Erick Stewart

14 2 0
                                    

Decidi sair um pouco com meus amigos em uma festa que terá aqui perto com participação especial do Alok.
Quando cheguei, a pista de dança estava cheia, e todos estavam se divertindo.Encontrei meus amigos e me juntei a eles, aproveitando a vibe animada do evento.
Decidi ir buscar uma bebida e avistei uma menina de cabelos longos,olhos verdes escuro iguais aos da Ayla,porém ela tem uma áurea menos misteriosa.
Me se aproximei do bar para pegar uma bebida, mantendo um olhar casual na menina. Ao chegar, ela estava ocupada conversando com um grupo de amigas e parecia estar se divertindo bastante.
Enquanto eu esperava, decidi observar a menina com mais atenção. Ela estava vestida com uma saia de couro fake que adiciona um toque rebelde e elegante ao visual,e uma camiseta de tule,combinada com um cropped por baixo para manter a estética ajustada e um pouco provocante,junto de uma meia calça e coturnos brancos de salto alto, que oferecem uma combinação interessante de estilo robusto e elegância.
Quando peguei minha bebida, percebi que ela estava se aproximando. Por um momento, nossos olhares se cruzaram e eu senti uma faísca de curiosidade e interesse. Ela estava a poucos passos de mim quando eu decidi me adiantar e me apresentar.
-Prazer,Erick.
Ela parecia tão segura e confiante, e isso me deixou um pouco nervoso, mas ao mesmo tempo animado. Eu me aproximei, tentando parecer casual. Ela sorriu, e o brilho em seus olhos verdes escuros era hipnotizante.Com um gesto suave, ela estendeu a mão e me cumprimentou.
-Prazer,Emilly.
O toque dela foi inesperadamente eletrizante. Nossos olhos se encontraram novamente, e naquele instante, algo mudou. Eu não pude mais resistir à atração que sentia por ela. Com um impulso repentino e sem pensar muito, inclinei-me para frente e nossos lábios se encontraram em um beijo inesperado.
Enquanto o beijo se intensificava o rosto de Ayla vinha á minha mente,comecei a ficar confuso isso nunca aconteceu antes,seria por causa da preocupação por ela estar agindo de forma estranha,ou por sua nova amizade com Rafael?
Emilly finaliza o beijo enquanto eu tento não demonstrar meu nervosismo,derrepente ouço o DJ dizer que em um minuto as luzes irão se apagar e as pessoas deverão se encontrar no escuro,achei meio engraçado,até avistar Ayla.
Ela estava com uma bebida nas mãos,provavelmente é um coquetel sem álcool mesmo acompanhada da Milena,parecia preocupada.
As luzes começaram a piscar e na hora eu lembrei,Ayla tem medo de escuro,comecei a andar em sua direção,as luzes apagaram,esbarrei em várias pessoas até finalmente encontrá-la.
-Oi sou eu,respondi enquanto encostava a mão em seu ombro.
-O que faz aqui?
-Imaginei que você estivesse com medo.
-Eu estava,até pensei em gritar.Ela falou em tom de brincadeira.
-Não achei que você viria.
-Milena sempre me convence.
-Onde ela está?Perguntei preocupado
-Com o Victor.
-Posso pegar um pouco da sua bebida?Perguntei curioso em saber que gosto teria essa bebida rosa espumante.
-E a sua bebida?
-Deixei na mesa.
-Não sei se quero pegar baba de uma garota,ela respondeu brincando.
-E a minha você quer?Perguntei em tom de brincadeira sem pensar o quão estranho isso soua,nem preciso enxergar Ayla para saber que ela está vermelha.
-Você é impossível, Erick. Ela deu uma risada nervosa, tentando desviar a atenção. - Tá, pode pegar um pouco. Mas se você não gostar, a culpa é sua.
-Combinado. Peguei a bebida rosa espumante e dei um gole. - Uau, isso é bem doce. Eu esperava algo mais... intenso.
-É, é bem docinho. Acho que combina com o clima, né? Ela sorriu, tentando parecer mais relaxada. - Mas e aí, o que está fazendo aqui?
-Resolvi sair um pouco com os meus amigos.
-Eu achei que você fosse procurar a Emilly no escuro.
Derrepente as luzes se ascendem e quando olho para Ayla ela está com as bochechas um pouco coradas,seguro a vontade de rir para ela não ficar brava.
