Capítulo 24

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Não fui à formatura já estava bastante satisfeita em finalizar o ensino médio e agora curtiria minhas últimas férias antes de focar na vida de uma completa adulta.

Esses dias estavam tudo correndo bem, meus pais, os tios do Romeu se dando bem, até demais se for para ser sincera, porém uma coisa não se encaixava.

Jeferson.

Ele simplesmente sumiu, não o vi nos últimos dias de aula, e seus pais nos avisaram que ele foi embora e deixou um aviso que iria em busca de começar em outro lugar, eles estavam tristes, porém conformando, pois o filho nunca foi aberto das coisas que faziam. Romeu contou que não teria nada a ver com nós dois, acredita que tem algo com o que ele estava envolvido, mas isso não faz sentido. Depois de todo o tempo nessa vida, somente agora?

Sem contar no dia que peguei todas aquelas fotos minhas com o Romeu em seu notebook, aquilo não era de alguém que simplesmente desapareceria do mapa. De qualquer forma, não tinha como saber de mais nada, e eu ainda tenho um irmão também desaparecido que não consegui desvendar nada sobre.

Estou despedindo do Léo no trabalho quando recebo uma ligação com o telefone desconhecido, atendo no primeiro toque.

— Oi. Micael é você?

— Oi feiosa! Sentiu saudades?

Meu coração se alegra no mesmo momento, escutar a sua voz novamente é tão bom e sem contar que ele está usando o seu tom brincalhão, isso indica que as coisas possam ter sido resolvidas.

— Essa pergunta é brincadeira, não é? É claro que senti saudades Micael, puta que pariu! — Ele ri com a minha resposta.

— Eu ainda não resolvi sobre o meu assunto, mas já descobri quem estava atrás de mim, e agora julgo que é seguro te contar e precisamos nos encontrar.

No mesmo instante fico tão animada que não consigo conter, começo a dar vários pulos e a apertar os dedos nas mãos.

— Mas não posso ir aí, preciso que você venha até a mim — Fico atenta em suas palavras—Lembra-se da praia que te levei?

— Como poderia esquecer?

— Então, comprei passagem para você pega um ônibus na rodoviária e vir até aqui.

— Perai. Seria para quando? — Pergunto ansiosa para encontrá-lo e encosto no muro para que não corra o risco das minhas pernas bambearem.

— Hoje a noite, para ser exato, a passagem está para as dez horas. Venha sozinha.

Retiro o celular da orelha e noto que já são oito e meia da noite.

— Sério? — faço a pergunta mais para mim do que para ele mesmo, todo esse tempo sem vê-lo, sem conversar. Quero encontrá-lo o mais rápido possível — Já estou a caminho!

— Não vejo a hora de ver e saber como está, estou te esperando — Ele então finaliza a ligação.

Estou no ponto de ônibus com o novo destino que seria a rodoviária, e cada minuto que passava parecia demorar uma eternidade.

Sem muita explicação, enviei uma mensagem aos meus pais avisando que dormiria fora, como nos últimos dias eles estavam começando a se acostumar com o tempo que eu passava com o Romeu, ambos apenas enviaram um "ok" como resposta.

Antes que me esqueça, envio uma mensagem para o Romeu.

Eu:

Meu amor, boa noite! Estou indo visitar o meu irmão e acredito que volto amanhã. Em caso de mudança de planos eu aviso você.

PerdidaOnde histórias criam vida. Descubra agora