Jeon Soyeon levava uma vida normal, possuía uma carreira brilhante no mundo musical.
Até sua vida ser traçada por conta de um experimento secreto, transformando ela numa hibrida.
Hoje completa dois anos que fugi de um laboratório secreto.
FLASHBACK ON=
Tudo começou após minha viagem para Busan, não sei o que aconteceu, estávamos bebendo, curtindo, dançando, me senti tão cansada, voltei para o hotel, acabei adormecendo. Acordei no outro dia num quarto branco, eu estava acorrentada, não podia gritar, nem pedir socorro. Cientistas realizaram vários testes comigo, experimentos dolorosos, tinha dias que eu acordava implorando pra que me matassem! A dor é insuportável, três dias correram depressa, meu corpo começou mudar, surgiram dentes afiados. Minhas pernas derreteram igual sorvete exposto ao calor, no lugar delas cresceram calda de peixe, foi difícil aprender a locomover nessa situação.
Dois dedos de cada mão caíram, os outros três que restaram grudaram através da pele, meu corpo doía, me transformei numa criatura horripilante. Possuo gueldas, espinhos na região da espinha, nadadeiras pequenas, tenho nojo de mim mesma. Aquelas pessoas alteraram meu Dna, seis semanas passaram, e com ela o desejo de vingança eclodiu, consigo respirar debaixo da água, rastejo pelos setores acompanhada das enfermeiras que anotavam tudo.
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Seus olhares debochados me alfinetavam diariamente, sem contar que elas me obrigavam a comer carne crua durante às refeições. Sinto saudades da minha família, amigos, nunca mais poderei sair na rua desse jeito, não terei uma vida normal, não poderei casar, ter filhos. Afinal, que mulher aceitaria conviver ao lado dessa criatura?
Durante às quartas-feiras o pesadelo começava, eu era golpeada com objetos perfurantes na barriga e coluna, eles testavam o quanto eu poderia suportar. Eu jurei para mim mesma que mataria todos ainda essa semana, pois bem bolei um plano muito elaborado, a senhorita Suzy estava vindo trazer os comprimidos como de costume, Finjo que estou dormindo profundamente dentro do meu aquário.
Ela destravou o alarme de segurança, abrindo a tampa reforçada, escuto sua voz me chamando, fiquei quieta, tudo fazia parte do esquema, quando ela enfiou seu braço procurando-me, abocanhei ele, por sorte essa sala é reforçada ninguém escutaria. Puxei forte arrancando o membro, à água ficou vermelha, entre-rosnado vou mastigando os ossos quebrando eles.
A enfermeira faleceu de hemorragia, fiz força para sair do aquário, caio no chão, uso meus braços para dar sustentação, minha calda pra rastejar, sorrio vitoriosa por ter conseguido. Saio daquela sala, tudo está silencioso, vou passando pelos corredores, continha várias celas de vidro, contendo pessoas modificadas igual à mim. Tinha uma garota metade crocodilo, um garoto que teve mãos e pernas arrancadas e foram substituídos por tentáculos de polvo. Porém entre muitos havia uma mulher que deixou meu estômago revirado, ela parecia um caracol gigante, não possuía pernas e sim uma enorme concha cobrindo à cintura toda. Seus olhos eram esbugalhados, isso é insano! Seres humanos foi o pior erro de Deus!
Preciso liberta-lós também, vou procurando pela sala de controle, ouço um ruído aproximando, rolei pra debaixo da mesa, faço silêncio. Quem quer que fosse não me viu, suspirei aliviada, volto fazer o trajeto, cheguei na área principal, computadores, televisores observavam nossos passos todo santo dia. Apertei vários botões aleatórios, dando alerta vermelho, a sirene tocou, pelo notebook vi os cientistas correndo desesperados de suas próprias criações.
Cabeças foram arrancadas, órgãos arremessados contra aquelas paredes brancas, sangues esguichando por todo lado. Enfermeiros sendo estuprados assim como fizeram com aquelas pessoas quando eram normais. Escapamos antes das autoridades chegarem, isso permaneceu em sigilo absoluto, ninguém poderia descobrir que policiais sequestravam às vítimas para serem usadas como cobaias. O caso foi abafado, nenhum de nós foi capturado.
FLASHBACK OFF=
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Decidi tomar um banho de sol, deito na areia sentindo os grãos misturando em minha pele, o dia não está tão quente. Quando fui saltar no mar, às ondas trouxeram um corpo, era uma garota, estava desacordada, cheguei a pulsação, ainda está viva. Faço pressão por cima do peito, tentando fazê-la vomitar o excesso de água.
__Anda acorda garota! Um...dois... três...
Fiz agora respiração boca-boca, sem sucesso, tento de novo, graças a Deus ela acordou, os olhinhos foram abrindo lentamente, ela me abraçou, apertando cada vez mais.
__O que tá fazendo garota?
__Ob...Obrigada...
Sua voz saiu embargada, tá na cara que ela só pode ser míope, pra não ter assustado com minha aparência.
__Solta garota...
__Não quero...me deixe ficar mais um pouquinho nessa posição...
Ficou agarrada em mim por cinco minutos, depois soltou-me, sorria com vigor, um sorriso explêndido que eu nunca tinha visto em toda minha vida.
__Ei criaturinha como se chama?
Perguntou empolgada.
__Jeon Soyeon.
__Ei não quer saber o meu nome?
Respondeu carismática.
__Acho que não tem necessidade disso garota.
Fingiu uma expressão triste.
__Mesmo assim vou dizer! Me chamo Song Yuqi! Prazer fofa!
Ahh qual é, eu deveria ter deixado ela se afogar!
__Hum legal, e não me chame de fofa! Sou perigosa!
Falei forçando uma careta brava.
__Você é fofinha Soyeon!
Bufei frustada.
__Aff...agora me diga, como você veio parar aqui?
Yuqi pensou para responder, sentou-se cruzando seus pézinhos.
__É uma longa história...meus pais estavam endividados até o pescoço, para não serem mortos...eles resolveram me vender para pagar suas dividas... tráfico humano. Eu fui deportada da China há um dia atrás, durante o trajeto no navio, aproveitei a distração deles e pulei dentro do mar.
Contou não conseguindo prender o excesso de lágrimas escorrendo de seus olhos, passei meu polegar direito naquelas gotinhas invasoras que deformavam sua face. Ela parece uma bonequinha de porcelana, delicada, bonitinha, porém é grudenta igual carrapato. Quando dei por conta às mãos da mais nova deslizavam pela minha calda escamosa, encarava curiosa formando um beicinho nos lábios descascados. Pare de imaginar coisas Soyeon! Mente poluída!
__Pronto, isso já é suficiente.
Retruquei afastando ela, Yuqi corou mantendo a boca entre-aberta.
__Por que Soyeon? Eu quero tocar....
__Garota você é bem insistente, tem coisas que não devem ser descobertas, entende eu não sou normal, não consegue perceber?
Alterei o tom de voz, a mesma não assustou, nem recuou, respirava descompassada, levando seus dedinhos finos até às gueldas no pescoço encostando.
__Soyeon você salvou minha vida, porque eu deveria ter medo. E outro detalhe sua aparência é encantadora.
Acabei perdendo a raiva, murchando na mesma hora, porra nos conhecemos tem apenas dez minutos, como posso permitir ela ficar tão perto? Que garota impertinente....
__Yuqi...é melhor parar...
Eu não quero gostar dela....Eu não quero me apaixonar...Eu não Criar expectativas...
