• Pouco a pouco •

24 5 0
                                    

Chorar sobre as desgraças passadas é a maneira mais segura de atrair outras.

——>>——

Solidão.

Eu nunca pensei que sentiria isso mais uma vez, achei que em Hogwarts onde eu estava rodeado de pessoas que me amavam, seria diferente. Eu quis acreditar que seria diferente porquê se eu não me desse esperança, quem daria?

Hermione e Ronald eram os meus melhores amigos e eu acreditei que eles queriam o meu bem, já a Molly, eu achei que ela poderia vir a ser uma figura materna para mim, Ginevra eu gostava dela, não como namorada como todo mundo achava, eu não conseguia sentir aquele tipo de sentimento por ela, era impossível porquê eu só a via como uma irmã e nada mais.

Eu só...sinto que aqui dentro do meu peito algo se quebrou para sempre, e que vai ser difícil ser restaurado, algo quebrou quando eu descobrir tudo isso, e as surpresas não paravam por ai, ainda havia mais coisas. E eu só estava cansado demais para tudo isso, eu só queria alguém, não sei quem mais o meu corpo clama por alguém e eu sinto que alguém me chama.

Eu acordei bem cedo, me arrumei com roupas que davam em meu corpo que Tom me arrumou, eu senti algo como vergonha, talvez, atingir o meu corpo. Mas não durou muito. Ele me repreendeu sobre isso dizendo que tinha o direito de me mimar como o meu padrinho.

Tomamos café e eu percebi que Tom fazia coisas para me distrair pelo menos por enquanto.
E então partimos para Gringotes, tudo foi tirado de mim, tudo que eu não sabia havia sido retirado, e eu senti os meus olhos arderem quando percebi que eu não era parecido com o meu pai.
O gramour foi retirado e eu me olhei no enorme espelho da sala, eu tinha os cabelos ondulados na altura do ombro, olhos verdes mais intensos e tinha traços finos, poderiam até mesmo me compararem com uma garota se alguém que eu não conheço me visse.

— Pronto, senhor Potter. Tudo foi retirado do senhor, as porções, compulsões e feitiços que foram lançados sem o seu consentimento, seus poderes também foram desbloqueados. Mimy pode fazer mais alguma coisa pelo senhor? — a pequena duende Medi-bruxa pergunta quando percebe o meu silêncio.

— Não preciso de mais nada, Mimy. Muito obrigado. — me virei para ela e me curvei levemente. Percebi que ela arregalou os olhos levemente, surpresa.

Eu devo muito a eles, se não fosse por eles eu viveria em uma eterna mentira, morreria sem saber a verdade, Tom me mostrou a verdade, mais foram eles que não permitiram que essa verdade me matasse no futuro, eles retiraram o que estava me matando e eu seria eternamente grato.

A pequena medi-bruxa se curvou também e saiu com a sua maleta, eu me sentei na cama, respirando fundo.

Eu me sentia mais leve, como se algo muito pesado fosse tirado das minhas costas, acho que eu já estava morrendo, mais algumas semanas e o plano de Alvo Dumbledore e Molly Weasley seria concretizado.

Morreria sem saber o que me atingiu, talvez depois disso tudo eles procurassem outra pessoa e fizessem a mesma coisa. Eu os odiava com todo o meu ser, mais não queria vingança, confia.

Talvez a melhor coisa que eu possa fazer nesse momento é sumir e deixar que eles se virem porquê desde o começo era isso que eles temiam, perder o único que podia os salvar, ou no meu caso, perder a marionete perfeita.

— Como se sente? — entrando na sala e suspirando ao me ver, Tom pergunta.

— Enganado. _— brinco vendo os seus olhos revirarem.

Dizem que chorar pelas desgraças passadas é a maneira mais segura de atrair outras, então eu não choraria mas. Já estava cansado de desgraças na minha vida.

• Beginning after the end •Onde histórias criam vida. Descubra agora