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Estou mesmo quase a terminar de me arranjar, falta apenas contornar os meus lábios com um lápis de boca e meter um gloss.
Enquanto calço os meus sapatos, ouço a porta a bater.
Fui então abri-la e deparei-me com o Tomás.

- Olá ruivinha bonitinha. - diz ele com um sorriso, e reparo que está com os braços e mãos atrás das suas costas, reparo que o seu peito está muito vazio.

- Deixa-me adivinhar, precisas de ajuda para por a gravata. - digo com uma sobrancelha levantada.
Ele suspirou.
Eu ri, ele esticou a gravata e eu meti-a.
Ouço passos ao fundo do corredor.

- Obrigada concha! - agradeceu o Tomás, eu sorri e ele retornou a ir até ao seu quarto.
Não fecho a porta, vejo que o António vem a caminho e já está todo arranjado.
De fatinho preto, wow.
Trocamos um sorriso enquanto ele se aproximava.

- Olá. - cumprimou ele envergonhado.

- Olá. - cumprimentei de volta.
Ele chegou-se a mim e trocámos um curto abraço.

- Queres entrar? - convidei-o a entrar no meu quarto.

- Aham aham. - disse e entrou, fechei a porta e estava à procura da melhor forma de o elogiar.

- Já te disseram que ficas bem com fato? - sorri.
Ele envergonhado baixou a cabeça.

- Estás linda, fuego. - afirmou, enquanto os nossos corpos estavam a poucos centímetros de distância.

- Tu também, moitié. - ele sorriu, e o nosso diálogo acabou com um beijo.
Os nossos lábios encaixavam-se na perfeição.
Sinto a sua mão quente na minha cintura e estou com a minha mão direita posicionada no seu pescoço.

O beijo foi parado devido à falta de ar.
Decidi quebrar o silêncio.

- Fazes-me um favor? - perguntei-lhe.

- Sim, claro. - fui até à minha mala de viagem e tirei a câmara que ele me tinha oferecido no meu aniversário.

- Trouxeste-a! - exclamou ele, com um sorriso de orelha a orelha.

- Sim, vou leva-la para tirar fotos no aniversário da Maria. Mas quero primeiro que me tires uma foto na varanda por favor. - pedi.
Ele acenou com a cabeça e fomos então até à varanda.

Expliquei como teria de posicionar a câmara, onde teria de clicar e como fazia para ver se a foto estava boa ou não.
E aqui está o resultado.

Uau

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Uau... Tenho literalmente A FOTO.

- António está incrível! - disse super contente, de boca aberta, enquanto estou a seu lado.

- Com uma modelo como tu, seria impossível ficar mal. - afirmou.
Eu sorri envergonhada, não acredito que estou realmente apaixonada.

- Já devem estar à nossa espera lá embaixo, vamos? - perguntou ele.

- Vai tu primeiro, eu já lá vou ter. - disse, ele acenou com a cabeça e retirou-se do meu quarto.

Coloquei a câmara dentro da mala, meti-a a meu ombro, enxarquei-me de perfume e desci.

Já estavam todos dentro da limusina à minha espera.
Entrei e tenho de admitir que estavam todos muito bonitos.

- Miúda tu estás linda! - disse a Laura.

- Estamos todos! Mas a Maria mata.. - disse e a Maria sorriu.

Fomos até ao sítio da festa da Maria, quando chegámos deparamo-nos com uma quinta gigante decorada nos tons brancos e roxo pastel.
Este lugar está um absurdo de lindo.
Entramos e comecei a fotografar a Maria, ela está tão mas tão bonita!

A aniversariante foi cumprimentar os seus convidados, então eu e o grupo aproveitamos e fomos ver melhor o espaço.
Claro que ia sempre fotografando os meus amigos, além de lindos são fotogénicos.

Alguns momentos depois, fomos chamados para jantar, sentamo-nos no lugar onde tinha o nome de cada um escrito num pequeno cartão e graças a Deus fiquei ao lado da Laura. À ponta esquerda estavam os amigos, a Maria estava ao meio e na outra ponta os seus familiares.

Foi um jantar com bastante conversa e risada.
Levantamo-nos e fomos até ao bar.

Pedimos as bebidas e dirigimo-nos até à pista de dança.
Dançámos as várias músicas que iam passando, tinham sempre uma boa batida, mas chegou à ultima.
A dança de pares.
Fui me sentar, com o copo na mão enquanto via a Maria a dançar com o seu pai e mais alguns casais juntamente com eles.

António dirige-se na minha direção.
E quando chega perto de mim, estica o seu braço e oferece ajuda com a sua mão para eu me levantar.

- Dás-me a honra desta dança? - perguntou ele a fazer-me olhinhos.
Gargalhei com a sua cara de coitadinho.
Acenei com a cabeça e levantei-me, fomos até à pista.

As minhas mãos estão apoiadas por detrás do seu pescoço.
As suas mãos grandes estão na lateral da minha cintura.
Íamos mechendo lentamente o corpo à medida da batida.

Quando a música acabou, todos bateram palmas e eu encostei a minha cabeça ao seu peito.
Ouvi um risinho vindo da parte de António e rapidamente encostou a sua cabeça à minha.

Despedimo-nos dos parentes da Maria e regressamos para o hotel.
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Difícil - ANTÓNIO SILVAOnde histórias criam vida. Descubra agora