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Kim Seungmin.
Eu me sinto só.
Muito só.
Mesmo rodeado de pessoas,
Eu me sinto só.
São oito bilhões e duzentas milhões de pessoas,
E eu ainda me sinto só.
Não é como se eu fosse um artista solo, não, é ruim.
Ou seria bom?
Não, não é bom.
Porque você se ilude.
E eu odeio isso.
Odeio mesmo.
Com todas as minhas forças.
── Porque choras, bela flor? ── uma voz me assusta.
── Ãn? Quem é você?
── Porque está triste, garoto? ── ele pergunta, com uma voz extremamente calma.
── Nada. ── digo voltando a ficar de joelhos no beco escuro que eu estava. Era perto da antiga estação de trem, era apertado, sujo e perigoso, mas, sinceramente, eu não tenho nada a perder.
Eu já perdi.
── Se está chorando tem algo de ruim acontecendo, pode me dizer, benzinho. ── ele levanta meu rosto, olhando em meus olhos.
Ele era branco, tinha olhos profundos, cabelos negros, uma cara amigável e era bonito. Ele também era asiático, não era raro mas também não era difícil ver um aqui no Canadá. Ele me encara, parecendo que viu todos os meus pecados, mas logo sorri.
── Porque você não vem dar uma volta?
── 'Pra onde? ── pergunto, enquanto ele me ajuda a levantar.
── Você está pálido, tem se alimentado bem? Está sentindo fraqueza? ── ele questiona, preocupado.
── Não precisa se preocupar.
── Preciso sim. Quer passear para onde, benzinho? ── ele continua usando esse "apelido".
── Você que chamou, você que devia saber. ── digo um tanto quanto grosso.
