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Já havia se passado um mês desde a seleção. O clube estava em festa, com risadas e música ecoando pelas paredes. Minho e seus amigos se preparavam para mais um ensaio, mas uma ausência marcante pairava no ambiente. Han não estava ali.

- Alguém sabe por que o Han não veio? - perguntou Chan, olhando ao redor com preocupação. - Ele não aparece há dias.

Minho sentiu um aperto no coração.

- Não sei... Ele parecia tão sobrecarregado antes. Será que aconteceu algo?

As trocas de olhares entre os amigos revelavam a inquietação crescente. As mensagens enviadas para Han não obtiveram resposta, e a preocupação se transformou em um silêncio angustiante.

- Felix também não veio, será que estão juntos?

- Olha, não estão não. Félix dormiu na minha casa ontem, e acordou doente, então ficou por lá.

- Que? Pera, é muita informação- Changbing exclamou.

Naquela noite, enquanto todos se reuniam para discutir os ensaios, Minho decidiu que era hora de agir. "Amanhã, vamos até a casa do Han"

- Tu nem sabe onde o coitado mora! Vamos esperar mais um pouco. - Retrucou Changbin

Já na casa de Han, uma memória trouxe à tona um momento do passado.

Han sentado à mesa da cozinha com sua mãe, as palavras cortantes ecoando na mente dele. "Você nunca vai ser bom o suficiente!" "Você é uma decepção! Viado de merda!", ela gritou, e o loiro se calou, sentindo o peso da frustração e da tristeza.

Os dias se arrastaram sem notícias de Han, e o grupo lutava para manter o ânimo durante os ensaios. Minho tentava motivar a todos, mas a ausência de Han era uma sombra constante.

- Precisamos encontrá-lo! - disse Nari, umas das novas colegas de Han, em um dos encontros. - Ele faz parte de nós...

Finalmente, no final da semana, Minho decidiu que não podia esperar mais. Ele foi até a casa de Han e bateu nervosamente na porta. A mãe dele atendeu com um olhar cansado.

-Olá sra. Eu sou amigo do Han. Ele está bem?

perguntou Minho, a preocupação evidente.

Ela hesitou antes de responder:

- Esse peso morto está no quarto... não quer falar com ninguém. Não acho que ele atenderia a porta pra você.

Minho estranhou o comportamento de Hyuna, mãe de Han.

- Posso ao menos tentar?

- Vá em frente.

Minho subiu as escadas devagar e bateu na porta do quarto de Han. "Han? Sou eu, Minho."

Após alguns momentos de silêncio, a porta se abriu lentamente. Han estava ali, com os olhos inchados e o rosto pálido. A expressão dele misturava alívio e tristeza.

"Oi", ele murmurou.

- Estávamos preocupados com você - disse Minho ao entrar no quarto e fechar a porta atrás de si. - O que aconteceu?

Han suspirou fundo e começou a chorar, por mais que ele tentasse falar è desabafar, nunca saia nada de sua boca.

"Eu só queria sumir por um tempo", foi a única coisa que Han conseguiu falar por então. "Sinto que estou decepcionando todo mundo." Resmungou o loiro novamente.

- Você nunca nos decepcionaria - respondeu Minho firmemente. - Estamos aqui para você.

- Já está tarde, não é? Quer que eu vá? Assim você consegue descansar um pouco mais.

- Não Minho, por favor, não vai. - Han disse desesperado com a ideia de que Minho saísse e ele ficasse sozinho com sua mãe novamente.

- Está bem, gatinho. Irei ficar.

Minho se aproximou de Han, e deitou ao seu lado. Em pouco tempo, o loiro adormeceu nos braços de Minho.

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