Capítulo 42

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Você não sabe que estamos do mesmo lado
E todos os seus demônios são meus?
Você escolhe seu veneno
Deixe ir fundo
Faça isso na minha frente
Você nem mesmo percebe
Quando você não pode andar em linha reta
Você esta afastando meu amor
Mas quando todos eles saírem, eu vou mostrar
Quando você desistir, eu não vou

I Won't - Etham

No mesmo instante em que Melissa saiu, saí do banheiro

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No mesmo instante em que Melissa saiu, saí do banheiro. Só de vê-la batendo a porta do quarto, percebi que havia algo errado.

Vou para o closet, coloco alguma roupa para dormir e depois volto para o quarto. Vejo meu celular em cima da mesinha de cabeceira.

Pressinto que algo está acontecendo, mas o que?

Aproximo-me, pego o celular e desbloqueio a tela, que vai direto para a mensagem de Tiffany, que me mandou uma foto mostrando seus seios.

Cacete, Melissa viu isso!

Excluo a foto e em seguida bloqueio o número, como já fiz umas três vezes, ela tem me perseguido há algum tempo desde que a licença maternidade da minha tradutora acabou.

Quando vejo, já estou batendo na porta dela, esperando algum sinal de sua parte. Será que voltaremos à estaca zero? Não vou deixar que isso aconteça.

Já deixei bem claro que não tenho interesse em Tiffany. Ela não consegue entender? Até comprei um chip novo nesta manhã para trocar de número.

Bato na porta novamente e, como não recebo resposta, entrei fechando a porta atrás de mim. Melissa está deitada em sua cama, com os olhos fechados e fone de ouvido.

Eu não a chamo, apenas tiro meus chinelos e me deito ao seu lado. A essa altura, ela já sabe que estou aqui pelo movimento no colchão. Pego uma parte do seu fone, deito-me da mesma forma que ela, de barriga para cima e escuto a música.

A letra é deprimente, sei que o que ela viu mexeu com a sua cabeça.

— Por que essa música? — pergunto baixinho, meus olhos fixos no teto branco.

— Você disse que era a nossa música e eu gosto de ouvi-la.

No dia em que a chamei para dançar, não sabia que a próxima seria uma deprimente, se soubesse, teria esperado mais um pouco.

— Não sabia que seria essa.

— Percebi. — Nem a pau que eu deixaria que essa fosse a nossa música. Tiro o fone do meu ouvido e depois do dela. — Por que você tirou?

— Não vou deixar que essa música deprimente seja a nossa! — pela primeira vez nesta noite, Melissa me encara, com seus olhos tristes. Odeio vê-la dessa forma. — No seu aniversário de vinte e dois anos, vou escolher a melhor música para ser a nossa, vamos dançar e depois vamos...

After the truthOnde histórias criam vida. Descubra agora