tw ⚠️ : stalker, knife play, fear play, sexo sem camisinha, sexo com estranho.
A sala estava mergulhada em penumbra, as cortinas fechadas, isolando o mundo lá fora. A única luz vinha da TV, os flashes das cenas de Pânico criando sombras que dançavam pelas paredes, quase como se a própria casa estivesse viva. O sofá de couro afundava sob o peso do meu corpo, aconchegando-se ao redor de mim, mas o frio da noite ainda encontrava um jeito de se arrastar pela pele exposta. Eu puxava a manta sobre as pernas de vez em quando, mas era como se o frio não fosse apenas externo. Estava dentro de mim também, uma excitação estranha, um arrepio na espinha, o tipo de ansiedade que só Pânico conseguia despertar em mim.Ghostface. A máscara branca e distorcida, os olhos negros e vazios. Sempre havia algo de hipnótico naquela figura. O modo como ele se movia com uma mistura de brutalidade e elegância. Era perturbador, mas de um jeito que me atraía. Meu peito apertava em ansiedade, como se eu estivesse à espera de algo — algo inevitável.
Eu já havia assistido àquela cena dezenas de vezes: a garota no telefone, sozinha em casa, o som da voz de Ghostface do outro lado da linha, ameaçadora, mas estranhamente sedutora. Algo sobre a ideia de ser perseguida, de ser escolhida, sempre me provocou uma mistura de fascínio e medo. Eu sabia que era apenas um filme, mas ainda assim, meu coração batia mais rápido, minhas mãos suavam levemente enquanto seguravam a pipoca.
— Qual é o seu filme de terror favorito? — a voz rouca do assassino preencheu a sala, e eu automaticamente respondi junto com a personagem, um sorriso quase infantil se formando nos meus lábios.
Eu sabia que Ghostface era perigoso, mortal. Mas uma parte de mim sempre quis saber como seria estar do outro lado da linha, ouvir aquela voz me chamando, como se eu fosse a escolhida.
Meu coração batia mais rápido só de imaginar a adrenalina, o terror. Talvez fosse isso que me fascinava tanto: a mistura de medo e poder que Pânico me trazia, a sensação de ser vulnerável, mas ao mesmo tempo, sentir que eu estava no controle do meu próprio medo.
Levantei-me do sofá com um suspiro, deixando o filme rodar enquanto me afastava para a cozinha. A taça de vinho estava vazia, e a garrafa também. Não era surpresa — noites como essa pediam um bom vinho, uma companhia fiel nas minhas maratonas de filmes de terror. Fui até o armário, peguei uma nova garrafa e, em seguida, coloquei a pipoca no micro-ondas. O som familiar do aparelho começando a trabalhar foi quase reconfortante, um ruído de fundo que equilibrava o silêncio pesado que dominava o resto da casa.
Enquanto desenroscava a tampa da garrafa, ouvi um som que me fez parar por um segundo. O celular vibrando no balcão. Franzi o cenho. Número desconhecido. Fiquei olhando para a tela por alguns segundos, o som das pipocas começando a estourar se misturando ao toque insistente. Meu coração deu um salto, uma sensação incômoda de déjà-vu tomando conta de mim. Número desconhecido? Justo agora, enquanto assistia Pânico?
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SCREAM | shotfic
RomanceLia, uma estudante de moda com uma paixão obsessiva por filmes de terror. Porém em uma sexta-feira 13, Ghostface decide dar a ela um presente muito gostoso. REESCRITA! STALKER | DARK ROMANCE | +18 Era uma oneshot, virou uma shortfic !!