐠𝐨

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Há quatro anos Linn estava fora de sua cidade natal, por mais da saudades que ele sentia, sua faculdade era a coisa mais importante. Sendo ela o possível perdão aos erros do passado. E para o tornar ao mínimo alguém decente ao se falar ou trabalhar no assunto.

Por ter seu poder ampliado, à busca de um emprego, destinado por sua própria mente doente, ele decide voltar para sua cidade natal, nada a se apostar muito na ideia, mas não é como se fosse impossível, nunca foi. Mas somente a ideia de rever toda sua cidade, vizinho, família e amigos, o embrulhava o estômago dando um estranho enjôo desde que partiu, que foi para longe, sem rumo, sem fé ou onde se manter em pé, era tudo na base de sorte e não de fé.

Por mais tentadora a ideia, ele ao contrário que sua mente dizia, ele não descartou a ideia, então com um aperto ao peito e um embrulho no estômago, ele decidiu partir até sua cidade natal, onde ele finalmente estaria melhor, não?

Sua cabeça se movimentando e se afogando nas águas amargas e fundas, seu cérebro transborda de ideias das quais nojentas estão o encorporando enquanto pegava o trem para a volta de sua cidade, de volta ao passado, de volta ao seu infeliz inferno, a sua doença. O vento frio que penetrava seus ossos, carnes e músculos, acabada por penetrar bruscamente em seu rosto, sentindo a sensação do tempo passar e o tempo fechar, mudar com as mudanças de sua vida agora, mudar como pessoa, ou só que seja a retirada de sua depressão que não possuía fim.

Ele se afogava em seus pensamentos, mas quem não se afogaria? Por conta da euforia, mas também melatonina, ele acaba por cochilar.

E as vozes não paravam.

Nunca parariam.

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"Parada em Estação Maçã verde, repito, parada em Estação Maçã verde"

Maçã verde, essa fruta não me nomeia errado. Não era só meu ponto, mas também meu "amigo".

Linn acorda no susto, vendo que seu ponto chegou pela voz rouca e cansada da senhora do trem, ele pega suas malas e desembarca em sua terra natal.

O clima, estava chuvoso, ao menos com as nuvens certas para isso. Ele precisava se apressar, urgentemente.

Saindo da estação, sem ter para a onde ir, pensa em voltar em sua antiga casa de infância, por mais que ideia pudesse dar extremamente errada, era sua única solução. Não tão única assim.

Mas ele não queria pensar nisso por um tempinho.

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Com ajuda de um táxi próximo, ele finalmente chega a velha e antiga casa de seus pais. Ele não sentia falta exatamente de seus pais, mas, de seu irmão.

Três batidas na porta, passos de um sapato habitual que sua mãe utilizaria até em próprio funeral eram ouvidos se aproximando da porta, o barulho da velha fechadura se abrindo junto a porta. Uma surpresa era o que garoto podia descrever.

- Filho? Ai meu Deus! Você tá enorme!- Ela diz com um tom falso de surpresa misturado ao tom banal e habitual que se ouvia um pouco antes dele partir para a faculdade.

Já reparando naquilo, com um sorriso cansado e mal ajeitado, ele diz:

- Sim, sou eu mãe, eu senti sua falta. -"Que mentira", sua mente diz a ele.

- Também! Que tal entrar? Soube que hoje terá uma enorme trovoada pela cidade toda, então, antes que comece, entre por favor!

Linn entra com receio, ele vê que nada havia mudado, apenas que sua foto em um auto-retrato foi retirada da escrivaninha que havia ao lado da entrada. Tentando ignorar esse fato, ele se senta no sofá e tira seu chapéu amassado, enquanto um chá estava na mesa, quentinho e muito cheiroso.

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⏰ Última atualização: Sep 07 ⏰

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