Lucerys relutantemente se afastou do abraço de sua mãe enquanto o Conselho se reunia em Dragonstone, mas Rhaenyra manteve seu segundo filho ao seu lado, recusando-se a deixá-lo se afastar ainda mais. O garoto de cabelos escuros ficou grato por isso, não querendo ficar longe da proteção que o calor de sua mãe representava, embora estivesse ciente de que seu comportamento poderia ser considerado infantil.
Lucerys contou à sua mãe tudo o que aconteceu, e ela chorou com ele enquanto ele revivia o horror que havia experimentado nas mãos dos Greens. Ele também testemunhou sua mãe ficar pensativa enquanto ele contava a ela sobre a peculiaridade do tratamento de Aemond e Helaena.
Quando ele confessou, num sussurro, que havia beijado Aemond antes de partir, Rhaenyra o abraçou ainda mais forte, sua expressão confusa refletindo a do filho.
"Não sei por que fiz isso, mãe. Sinto muito."
"Você fez o que precisava para sobreviver, meu doce menino."
"Mas ele já tinha me libertado. Eu..."
"Shhhh... não se preocupe com isso, ok? Você nunca mais verá nenhum dos meus irmãos se depender de mim."
Lucerys não sabia se sua mãe conseguiria cumprir sua promessa com eles em guerra, e ele também não conseguia identificar o sentimento que borbulhava em seu estômago com o pensamento, o rosto de seu tio caolho impresso atrás de suas pálpebras, o fantasma do beijo ainda em seus lábios.
Quando o Conselho se reuniu, uma cadeira foi adicionada para que ele pudesse sentar, já que sua perna ainda estava imobilizada - o gentil Meistre de Pedra do Dragão examinou o ferimento e garantiu que ele logo seria liberado dos gessos que o imobilizavam.
Seu irmão Jacaerys e suas primas Baela e Rhaena estavam ao seu lado, enquanto as mais novas foram confiadas às amas de leite para não atrapalhar a reunião.
A atmosfera estava tensa, e Lucerys podia sentir os olhos dos membros do conselho de sua mãe caindo sobre ele de forma velada. Havia obviamente curiosidade sobre como ele havia sido tratado durante seu tempo cativo em Porto Real, e mais importante, como ele havia conseguido voltar para casa.
Lucerys imaginou que Daemon teria incendiado Porto Real se a Casa Targaryen ainda fosse formada por cavaleiros de dragões, como se dizia que eram nos dias da antiga Valíria.
Seu padrasto abraçou Rhaenyra e Lucerys em seu reencontro, em uma rara demonstração de afeto - Daemon Targaryen demonstrava sua afeição por meio de ações, raramente por meio de abraços ou palavras.
Rhaena, filha de Daemon e noiva de Lucerys, aproximou-se dele antes de entrarem na câmara do Conselho e o abraçou com força, fazendo o coração de Lucerys bater mais rápido com a sensação de que ele a havia traído, lembrando-se da maneira como ele juntou seus lábios aos de seu inimigo quando se separaram, e não querendo se lembrar do peso do corpo de Aegon sobre o seu...
"As informações de Lucerys, embora pequenas, eram preciosas", declarou Daemon. "Aegon é um louco manipulado pelos Hightowers. Suas principais armas são Criston Cole e seu próprio irmão, Aemond" - Lucerys não deixou de notar a maneira como os olhos de Daemon brilharam em sua direção quando ele disse o último nome. "Nós os derrubamos, e o caminho está livre para o usurpador."
"Mas para derrubá-los, como você disse, precisamos primeiro chegar até eles", Corlys apontou. O avô de Lucerys era um homem forte, mas sua saúde havia sido prejudicada após um acidente recente com sua nave, e embora estivesse se recuperando, Lucerys podia ver que ele ainda não estava bem o suficiente para participar de uma batalha.
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Run (don't let me get you)
RandomCapturado, Lucerys deve sobreviver como refém dos verdes. Sua sorte parece tê-lo abandonado quando ele é caçado como um animal e arrastado de volta para as mãos de seus captores. (Esta história não me pertence,ela é da escritora/o,SarahChagalVonKrol...