-Conhece ela?Perguntei tentando não pensar como ela ficava fofa assim.
-Ela é amiga da irmã da Milena.
-Ela tem quantos anos?Perguntei não querendo saber a resposta.
-Dezenove.
Me senti aliviado por ela ser de maior.
-Mas é aí,você não quis procurar um par no escuro?Falei para provocar ela.
-Ah,claro mas não encontrei o Rafael.
Senti uma sensação estranha e só então percebi o que estava acontecendo,por mais que eu não queira admitir é ciúmes,porém não faz sentido eu ter ciúmes da minha melhor amiga.
-É brincadeira Erick você deveria ver sua cara.
-Você é tão piadista,já pensou em fazer stand up?
-Já,mas só você e Milena assistiram.
-Obviamente você é péssima com piadas,mas falando sério o que Rafael tem de especial?
-Sei lá,somos apenas amigos.
"Apenas amigos"é exatamente isso que me preocupa tenho medo de perder o posto de único melhor amigo.
-Mas você sempre será meu único melhor amigo,prometo,ela responde como se lesse meus pensamentos.
-Assim espero,respondo pegando a bebida dela novamente.
-Por que não pega uma para você?Ela responde indignada.
-Porque coquetel é bebida de mulher.
-Bobagem,ela fala rindo de algo que passou pela cabeça dela.
-Fala aí,qual foi a coisa maluca que passou pela sua cabeça.
-Você não vai querer saber.
-Se eu perguntei é porque quero,respondi.
-Formigas.
-Formigas?
-É,você já parou para pensar que, para as formigas, somos como gigantes? Elas devem ver a gente como uma espécie de colossos, se movendo pelo mundo delas. É meio engraçado pensar nisso.
Eu sorri com essa ideia maluca,mas também genial e respondi:- Verdade, Ayla. E se a gente pensar mais a fundo, cada uma dessas formigas deve ter a própria perspectiva sobre o que está acontecendo ao nosso redor.Elas devem se perguntar o que fazemos enquanto caminhamos, como se fossemos seres de outro planeta
.Ayla ri, imaginando a cena.- É, e imagina só a confusão na cabeça delas quando a gente decide mexer no chão ou mudar alguma coisa no ambiente delas. Deve ser como um terremoto para elas!
-Nunca tinha pensado nisso,você tem umas ideias que por mais loucas que sejam são geniais.
-Isso porque não te contei a dos gigantes.
-Qual sua imaginação sobre os gigantes?Perguntei curioso.
-Se existisse gigantes,eles poderiam andar com os humanos normalmente,ou eles pisariam na gente?
- Eu acho que eles seriam meio desajeitados, mas com o tempo aprenderiam a ser cuidadosos - Respondei, com um sorriso divertido no rosto.
- Você acha mesmo? - Ayla ergueu uma sobrancelha, desafiando. - Eu já imagino a confusão. Um gigante tentando atravessar a rua e... lá se vai uma fila de carros esmagados.
- E as construções? Teriam que ser todas adaptadas. Imagina um gigante tentando entrar numa loja de conveniência - continuei, rindo da cena mental que criei. - A porta seria maior que um caminhão.
- E as amizades entre gigantes e humanos? - Ayla perguntou, intrigada. - Como seria? Acho que teríamos que gritar para sermos ouvidos.
- Ou usar megafones o tempo todo -Sugeri, com os olhos brilhando.
- Tá aí uma boa ideia pra um livro de ficção - ela disse, tentando manter o tom leve. - Gigantes e humanos vivendo juntos... ou tentando, pelo menos.
- E você poderia escrever, já que tem jeito pra essas coisas - Sugeri, observando-a com um olhar mais sério agora.
Ayla deu de ombros, desviando o olhar. -Gosto de ler sobre,não de escrever.

Fiquei a admirando enquanto ela falava,e percebi que adoro falar sobre essas coisas malucas com ela, não sei como ela consegue prender a minha atenção,mesmo quando estou tentando focar em outra coisa.
Ayla é um mistério para mim. Ela parece se divertir com as histórias malucas que nós inventamos juntos, como se o mundo real fosse entediante demais para ela. Devo admitir que amo isso nela. A forma como ela faz tudo parecer mais interessante, mais vibrante, como se cada conversa fosse uma nova aventura.

O despertar do amorOnde histórias criam vida. Descubra agora