Por ti

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O momento em si foi mágico.

Mas o ponto alto foi acordar com Sabrina em seus braços.

O corpo pequeno dela encaixava perfeitamente no dele, o calor fluindo em seus corpos temperava a sua pele a superfície, o clima estava frio e nublado, contudo, seus corpos quentes debaixo dos lençóis faziam o trabalho de os aquecer, criando neles o sentimento fervente de amor entre eles.

De uma maneira mais egoísta de observar as coisas, Omar estava contente por ser nos braços dele que ela estava acordando, por ser com o corpo dele que ela descobriu o seu e por aquele momento ser dele e não de outro.

Eles ainda tinham questões a resolver, como o facto de ela poder estar a se mudar para outro continente em pouco tempo, ele não a queria deixar ir, disso ele estava certo, ele não queria deixa-la ir, ele não suportaria estar dois dias sem ela, quanto mais anos sem saber quando poderiam se ver, e mesmo que eles dessem uma de amantes de outra época e escrevem-se um para o outro todos os dias de sua vida, seus sentimentos achariam um jeito de se esconder e morrer dentro deles.

E não era nisso que ele queria se focar, pela primeira vez ele não queria analisar a situação do seu jeito pragmático - porém, prático - ele queria fantasiar um pouco, melhor dizer, ele queria tornar a fantasia uma realidade.

Ele levantou-se de fininho da cama - Sabrina devia estar bem cansada depois da dose de dopamina da noite passada. Ele escreveu-lhe um bilhete, deu-lhe um beijo na testa e saiu.

Ele tinha que terminar os parâmetros do divórcio de Catarina, visto que não havia nenhuma oposição por parte do futuro ex-marido, não havia motivos para demorar-se, mas ele estava tão focado na sua vida amorosa que tinha deixado o seu trabalho de lado por um pouco e escrito pouco mais de 3 parágrafos no documento.

Ele foi até a sua casa, tomou um banho e vestiu um de seus fatos, era um dia alegre então escolher o fato azul - era um pouco mais claro que o azul-escuro, mas apenas o suficiente para não ser demasiado chamativo.

E sentindo-se nas nuvens, ele saiu.

****

Depois de duas horas escrevendo, ele finalmente terminou o trabalho e estava pronto para enviar aos advogados de Octávio, e assim o fez - não queria mais nada tirando a sua concentração da sua nova operação.

A sua secretária entrou na sala, anunciando uma tal de senhorita Maria.

Longe de Omar achar que era Maria, a situação dele de quando tinha uns 17-18 anos, por isso quando ela entrou, ele ficou sem saber exatamente o que fazer.

- Maria? - falou ele tentando esconder o espanto na voz - senta-te.

Ela usava um vestido justo branco e trazia um véu nas mãos - Omar não sabia se ela tinha se convertido ao estilo Vitoriano, ou, estava prestes a se casar.

Ela sorriu enquanto olhava os seus próprios dedos, parecia nervosa.

- Algum problema? - perguntou ele no exatamente que ela abriu a boca para falar.

Ela deu uma risada nervosa:

- Eu vou me casar hoje - falou ela sem olhar para ele - com o teu primo - deu uma breve olhadela para ele.

- Eu percebi - falou Omar confuso - meus parabéns... - acrescentou, incerto.

- Mariano sabe que nós nos pegávamos quando eramos adolescentes - começou ela por dizer - eu lhe poupei de todos os detalhes sórdidos dos nossos encontros...

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