Não corra atrás!

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Olá amigas! Acho que vocês já sabem que a vida é curta demais pra perder tempo com boyzinho que não leva a nada?

Foi isso que eu pensei quando fiz meu aniversário de 19 anos. Chega de ficar correndo atrás de migalhas e de paquerinhas sem futuro. 

Cansei de ficar me iludindo com cara de 20 anos que ainda mora com a mamãe. Decidi mudar o foco (na verdade, eu não tinha foco nenhum até o momento) e ir atrás de um homem de verdade.

Decidi que eu queria um homem maduro, que sabe o que quer da vida (que ele me queira) e que possa proporcionar tudo aquilo que eu mereço. Tipo, viagens incríveis, jantares chiques, presentes que a caros, jóias e muito amor, prazer e cumplicidade. Por isso, achei melhor parar de "ficar" com qualquer otário só porque ele era bonitinho.


Além disso, eu não queria ser uma "mulher rodada".  Já pensaram naquela situação constrangedora de você estar casada e descobrir que uns três ou quatro amigos do seu marido já te pegaram? Seria estranho, né? Por isso, acho que a gente precisa ser mais exigente e não aceitar qualquer um.

Afinal, a gente merece ser feliz e ter ao nosso lado alguém que nos valorize e nos faça sentir especiais.  Mas como encontrar essa raridade? A maioria dos homens bons já estão casados... outros se divorciaram e aí tem problemas com a ex-mulher ou tiveram filhos com ela e tem que pagar pensão. Sem falar que ele estará sempre em contato com a ex-mulher pra conversar sobre os filhos, pra explicar porque atrasou o pagamento da pensão... tô fora!


Na verdade, eu não sabia onde se escondia esse tipo de homem ideal que eu tanto queria. Mas ele existia e eu o encontrei. Vou contar pra vocês como aconteceu.

Bem, uma vez li uma frase que grudou em minha memória: "Não corra atrás de borboletas. Cuide do seu jardim e as borboletas virão até você". Não sei se a frase reflete a realidade, mas me fez perceber que eu precisava cuidar de mim.


Me olhando no espelho, eu até me achava bonita, mas eu sabia que tinha potencial para ser muito mais. Mas quanto eu olhava para algumas fotografias percebia que minhas pernas não eram atraentes. Meus braços eram fracos. Eu tinha uma pequena "pochete" de gordura na barriga... nada que eu não pudesse disfarçar, mas me incomodava. Acho que meus únicos atrativos eram a cor dos meus olhos (verdes, o que é mais raro do que azul) e meus cabelos compridos, lisos e sedosos, sempre bem cuidados.


Eu precisava melhorar meu corpo. Eu tinha me tornar uma mulher de presença, bonita, gostosa, que despertasse a atenção por onde passasse.

Eu queria ser linda, mas eu era uma magricela. Dizem que conhecimento é poder. Pois comecei a buscar informações. Em um site de vídeos muito popular (que vocês devem conhecer... afinal, quem não conhece o youtube?), encontrei vários treinos para fazer em casa. 


Gente, que sofrimento! No dia seguinte, levantar da cama foi tipo uma missão impossível. Cada músculo do meu corpo gritava de dor. Tentei andar e parecia que minhas pernas iam desabar a qualquer momento. Mas, mesmo assim, eu me forcei a continuar. Afinal, beleza exige sacrifício, né?

A sensação era como se eu tivesse levado uma surra dos pés à cabeça. Aquele ardume gostoso que a gente sente quando está fazendo exercício? Multiplica por mil! Era uma queimação que subia pelas minhas pernas e chegava até a bunda. E o cansaço, então? Só de pensar em me levantar do sofá, eu já queria me deitar.


Mas, com o passar dos dias, as coisas começaram a mudar. A dor intensa foi dando lugar a uma sensação de leveza e bem-estar. Eu me sentia mais forte, mais disposta. E, para minha surpresa, comecei a notar algumas mudanças no meu corpo. As roupas começaram a ficar mais confortáveis e eu me olhava no espelho com um sorriso no rosto.


