15 Novamente?! ~ De volta aos 15

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2006

Lizzy's P.O.V!

Do lado de fora do quarto eu estava esperando alguma notícia de Carol, enquanto Henrique e Anita estavam sentados ao meu lado.

— Amendoim? — Henrique ofereceu Anita, que recusou, e depois oferece para mim.

— Não, valeu. — falo dando um sorriso amarelo.

Uns minutos depois, Vânia e Luisa chegam no local preocupadas com Carol.

— Anita! Anita! Já esteve com ela? — a mulher dos cabelos encaracolados pergunta.

— Não. — Anita responde se levantando.

Uns instantes depois, a mãe de Carol passa no corredor.

— E aí, como ela está? — Vânia pergunta afobada.

— Já pode ir ver ela? — Luisa pergunta também preocupada.

— Pode sim. — a mãe de Carol permite.

Todos nós corremos até o quarto de Carol, e quando chegamos, vemos ela com seu braço enfachado com um gesso.

— Carol! Tá tudo bem, prima? — Luisa abre a porta do quarto.

— E aí, como você tá? — Henrique pergunta.

— Tadinha, tá doendo muito? — Luisa pergunta novamente enquanto todos ainda adentram no quarto.

— Aí, prima, que bom que você tá bem. — Anita fala um pouco mais aliviada.

— Bem? Eu vi o menino que eu gosto beijando uma menina do time, eu fui atropelada e vou perder o jogo mais importante da minha vida. — ela fala um pouco irritada com a situação.

Eu não ouso falar uma palavra, o peso estava todo em minhas costas, eu me sentia a pior pessoa do mundo.

— Dona Carol, você podia ter morrido, menina. Tenha paciência. — Tia Vânia diz chegando mais perto.

Eu não consigo mais ficar ali, só se eu quisesse desabar novamente ali.

— É... Eu preciso ir, tenho que por minhas tarefas da escola em dia. Que bom que você tá bem, Carol. Até mais gente. — digo e saio o mais rápido possível dali.

Vou correndo para casa e me deito na minha cama.

— Porque eu não consigo dizer um simples "não", sou uma inútil! — falo pra mim mesma com as mãos no rosto.

Começo a pensar em tudo que aconteceu.

— Eu vim parar aqui tudo por conta do floguinho... — me levanto rapidamente.

Olho para janela.

— Será que a Anita deve estar pensando o mesmo que eu? — bufo.

Me jogo de novo na cama.

— Aí esquece, eu sou inútil mesmo. — digo suspirando.