Após seis anos longe, Sn retorna a Tokyo, buscando recomeçar sua vida e deixar para trás segredos que a assombram. Ao reencontrar seu ex-namorado, Gojo Satoru, agora um respeitado policial, ela se vê envolvida em uma série de acontecimentos que colo...
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Fui chamada na sala do chefe e já fui pensando qual foi a merda que eu fiz. Assim que cheguei, vi Masamichi, Gojo, Suguru e Utahime.
Masamichi- Itadori, que bom que chegou.
Sn- Uhum... E então? O que queria?
Masamichi- Irei enviar vocês quatro em uma missão lá em Okinawa.
Gojo e Sn- Okinawa?
Veio na lembrança de ambos, o dia em que Satoru pediu Sn em namoro, lá em Okinawa.
Masamichi- Sim. Aqui estão as identidades falsas de vocês. - Ele jogou na mesa e nós pegamos.
Gojo- Mikey Yoshida? Que nome horrível!
Geto- Vai reclamar até do nome, Satoru?
Gojo- Hum.
Utahime- Qual será a missão?
Masamichi- Vocês terão que se infiltrar em um baile que acontecerá no bairro de barão em Okinawa. Quero que descubram os planos dos traficantes presentes no baile. São três pilares. Eles são Mahito, Choso e Kenjaku. Vocês deverão ir essa noite para Okinawa. Eu passarei o resto das informações para o Geto. Podem ir.
Sn- Com licença.
Nos retiramos da sala e vi Gojo de cara feia.
Gojo- Mikey Yoshida... Onde já se viu? Que nome horrível.
Sn- Parece uma criança reclamando.
Gojo- Só tá falando isso porque seu nome deve ser normal! - Ele falou enquanto tentava olhar meu documento.
Sn- Bem, isso não importa! - Saí de lá e fui para minha sala, onde esperei Geto me passar o resto das informações sobre a missão.
Já de noite, Nanami me deu uma carona para casa e contei para ele que iria em uma missão. Ele me desejou boa sorte e conversamos sobre outras coisas. Arrumei minha mala e esperei por Suguru, que iria me buscar.
Geto- E ai?... Ontem você e o Satoru se resolveram?
Sn- Estou surpresa que ele não te falou do quão incoveniente ele foi.
Geto- Mas é claro... Não dá bola pra ele, tá?... E... Eu sei que não justifica as ações dele, mas ele tá chateado e não tem noção do que diz.
Sn- Tá bom... Mas as vezes ele é tão chato!
Geto- É o Gojo! Também não dá pra fazer milagre.
Sn- É. - Dei uma pequena risada.
Geto- Mas ele só tá assim porque ficou chateado que você superou e ele não.
Sn- Ah, Suguru, não é assim... Foi difícil pra mim também, mas... Mas nem eu tenho certeza sobre tudo. Às vezes eu ainda penso, sabe? Quer dizer, eu não tinha esperança que voltássemos, mas sinceramente eu já pensei. É meio chato quando todo mundo fala que ele só tá assim por minha causa, quando eu gostaria que fosse o contrário.
Geto-... Então já pensou em voltar?
Sn- Se você contar pra ele, eu te mato!
Geto- Agora já era. Você está em minhas mãos. - Ele disse com um sorriso vitorioso.
Sn- Desgraçado. - Ele riu.
Continuamos conversando até chegar no aeroporto. Assim que fomos nos encontrar com Utahime e Satoru, vimos eles conversando e rindo bastante, e não pude negar para mim mesma que senti uma pontinha de ciúmes, mas decidi ignorar.
Geto- Chegamos.
Gojo- Vocês demoraram, em?
Geto- Ia buscar a gente então.
Satoru fez cara feia e deu língua para Geto.
Entramos no Jato particular e então seguimos a viagem de três horas até Okinawa.
Eu ia me sentar de frente para Geto, mas ele foi mais rápido e ficou de frente para Utahime, me obrigando a sentar de frente para o Gojo.
Gojo-...
Sn-...
Gojo-...
Sn-... E o seu filho?
Gojo- Hum?... Como sabe dele?
Sn- Shoko me contou.
Gojo- Claro... Mas ele não é bem meu filho, tá mais pra um irmão mais novo.
Sn- Ah...
Gojo- Quando o peguei, ele já tinha 14 anos, então foi melhor. Sinceramente, não sei se iria aguentar um pirralho.
Sn- Não era você quem dizia que queria ser pai?
Gojo- Mudei de ideia. Criança deixa a gente velho.
Sn- Ah, claro, até porque você vai continuar jovem pra sempre, né?
Gojo- 6 anos se passaram desde que você foi embora e eu não mudei nada.
Pior que o miserável tá certo.
Sn- Só nos seus sonhos, Satoru.
Gojo- Tá é com inveja da minha beleza e juventude avassaladora que esmaga a de vocês.
Geto- Nossa, ainda bem que não é nem um pouquinho arrogante, convencido e orgulhoso, né?
Sn- Nem um pouquinho.
Ele corou levemente e virou o rosto.
Gojo- Exagerados.
Geto- Você!
Gojo- Hum.
...
Sn-... Tem foto do garoto aí?
Gojo- Hum?... Tenho. - Ele pegou o celular e abriu na galeria, me mostrando fotos do garoto. - Essa marca no rosto dele é porque marcaram com ferro quente, Shoko deve ter te contado.
Sn- É, ela me contou... Qual é o nome dele?
Gojo- Inumaki Toge.
Sn-... Sei que não são parentes, mas se dissessem que ele é seu irmão mais novo e eu não te conhecesse, acreditaria.
Gojo-... Acha que somos parecidos?
Sn- Uhum.
Gojo-... É. - Ele começou a falar do menino e percebi o quão orgulhoso ele se sentia, então fiquei feliz de vê-lo tão protetor e cuidadoso com alguém.
Sn- Fico feliz que tenha dado tudo certo no final, Satoru.
Gojo- É...
O clima estava agradável entre nós, como se a pequena discussão de antes de ontem não tivesse acontecido.
Ficamos em silêncio, mas era um silêncio agradável, claro que Satoru de vez em quando me provocava cutucando meu pé ou fazendo alguma brincadeira, mas estava tudo certo entre nós.
