Capítulo 2

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oi ;)

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Aoom sentiu o vento suave bater em seu rosto enquanto caminhava pela rua movimentada de Bangkok. Após semanas de encontros casuais e conversas profundas, ela e Meena haviam se tornado praticamente inseparáveis. Apesar de ambas manterem suas vidas ocupadas, sempre encontravam tempo para tomar um café ou visitar uma nova exposição de arte. Para Aoom, esses momentos eram um sopro de ar fresco em meio à tensão de seu casamento em ruínas.

John, seu marido, parecia cada vez mais distante, e o lar que um dia fora um refúgio agora se tornava um campo de batalha silencioso. As tentativas de Aoom de se reconectar falhavam, e a comunicação entre eles estava reduzida a trocas frias de necessidades diárias. Em contraste, a presença de Meena era como um farol em meio à escuridão. No entanto, o medo do que isso significava mantinha Aoom presa, insegura sobre dar o próximo passo.

Enquanto isso, Meena estava em seu escritório, terminando mais um caso complicado. Ela havia herdado o império jurídico de seu pai, Sun, um advogado brilhante que ensinara a filha a ser destemida e resiliente. Após a morte de Sun, anos atrás, Meena assumira a responsabilidade de honrar o legado do pai. Sua mãe, Ramida, sempre a apoiara, embora estivesse preocupada com a falta de equilíbrio na vida da filha. Ramida, uma mulher carinhosa e sensível, sempre lembrava Meena para cuidar de si mesma e procurar a felicidade.

Naquela noite, Meena decidiu ligar para sua mãe enquanto se preparava para dormir.

— Olá, mãe — disse Meena, sentindo a familiaridade aconchegante da voz de Ramida.

— Oi, minha filha! Como foi seu dia? — perguntou Ramida, sempre atenta aos detalhes da vida da filha.

— Cansativo, como sempre, mas consegui resolver o caso. — Meena tentou disfarçar o cansaço em sua voz.

Ramida, no entanto, conhecia a filha bem demais.

— Você precisa descansar mais, Meena. Seu pai ficaria orgulhoso, mas também preocupado. — A menção ao pai de Meena sempre trazia um misto de dor e conforto. Meena sorriu, sentindo o aperto familiar no peito.

— Eu sei, mãe. Prometo que vou tentar. — Enquanto falava, Meena pensou em Aoom e como a presença dela tornava os dias um pouco mais leves.

— E como estão as coisas com aquela amiga arquiteta de quem você falou? A Aoom, certo? — Ramida não escondia a curiosidade. Meena já havia mencionado Aoom algumas vezes, mas sempre em termos vagos.

Meena hesitou por um momento. Não estava pronta para admitir para si mesma, quanto mais para a mãe, o que realmente sentia por Aoom.

— Estamos bem. Ela é uma boa amiga. — Meena tentou manter a conversa casual.

— Espero que sim, querida. Você merece ter boas pessoas ao seu redor. — A voz de Ramida era sempre um lembrete do carinho incondicional.

Enquanto Meena se preparava para encerrar a ligação, ela sentiu uma necessidade súbita de contar mais sobre Aoom, mas não conseguiu. Em vez disso, desejou boa noite à mãe e desligou, permanecendo um tempo olhando pela janela, perdida em pensamentos sobre o que estava começando a sentir.

Na manhã seguinte, Aoom estava no escritório, tentando focar em um novo projeto, quando recebeu uma mensagem de Engfa, uma de suas amigas mais próximas. Engfa, uma mulher extrovertida e sempre cheia de energia, era o oposto de Pailiu, a amiga mais calma e serena de Aoom. Juntas, elas eram a âncora que mantinha Aoom centrada, mesmo quando sua vida pessoal desmoronava.

Mensagem de Engfa: Vamos nos encontrar para jantar hoje? Você precisa desabafar e parar de se esconder!

Aoom sorriu. Engfa nunca perdia uma oportunidade de se reunir e cuidar das amigas. Pailiu, mais discreta, logo respondeu apoiando a ideia.

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