safadas

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Na manhã seguinte, o sol já começava a iluminar o quarto, e Valentina e Luiza ainda estavam enroscadas uma na outra, completamente relaxadas após a noite intensa que haviam compartilhado. Luiza, com um sorriso no rosto, foi a primeira a abrir os olhos. Ela olhou para Valentina, que dormia tranquilamente ao seu lado, e por um momento sentiu-se em paz.

Mas a paz não duraria muito.

Elas ouviram uma batida na porta. Valentina se mexeu preguiçosamente, mas antes que pudesse reagir, Carol entrou no quarto com uma expressão astuta. "Bom dia, donzelas!" disse ela, de um jeito provocador, cruzando os braços e encostando-se ao batente da porta. "Dormiram bem?"

Luiza, que estava deitada ao lado de Valentina, imediatamente se levantou e forçou um sorriso. "Bom dia, Carol. Dormimos super bem, né, Val?" Ela deu uma cotovelada leve em Valentina, que ainda tentava processar o que estava acontecendo.

Valentina, sempre rápida, sorriu sem perder o ritmo. "Dormimos como anjos. Por que a pergunta?" Ela ajeitou o cabelo e tentou parecer completamente inocente.

Carol, no entanto, não se deixou enganar tão facilmente. "Anjos? É mesmo?" disse ela, levantando uma sobrancelha e se aproximando da cama. "Sabe, esses anjos devem ter feito um pouco de barulho à noite... e as paredes aqui em casa não são tão grossas." Ela olhou diretamente para Valentina, com um sorriso malicioso.

Luiza corou imediatamente e tentou disfarçar, puxando o lençol para cima, como se isso fosse esconder algo. "Ah, Carol, você tá imaginando coisas. Devia ser o vento..."

Valentina, por sua vez, estava mais confiante. "Ah, Carol, por favor, a gente é só amiga, lembra?" Ela piscou para Carol, como se estivesse provocando.

Carol sorriu e cruzou os braços. "Amigas, né? Amigas que fazem muito barulho à noite, então."

Valentina soltou uma risada curta, tentando manter a fachada. "Ah, vai ver a Luiza estava sonhando alto. Sabe como é, às vezes a gente fala dormindo."

Luiza, morta de vergonha, apenas assentiu, tentando parecer convincente. "É, eu sou conhecida por isso... é, sonhar alto."

Carol deu uma risada, mas não se deu por vencida. "Bom, eu não vou julgar vocês. Na verdade, acho até que é meio engraçado. Só vou dar um aviso: se vocês forem continuar com essa... amizade sonora, só tentem ser um pouquinho mais discretas, tá?" Ela piscou para Luiza.

Antes que saísse, Carol olhou de relance para Valentina, o tom protetor voltando em sua voz. "Val, eu espero que você esteja fazendo a Luiza feliz de verdade. Porque se não... você vai ter que lidar comigo."

Valentina sorriu, mais séria agora. "Eu tô, Carol. De verdade. Ela me faz muito feliz também."

Carol balançou a cabeça, ainda sem perder o ar protetor, e saiu do quarto, deixando Luiza e Valentina sozinhas.

Quando a porta se fechou, Luiza suspirou profundamente, ainda sentindo o calor subir pelo rosto. "Meu Deus, que vergonha."

Valentina riu e a puxou de volta para a cama. "Ah, relaxa. A Carol só estava provocando. Ela sabe que a gente está juntas e que estamos bem."

Luiza ainda estava um pouco desconcertada, mas sorriu e abraçou Valentina. "Eu não sei como você consegue sempre ficar tão tranquila."

Valentina deu de ombros. "É um dom. Mas, a propósito, adorei o 'sonhar alto'. Vou usar essa desculpa no futuro."

Elas riram juntas, e o clima voltou a ser descontraído.

Entretanto, o resto da casa já estava acordado, e elas logo ouviram a mãe de Luiza, Sônia, chamando-as para o café da manhã. "Luiza, Valentina! Vem tomar café antes que esfrie!"

Dança das EmoçõesOnde histórias criam vida. Descubra agora