One shot

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Os monstros invadiram alguns hotéis na área mais luxuosa da cidade, onde turistas de outros países passam seus momentos de lazer sem se preocupar com nada

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Os monstros invadiram alguns hotéis na área mais luxuosa da cidade, onde turistas de outros países passam seus momentos de lazer sem se preocupar com nada. Mas, quando os mais variados tipos de monstros aparecem, é dever dos guias e dos espers resolver o problema o mais rápido possível.

Rafayel passa correndo por mim, com o fogo fluindo de suas mãos. Por causa da fumaça no ar, somos obrigados a usar máscaras, então só consigo ver seus cabelos roxos e roupas pretas em meio aos monstros. Enquanto Rafayel os ataca com fogo e uma adaga, eu fico por perto para combinar o elemento dele com a água que flui das minhas mãos, criando uma reação de evaporação nos monstros. Basicamente, nossos elementos estão fritando-os vivos.

Quando o último monstro ruge e cai, Rafayel desaba de joelhos no chão. Corro até ele e coloco seu braço em volta do meu pescoço. Ele leva a mão à máscara, retirando-a e revelando seu rosto angelical.

— Eu estou bem, Aria — ele diz, ofegante.

— Tem certeza? — pergunto, preocupada. Tiro o celular do bolso e vejo que já passou da meia-noite. Fico preocupada que Rafayel não consiga aguentar até voltarmos para a sede. — É melhor passarmos a noite em um hotel — sugiro, tirando a minha máscara também.

— Não! — ele responde rápido e ríspido. Levanta-se de imediato, tentando mostrar que está bem, o que só me faz estranhar ainda mais o seu comportamento. — Só preciso recuperar o fôlego e podemos ir embora — mas, assim que termina de falar, seus joelhos vacilam, e eu o seguro a tempo de evitar que caia.

— Claramente, você precisa de ajuda urgente.

Continuo encarando o seu rosto por um momento, arqueando a sobrancelha para que saiba que não estou de brincadeira. Ele continua abraçado a mim, mas evita me olhar diretamente. Percebo sua língua passar pelos lábios, soltando um suspiro, como se estivesse relutante em aceitar o que já está decidido: vamos passar a noite em um hotel.

— Não se preocupe, não preciso de guia, só preciso de um pouco de água e dormir — ele se desvencilha de mim e começa a andar em direção a um hotel à beira-mar. — Juro que só estou com sono. Vamos para aquele hotel.

Observo-o andar de forma estranha à minha frente, sem entender por que ele está mentindo ou, pior, recusando ajuda. Passamos pela recepção do hotel e conseguimos o último quarto disponível, com uma cama de casal. Dentro do elevador, Rafayel se encosta na estrutura de ferro e permanece calado. Aproveito o momento para mandar uma mensagem para minhas amigas, Penelope e Deborah, avisando que não conseguirei voltar essa noite, já que Rafayel está passando muito mal.

Assim que passamos pela porta do quarto, Rafayel tira o sobretudo e as luvas, então os joga em cima da cama. O quarto tem paredes brancas, uma cama de casal que parece ser extremamente macia, e paredes de vidro que separam o cômodo do banheiro, revelando uma banheira grande o suficiente para duas pessoas.

One more night | RafayelOnde histórias criam vida. Descubra agora