Claro que teve dias que a preguiça bateu forte e eu quase desisti. Mas aí eu lembrava de como me sentia quando começava a me exercitar e me motivava de novo. Afinal, quem não quer ter um corpo bonito e saudável, né?


Gente, que fase chata! Tentei tanto incluir minhas amigas nessa vibe fitness, mas elas não estavam nem aí. Era pizza, refrigerante e sofá o dia todo. Eu até entendia, cada um tem seu ritmo, mas confesso que me senti bem sozinha nessa jornada.


Acho que a gente se molda muito às pessoas com quem convivemos, né? Comecei a perceber que os hábitos delas estavam me influenciando negativamente. Era difícil resistir aos doces e aos fast-foods quando todo mundo estava comendo. Mas aí eu pensei: "Se quero mudar meu corpo e minha vida, preciso mudar minhas amizades também." Decidi me afastar um pouco e focar em mim mesma. No começo foi estranho, me senti um pouco sozinha, meio triste.

Comecei a seguir algumas influencers fitness no Instagram para manter a inspiração. Quando alguém realmente quer alguma coisa, a pessoa encontra a motivação e faz o que precisa ser feito. Mas às vezes era difícil sair da frente da tela... o instagram é meio viciante. Por sorte a bateria do celular acabava e aí eu não tinha mais desculpas para adiar minha atividade física. Já que eu tinha que tomar banho mesmo, poderia suar um pouco antes!


Na internet, encontrei muitas dicas sobre nutrição e percebi que eu me alimentava muito mal. Comia muitas porcarias: balas, salgadinhos, chocolate 0% cacau (tipo milkbar, chokito e charge). Descobri que eu precisava aumentar minha dose de proteína: comer ovos e carnes e fazer mais refeições.


Aquilo parecia muito estranho. Eu ia comer mais e ficar em boa forma? Parecia mentira. Mas depois de dois meses percebi que começou a funcionar! Eu não sei dizer como, mas acho que comendo mais refeições saudáveis (panqueca de aveia com ovo, bifes com salada e arroz, peixe grelhado, ovos mexidos) aquilo me saciava e eu não sentia mais vontede de comer porcarias. Nunca mais bebi refrigerante nem comi bala. Descobri que eram inúteis: não tinham nenhum "valor nutricional" e tinham um número altíssimo de calorias!


Sim. Eu nunca tinha dado atenção pras informações contidas nas embalagens dos alimentos, mas comecei a observar. Descobri coisas chocantes! Um saquinho de amendoim torrado tinha a mesma quantidade de calorias que um prato com arroz, feijão, bife e salada! A diferença é que esse prato alimenta (tem nutrientes, vitaminas, proteínas) enquanto que o amendoim e outros salgadinhos não tem quase nada de nutritivo!


Bem, pra resumir, eu comecei a melhorar meu corpo. Percebi que minha bunda começou a crescer, minhas coxas estavam mais inchadas. Fui uma grande alegria perceber que as roupas ficaram mais sensuais no meu corpo. Percebi que alguns garotos que nunca tinham olhado pra mim agora me cumprimentavam. Mas eu não queria saber de fracassados! Também não queria "comprar um cara na planta", isto é, pegar em baixa pra eu ter que fazer ele crescer na vida. Eu queria alguém pronto e acabado, no seu auge. Não podia me contentar com pouco. 


Depois de cinco meses vivendo essa nova fase da minha vida eu já estava tão focada em mim mesma, na minha evolução, que eu nem me lembrava mais que tinha começado toda essa loucura para poder conquistar um cara perfeito que eu nem mesmo conhecia, sequer sabia que existia. Até que um dia, aconteceu algo...

O príncipe safado que eu conquisteiOnde histórias criam vida. Descubra agora