Páginas da Vida

Capítulo 27

Pov. Miguel

Liguei para Lia praticamente o dia inteiro, mas ela me atendeu. Confesso que fiquei preocupado, mas também não quis passar uma imagem de namorado louco. Ethan entra na minha sala com seu tablet em mãos.

— Sabe da Lia? Liguei para ela, mas não me atendeu.

Ele senta na minha frente.

— A loja do shopping alagou. Parece que um cano estourou, e ela está lá o dia todo. 

Levantei da cadeira. Peguei minhas coisas.

— Ei, aonde vai? Temos algumas coisas para discutir. 

Não o ouço. Chamo Simon e peço para que me leve até onde a Lia está. No caminho vou tentando falar com ela novamente, mas ela continua sem me atender. Estacionamos e eu fui até a loja. Assim que cheguei estava com a porta baixa. Bati lá e uma moça atendeu.

— Pois não? Estamos fechados por conta de um problema de vazamento e...

Lia aparece com o olhar cansado. Ela sorri assim que me vê. Ela faz sinal para que eu entre.

— Desculpa, senhor.

A moça volta aos afazeres. Lia me dá um beijo demorado.

— Desculpa meu amor por não dar notícias, mas está uma loucura aqui perdemos algumas mercadorias. Outras teremos que rotular novamente. 

Malu apareceu com a mochila. Ela me encara como se tivesse Malu apareceu com a mochila. Lia me encara como se tivesse feito a pior merda do mundo. 

— Mãe... A audição é daqui a pouco.

Lia puxa a filha para um canto e as duas conversam. Vejo a Malu ficar com cara de choro. Cheguei  mais perto e ouvi as duas falando. Parece que a menina quer começar a fazer ginástica artística e por conta da loja a Lia não vai poder levá-la.

— Eu levo ela...

Interrompi e as duas me encaram.

Pov. Lia

Encarei Miguel por alguns segundos.

— Tem certeza? Você é um homem bem ocupado.

Realmente não quero incomodar ele com os meus problemas. Já tenho demais para isso. O estrago da loja vai me custar uma pequena fortuna, temos que ficar fechados por quase uma semana. 

— Tudo bem. Eu cancelei meus compromissos de hoje a tarde. 

Já que é assim eu concordei. Beijei aqueles lábios macios e gostosos. Os dois saíram da loja e eu voltei para as prateleiras para empacotar as coisas que voltarão para a fábrica para análise. 

...

Mais tarde, depois de uma boa limpeza, o analista do seguro pediu para ter uma reunião comigo na empresa. Alice aparece com uma torta de kiwi em uma mão e na outra uma sacola de papel.

— Oi, gata. Tudo bem por aqui?

Sentei em uma das poltronas. Joguei meus sapatos no chão.

— Eu estou exausta. O que tem aí?

Ela me entrega a sacola e senta com dificuldade na outra poltrona com dificuldade por causa da barriga. Abro o pacote e um bom sanduíche e me espera com uma garrafa de chá mate.

— Obrigada, amiga. Não sei o que seria de mim sem você.

Ela sorriu satisfeita. Ficamos conversando enquanto eu comia. Pedi a Alice para colocar em suas anotações para dar uma quantia para todas as meninas que ajudaram hoje na organização.

— Eu preciso voltar para o escritório, o rapaz do seguro quer conversar comigo.

Coloquei meus sapatos e levantei. Alice disse que meu irmão iria encontrar com ela lá. Fui até a garagem Entrei no carro e liguei para Miguel que demorou um pouco para atender. 

— Oi amor. 

Ele diz assim que atende.

— Como está indo a audição. 

Ouço Malu gritar algo no fundo.

— Eu passei mamãe. Estou definitivamente dentro da equipe.

Sorrio.

— Parabéns meu amor! Desculpa, filha. Eu queria muito estar com você. Eu vou chegar em casa um pouco tarde. 

Malu diz que não tem problema, mas sinto que a voz dela mudou um pouco. Miguel volta para a linha.

— Eu vou levar ela para comer e deixo em casa. Vou ter uma reunião agora de tarde. A gente se vê?

Sorrio.

— Estarei te esperando.

Desliguei a ligação. Dirigir de volta para a empresa. O sol já estava sumindo no horizonte quando cheguei. Deixei meu carro na entrada e segui até o escritório. Entrei na sala de reunião, meu pessoal do financeiro e Luiz do seguro estava sentado na cadeira.

— Desculpem a demora. Tinha muita caixa para organizar. Podemos começar?

Eles assentem. Luiz não está com uma cara nada boa.

— Lia, a gente se conhece há anos. Eu acredito realmente que você não tem nada haver com isso, mas infelizmente parece que esse vazamento foi proposital.

Arregalei os olhos.

— Como assim?

Bato na mesa me levantando. Todos me encaram. Não acredito que alguém tentou me prejudicar. A reunião correu mais ou menos, minha cabeça estava dando voltas em quem poderia ter feito isso. Vou para casa, quando cheguei já estava tudo escuro, Alda provavelmente já estava dormindo. Pedi para que ela ficasse com Malu. Subi diretamente para o meu quarto, tomei um banho e acabei dormindo de cansaço.

Pov. Miguel

Cheguei em frente a casa da Lia. Tudo estava escuro. Cacau estava na sala. Fiquei com medo dela latir na minha presença, mas pelo contrário. Simplesmente pulou nas minhas pernas. Ela subiu na frente e arranhou a porta de Malu. Abri com cuidado e ela entrou. Fui até o quarto da Lia que estava esparramada na cama, e com aquela bunda maravilhosa à mostra e sem calcinha. Meu pau já mostrou serviço, deixei minha bolsa na poltrona e beijei a cabeça dela. Lia se mexe e desperta com dificuldade.

— Oi... Quando chegou?

Ela perguntou e estava espreguiçando.

— Agora. Como você está?

Sentei ao lado dela. Pela sua expressão algo não está certo, não quis pressionar. Comecei a tirar mimha roupa.

— O seguro disse que foi criminoso. Aquele cano ter estourado. Não posso entender, quem poderia querer fazer isso comigo? Eu não tenho inimigos, pago todos os meus impostos em dia.

Lia faz uma voz de choro, mas se controla. Abracei ela apertado.

— Mas o dinheiro irá sair?

Ela deu de ombros.

— Vão fazer uma avaliação, mas talvez não. Mas não quero pensar nisso agora. Estou com saudades de você.

Lia se ajoelha na cama e começa a desabotoar a minha camisa branca. Ela sobe beijando meu abdômen. Meu membro dá sinal de vida novamente. Pego ela no meu colo e a levo para o banheiro. Ponho ela sentada sobre a pia. Ataquei aqueles lábios carnudos e gostosos, mordi fazendo ela gemer. Puxei as alças da camisola e fui como criança naqueles peitos maravilhosos.