Emoções De Uma Alma Perdida

45: A Distância Silenciosa

No espaço onde nossas palavras costumavam dançar,
Agora há um eco vazio, um silêncio cortante.
Lembro-me das conversas que preenchiam a noite,
Mas agora o que resta é o peso do não-dito, uma ausência constante.

Antes, nossos risos eram o ritmo que embalava o dia,
Mas agora a melodia se desfez, e a canção parou.
As promessas feitas em sussurros secretos,
Agora são fantasmas que assombram as lembranças que restaram.

Pergunto-me se você ainda pensa nas palavras que eu disse,
Se ainda há um resquício de saudade nas suas noites.
Ou se, como eu, você está preso nas sombras do passado,
Lutando contra o silêncio que agora é a nossa realidade.

A cada encontro, um olhar distante,
Cada palavra um esforço forçado, uma máscara que usamos.
O que era familiar agora é estranho e distante,
E o que costumava nos unir agora é o que nos separa.

As memórias de nós são como fotos em preto e branco,
Desbotadas pelo tempo, pela falta de cor, pela ausência.
O calor de sua presença agora é apenas uma lembrança,
E a ausência das suas palavras é um vazio que não posso preencher.

No lugar das conversas, há um abismo,
E o que foi vivido parece uma vida distante.
Lamentamos o que foi perdido, o que não pode ser recuperado,
E o silêncio que resta é o grito ensurdecedor da separação.

Eu me pergunto se, em algum lugar, você sente a mesma falta,
Se as lembranças de nós são um eco no seu coração.
Ou se você encontrou um novo ritmo, um novo sorriso,
E a nossa história é apenas um capítulo esquecido no tempo.

Cada tentativa de contato é um lembrete do que foi,
E a dor de saber que não podemos voltar, que não podemos reescrever.
Então seguimos, com palavras que não mais se cruzam,
E com a tristeza de um "não mais" que o silêncio tornou definitivo.

Em mundos separados,
Onde o que foi uma vez íntimo agora é uma distância fria.
Porque nós não conversamos mais, e o que resta é um vazio,
Uma memória do que foi, um lamento do que não pode mais ser.